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Desesperados, os industriais dos carrosséis e de outros equipamentos de divertimento popular continuam a tentar chamar a atenção para a sua dramática situação. Não se trata de um movimento corporat..." /> Quinta do Careca - Record

Quinta do Careca

Uma vergonha

31 Janeiro, 2010 0

Desesperados, os industriais dos carrosséis e de outros equipamentos de divertimento popular continuam a tentar chamar a atenção para a sua dramática situação.

Não se trata de um movimento corporativo que invade a capital na esperança de que um novo ministro resolva um dia o que este lhes nega. Não são 120 mil, não fazem lóbi, não têm amigos poderosos. Mas são famílias e crianças que dependem, para sobreviver, da atividade que lhes tiraram.

O Estado, e bem, obriga a que os instrumentos do sustento daqueles portugueses obedeçam a regras de segurança e sejam devidamente inspecionados. Mas não criou, e mal, os mecanismos necessários ao cumprimento da lei. E recusa ainda uma fórmula de transição que deixe as pessoas trabalhar, numa atitude de desprezo pelos direitos dos que não têm voz.

É mais uma prepotência do poder que a todos deve envergonhar.

Passe Curto, publicado na edição impressa de “Record” de 1 fevereiro 2010

Um texto notável

Neste blog só publico comentários sem insultos. Não porque os tema, mas como forma de combater a boçalidade do palavreado e a cobardia e frustração dos que, escondidos sob o anonimato, não pretendem defender pontos de vista, antes extravasar as suas frustrações, tentando atingir a dignidade dos outros.

Não estou, não estamos sós neste combate. Ainda agora. recebemos no “Record” uma carta do leitor António Eduardo de Sousa Pereira, devidamente identificado, e que transcrevo na íntegra.

“Ex.mos senhores

Lendo os comentários às V/ notícias respeitantes ao Futebol, verifica-se a existência de insultos, atentados à dignidade e ao bom nome das pessoas e instituições, para além de outros disparates, esses desculpáveis por serem parte integrante do fenómeno social que é o futebol.

Esta situação não é exclusiva do V/jornal, bem sei. Contudo, creio que algumas medidas deviam ser tomadas, uma vez que, ao que parece, os texto são lidos na V/redação antes de serem publicados.

O que está a acontecer não dignifica nem quem escreve nem quem publica. Com a agravante de contribuir para crispações desnecessárias que conduzem a confrontos graves em determinados jogos de futebol.

É minha convicção que, independentemente do exercício da Liberdade de Expressão, que defendi antes e depois de 25 de Abril, a função pedagógica dos jornais desportivos (e dos outros) deve sobrepor-se à incitação, ainda que implícita, ao confronto verbal agressivo, grosseiro e insultuoso que se situa na fronteira com o confronto físico, de todo indesejável e de afastar em definitivo dos nossos campos de futebol.

Estou convencido de que, como eu, pensam muitos adeptos do futebol, porventura a maioria, independentemente do clube que apoiam. Estou, portanto, certo de que estas breves palavras serão tidas na V/boa consideração.

Com os melhores cumprimentos, 

António Eduardo de Sousa Pereira

Apesar de serem rigorosas as indicações dadas à redação de Record Online, reconheço que por vezes o critério dos jornalistas que validam os comentários não é uniforme. Daqui os exorto, por isso, a um maior rigor na aplicação do que se encontra determinado, agradecento ao leitor António Sousa Pereira a preciosa ajuda dada à concretização deste desígnio comum.

Primeira edição (3)

A próxima visita a Portugal de João Paulo II dominava o n.º 1 do “ABC Visor” – “uma revista para toda a família” –, saído para as bancas em Maio de 1982.

Nas centrais, um poster do Papa, integrando as 14 páginas da publicação dedicadas à sua vida.

Ficha técnica
Diretora: Cecília Vilhena
Conselho editorial Cipriano de Oliveira. Cecília Vilhena, Eduardo dos Santos, Frederico Marques, José Pacheco, Miguel Reis e Victor Leitão
Colaboradores permanentes: Maria Guadalupe, José António Sarrau, Nina, Guilherme de Melo, Patrick Klein
Fotografia; Gustavo Coelho, J. Marques
Propriedade: Publicações Crescente Lda, Cruz Quebrada
Redação: Rua da Paz, 11, Lisboa
Impressão: União Gráfica, SARL, Lisboa
Número de páginas: 48 (21 a cores)
Preço de capa: 60 escudos

Passing short (3)

30 Janeiro, 2010 0

Henin voltou

Ao colocar-se abertamente do lado de Justine Henin, o público que enchia ontem o Rod Laver Arena foi ingrato com Serena Williams, a já mítica vencedora do Open australiano – nove triunfos, cinco em singulares e quatro em pares, estes com a mana Venus – e que desde 1999, quando perdeu a final de pares-mistos, lhe tem oferecido exibições de sonho.

A tenista belga, ganhadora em 2004, e que somou a derrota deste ano à de 2006, viu-se apoiada desde o início do confronto decisivo e só não teve êxito porque o seu jogo ainda não é tão consistente como há dois anos e pouco, quando venceu o US Open, e porque Serena tem uma determinação de ferro.

