— ler mais..

Contrariamente ao que é costume dizer-se, considero que devemos sempre voltar ao local onde fomos felizes. E o mercado de transferências mostrou alguns exemplos desses, existindo mesmo um em cima d..." /> — ler mais..

Contrariamente ao que é costume dizer-se, considero que devemos sempre voltar ao local onde fomos felizes. E o mercado de transferências mostrou alguns exemplos desses, existindo mesmo um em cima d..." /> Deve-se voltar sempre onde se foi feliz - Paixão Internacional - Record

Paixão Internacional

Voltar ao blog

Deve-se voltar sempre onde se foi feliz

2 Setembro, 2016 2184 visualizações

Contrariamente ao que é costume dizer-se, considero que devemos sempre voltar ao local onde fomos felizes. E o mercado de transferências mostrou alguns exemplos desses, existindo mesmo um em cima da hora, que acabou por tornar o último dia ainda mais frenético: David Luiz, antigo central do Benfica, esteve apenas dois anos em Paris, optando agora por regressar ao ‘seu’ Chelsea, onde tinha atuado entre 2011 e 2014. Unai Emery, técnico do PSG, não considerava o defesa brasileiro assim tão imprescindível como Laurent Blanc – que por ele pagou 50 milhões de euros em 2014 – e aceitou vendê-lo, com David Luiz a fortalecer a defesa dos blues, não deixando de lhe acrescentar aqueles ‘lapsos’ como aquele que, por exemplo, teve no Monaco no último jogo com a camisola parisiense.

Mas antes de David Luiz, já outros quatro jogadores tinham ‘voltado a casa’. Os primeiros foram os alemães Hummels e Götze que fizeram caminhos inversos. O primeiro rumou ao Bayern, clube onde foi formado, provocando a ira dos adeptos do Dortmund, clube que o formou como homem e futebolista, enquanto o segundo regressou ao seu ninho após falhar totalmente na experiência no Bayern. Pogba e Morata completam o lote: o médio francês compensou a desilusão de perder o Euro’2016 frente a Portugal com uma transferência megalómana para o Manchester United, clube de onde tinha sido dispensado por Alex Ferguson em 2012; e o avançado espanhol volta a Madrid, após uma experiência enriquecedora na Juventus, de onde veio com uma cultura enraizada de títulos. Resta saber se o Real lhe vai permitir dar continuidade a épocas vitoriosas em Itália.

Entre as equipas mais ativas no fecho do mercado, destaco West Ham, Valencia e Besiktas. O primeiro garantiu Arbeloa e Simone Zaza no último dia mas já tinha assegurado Andre Ayew, Masuaku, Gokhan Tore, Calleri, Feghouli e Edmilson Fernandes. Ótima intervenção de Slaven Bilic; o segundo fortaleceu a defesa com Mangala e Garay e ainda obteve Munir, graças à transferência de Paco Alcacer para o Barcelona; e o terceiro, adversário do Benfica na fase de grupos da Champions, confirmou Inler, Caner Erkin e Atinç Nukan no último dia, depois de já ter ido buscar Aboubakar, Talisca, Adriano, Fabricio ou Gönül.

Por fim, um regresso inesperado de um treinador português ao seu… lugar. Aos 60 anos, o globetrotter Guilherme Farinha está de volta ao clube Liga Alajuelense, da Costa Rica, onde ganhou dois campeonatos na primeira passagem entre 1999 e 2001. A Record, o técnico foi claro: “Tenho 60 anos e já não há tempo a perder”. Tem razão. Mas aqui também vale o ditado de que nunca é tarde para ser feliz. Após passagens estimulantes por Carmelita e Universidad Costa Rica, clubes que ajudou a consolidar na 1.ª divisão da Costa Rica, está de volta ao que queria: lutar pelo título. Agora é hora de pôr mãos à obra e honrar o passado. O 30.º título de campeão do clube e comemorar os 100 anos do mesmo (cumpre em 2019) como técnico seriam belas marcas para enriquecer o palmarés. Boa sorte.

Hugo Neves