— ler mais..

O Feyenoord atravessa uma temporada histórica… mas pelas piores razões. Nunca o emblemático clube holandês tinha perdido sete (!) jogos consecutivos no campeonato. Recuando no tempo, há uns meses e..." /> — ler mais..

O Feyenoord atravessa uma temporada histórica… mas pelas piores razões. Nunca o emblemático clube holandês tinha perdido sete (!) jogos consecutivos no campeonato. Recuando no tempo, há uns meses e..." /> Feyenoord em crise - Paixão Internacional - Record

Paixão Internacional

Voltar ao blog

Feyenoord em crise

16 Fevereiro, 2016 1639 visualizações

O Feyenoord atravessa uma temporada histórica… mas pelas piores razões. Nunca o emblemático clube holandês tinha perdido sete (!) jogos consecutivos no campeonato.

Recuando no tempo, há uns meses era notório o entusiasmo e otimismo em redor da formação orientada pelo conhecido mas inexperiente Giovanni van Bronckhorst. A chegada do ídolo Dirk Kuyt (chegou a custo zero do Fenerbahçe) dava esperança. E, com cerca de 12 milhões de euros investidos em reforços, deu a sensação que seria desta que o Feyenoord iria aproximar-se, no mínimo, dos rivais PSV e Ajax, e lutar finalmente por um título que foge há demasiados anos. Foi campeão pela última vez em 1998-99. E a nível europeu, longe vão os tempos em que o Feyenoord era uma equipa temível, como aquela que conquistou a Taça UEFA em 2001/02, frente ao Dortmund.

Depois de reequilibrar as finanças, esperava-se que os resultados desportivos estivessem a chegar. Puro engano. Com o orçamento anual estimado em 45 milhões de euros – muito distante do poderio económico do PSV e Ajax (esta dupla tem orçamentos avaliados em 65 milhões), a equipa de Roterdão não consegue competir a nível interno e dificilmente alcançará o tão ambicionado apuramento para a Liga dos Campeões.

Os recentes resultados provam que o plantel foi, uma vez mais, mal construído. Com a estrela Kuyt a marcar golos (contabiliza 15) mas sem a influência de outros tempos, e com o reforço Eljero Elia a prometer muito no início e a cair rapidamente de produção, a responsabilidade tem recaído nos mais jovens, como o sueco Simon Gustafson ou o sérvio Marko Vejinovic (contratado para substituir Jordy Clasie). O gigante avançado Michiel Kramer, pouco habituado a esta exigência, tem 10 golos mas revela demasiadas limitações colectivas. O turco Basacikoglu, que era craque no Heerenveen, deu boas indicações mas esta época só leva dois remates certeiros e mantém uma irregularidade gritante.

Na Holanda criticam as táticas de Van Bronckhorst, que insiste num estilo de jogo demasiado vertical. O Feyenoord é das equipas que mais cruzamentos efectua durante um jogo, sem efeitos práticos. Do 4x3x3 habitual, o técnico ainda em aprendizagem muda constantemente para o tradicional 4x4x2 (como aconteceu em casa do Ajax), e até já experimentou o 5x3x2 na Taça. Nos duelos fora de casa apostou em algumas ocasiões no 4x5x1. Tudo somado, transmite confusão aos intervenientes. Depois de alguns anos como adjunto, Van Bronckhorst cumpre a primeira temporada como treinador principal. E escreve a imprensa holandesa que já anda pedir conselhos a Ronald Koeman e Fred Rutten, com quem trabalhou, de forma a inverter este ciclo negativo.

Com uma direção que parece estar presa no passado, fruto ao pouco investimento na formação e em condições de treino, os adeptos do Feyenoord não terão razões para festejar no final da temporada. E, como bem disse o capitão Kuyt no final do último jogo, o Feyenoord é neste momento o alvo de chacota em toda a Holanda.

Diogo Jesus

Latest posts by djesus (see all)