Também estive por Henin. O regresso aos cortes daquela mulher franzina, aparentemente frágil, diria até sem ponta por onde se lhe pegue, mas que é na verdade uma atleta fabulosa, só pode emocionar os adeptos do ténis e pôr-nos a torcer por ela.

Seis duplas-faltas no serviço, metade em momentos fulcrais, impediram-nos ontem de abrir o champanhe, depois da esperança trazida por um segundo set já com uma Henin de grande nível. Guardemos a garrafa, Roland Garros não tarda aí.

Crónica da edição impressa de “Record” de 31 Janeiro 2010

Hoje é Sábado: Imbecis mas vivos

Em Portugal, temos hábitos nada saudáveis e jogamos muito mais na roleta russa do não há-de ser nada do que nos cuidados com a saúde, que de todo não fazem parte do nosso quotidiano.

Sei que é feio olhar para o prato dos outros, mas horrorizo-me, nos restaurantes, com a quantidade e com a escassa qualidade da comida que certos clientes põem no prato. Desde logo, quando o famoso cozido à portuguesa está na ementa, com a parafernália de carnes gordas e de enchidos, capazes, numa hora, de nos abastecer de colesterol para um ano inteiro. E não estou a pensar em gente magra e saudável, já que também os obesos e os idosos fazem questão de comer toda a espécie de porcarias nos intervalos das idas ao médico. Encher a pança, e os centros de saúde e os hospitais, é um passatempo português.

Em lugar das clássicas queixinhas do senhor doutor, dói-me aqui; senhor doutor, não faço bem a digestão; senhor doutor, tenho passado tão mal as noites, melhor resultaria algum tento na alimentação e exames clínicos de rotina antes das corridas para atulhar as urgências.

Outro sinal revelador da falta de cuidado que temos com a própria vida damo-lo ao volante. Qualquer calhambeque serve para esticar a corda até aos cento e muitos km/hora, os pneus carecas interessam pouco, o código da estrada ainda menos, pelo que é carregar no acelerador, encomendar a alma ao Criador e… pode ser que se escape.

A seguir vêm as dependências, a começar pelo tabaco e a acabar nas drogas pesadas, passando pelo álcool e pela automedicação, essa tendência suicida de meter pela boca abaixo pastilhas para tudo e mais alguma coisa.

Confesso que durante muitos anos comi deficientemente, não liguei o que devia à saúde, arrisquei demasiado na estrada e só não me meti na drogaria porque salvei sempre a minha rica cabecinha de depressões, e de vícios e prazeres que o meu sentido de equilíbrio considerava excessivos. Tenho a mania que a existência é perigosa nos extremos e se controla melhor ao centro, com pequenas e reversíveis aventuras por terras do limite, cuja orografia desconhecemos e para cujos habitantes e ameaças não criámos defesas.

Mas acredito mais nos exemplos dos imbecis que chegaram a velhos – como os classificava Henrique II, em Becket ou a honra de Deus, de Jean Anouilh. Manoel de Oliveira passou dos 100 anos porque manter-se activo e actualizado se tornou norma de vida, e Artur Agostinho vai a caminho dos 90, graças, como reconhece, ao exercício diário da escrita, de que não abdica. Ponho ainda uma cereja no bolo: há que viver cada hora com a intensidade que colocaríamos nos nossos últimos momentos. E talvez amanhã o sol nasça outra vez.

Observador, crónica da edição da “Sábado” de 28 Janeiro 2010

Na foto, cena de “Becket ou a honra de Deus”, de Jean Anouilh, pelo Núcleo de Teatro das CRGE (EDP), corria o ano de 1972. E não vale a pena duvidar: é mesmo… o artista.

Hoje twitei (8)

29 Janeiro, 2010 0

Em 17 jogos na Liga, o Sp. Braga sofreu… 6 golos. É um terço de golo por jogo, notável.

Ai que o Eduardo se aleijou! O que vale é que temos o Quim para o Mundial.
O Sp. Braga vai no 8.º jogo em casa e ainda só sofreu 1 golo, de Yontcha, do Belenenses.

Sporting e Sp. Braga estão com medo um do outro. Marcações cerradas e zero de risco…

Anda tudo maluco com o iPad, mas não creio que o futuro passe por andarmos com aquilo, que não cabe sequer num bolso, debaixo do braço.

Pinto Monteiro acha que será “difícil” saber quem pôs as escutas do Apito Dourado no YouTube. Homem perspicaz, e uptodate!, o nosso PGR…

A topmodel Bar Refaeli (na foto) vai casar-se. Di Caprio é um homem corajoso.

Infalíveis, jamais

O “Record” procura ter, como é sua obrigação, uma relação de confiança com os leitores. Temos procurado, por isso, nos últimos sete anos, aplicar uma regra que devia constituir ponto de honra para qualquer jornalista: quem erra, emenda.

Nasceu assim a nota de redação que designamos, para que não restem dúvidas, “Record errou”, e que substitui a anterior, o “Assim é que é”, a que raramente se recorria.

É verdade que um jornal diário, cujas páginas mais importantes são normalmente editadas em meia-dúzia de horas, vive sob a ameaça constante do erro, trabalhando muitas vezes “sem rede”, pressionado pelos tempos de fecho e pelos acontecimentos.

O que será melhor, então? Considerar os lapsos como “compagnons de route” da nossa profissão, esperando que os leitores ou não se apercebam deles ou nos desculpem, condoídos? Fazer daqueles para quem trabalhamos estúpidos que julgam que nós somos os infalíveis  e eles os que estão equivocados? Ou admitir os erros com realismo e humildade, assumindo a imperfeição da natureza humana, respeitando o leitor e corrigindo informações objetivamente inexatas, mesmo correndo o risco de dar a impressão de sermos incompetentes, analfabetos ou ambas as coisas?

Não tenho dúvida de que quem nos lê valoriza esta relação de frontalidade e não se deixa enganar pelos que tentam vender, por vezes canhestra e sobranceiramente, o dom da certeza absoluta, da infabilidade.

O “Record” falha ainda, em algumas situações e com alguns protagonistas – que se ruborizam com a emenda mas não se envergonham da asneira – este compromisso de honra com os leitores. Mas o caminho faz-se caminhando e um dia mereceremos, em pleno, a preferência dos que acreditam em nós.

Canto direto, publicado na edição impressa de “Record” de 30 Janeiro 2010

Primeira edição (2)

Dos preciosos arquivos do jornalista Norberto Santos, redator-principal de “Record”, surge-nos hoje este n.º 1 histórico das “Selecções Desportivas”, título lançado no mercado em Setembro de 1951.

A pequena revista, que viria a terminar 11 meses mais tarde, apresentava na sua primeira edição um conteúdo variado, que se iniciava com a foto do Presidente da República, general Craveiro Lopes – “Homem da Pátria e Homem do Desporto”, assim lhe chamava a publicação –, montado num cavalo, e um extenso artigo de um “mestre da crónica do futebol”, e do jornalismo, Ricardo Ornellas, que irei transcrever aqui dentro de pouco tempo.

Ficha técnica
Diretor e editor: Adriano Artur Ferreira Peixoto
Propriedade e impressão: Livraria Atlântida
Redação: Rua Ferreira Borges, 103, Coimbra
Preço de capa: 5 escudos

Elevador da Glória (4)

Sobem

Cavaco Silva

Com um simples discurso, e perante a falta de alternativas ao atual executivo, mandou a direita viabilizar o Orçamento de Estado. E ela obedeceu-lhe. A crise política fica assim adiada para o próximo OE, após a sua reeleição.

José Sócrates
Teimou, teimou no investimento público como salvação da Pátria e afinal não faz nem mais um quilómetro de autoestrada. E até a emblemática alta velocidade vai andar devagarinho. É o que se chama meter a viola no saco.

Manuela Ferreira Leite
Passou da linha dura de uma oposição ressabiada a uma colaboração “responsável”, que a leva agora a deixar passar o OE de um governo cuja política antes considerava “lesiva do interesse nacional”.

Desce

Pinto Monteiro

A rapidez com que o PGR prometeu atuar, para descobrir quem meteu no YouTube as escutas do Apito Dourado, foi a mesma com que veio declarar que essa investigação ia ser “difícil”. Pois olhe, ninguém diria…

Publicado na edição impressa de “Record” de 30 Janeiro 2010

Últimos twites (2)

28 Janeiro, 2010 0

João Seixas regressa ao Record Online e Sofia Lobato faz nova aposta no seu percurso. O Luís Avelãs merecia uma estátua pelo que conseguiu.

O Record tem de liderar também na Internet e não se cresce sem mudança. Não há “castigos”, apenas a procura de um novo caminho.

O Eurosport é o canal mais visto do cabo entre as 0 e as 9 horas. Por causa do Open australiano e de comentadores de grande nível. Chapeau!

Carlos Carvalhal: “Humility and collective spirit will win this game”. Não sabe muito de português, mas em inglês é imparável.

Os aforradores fogem dos certificados de aforro e agora vão comprar Obrigações do Tesouro? Não terão medo de ficar sem o seu dinheiro?

Tanto entendido a comentar o OE, tanto disparate com tempo de antena. Mas, espantoso!, não vejo Medina, não ouço Medina, por onde andará?

Um jornal popular com secções de “Culto” e “Cultura”? De facto, jornalistas e mercado são inconciliáveis. Jornalistas de categoria, claro.

Pinto da Costa diz que não podia ser jornalista da “Bola” porque teria de escrever contra si próprio. Deixe lá, o Record contrata-o. E já.

O Record foi feliz com a “aquisição” do jornalista António Bernardino. Na edição de hoje, as páginas dele estão, uma vez mais, excelentes.

Lá vai ser aprovado mais um OE que nos mantém a viver acima da nossa realidade… Resistirá o regime à apresentação da factura?