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Aos 31 anos, Nelson Évora continua a demonstrar, independentemente da prova em que participa e do nome dos adversários, ser um atleta de eleição, um verdadeiro campeão. Depois de ganhar o Mundial ..." /> Olhos de ver - Record

Olhos de ver

Nelson Évora: um verdadeiro campeão

27 Agosto, 2015 0

Aos 31 anos, Nelson Évora continua a demonstrar, independentemente da prova em que participa e do nome dos adversários, ser um atleta de eleição, um verdadeiro campeão. Depois de ganhar o Mundial de 2007, os Jogos Olímpicos de 2008 e de ter ficado em segundo no Campeonato do Mundo de 2009, o saltador teve de lidar de perto com a praga das lesões. Falhou os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e parou durante mais de um ano. Parecia estar já “fora de combate” no que se refere a resultados de excelência. Mas, se isso seria o normal para um atleta normal… Évora fez questão de nos confirmar que pertence a um outro lote. A medalha de bronze que arrebatou em Pequim, no mesmo local em que garantiu a glória ao “sacar” o ouro olímpico, foi simplesmente fantástica. Mais do que não seja por ter sido obrigado a chegar aos 17,52 metros. Para quem não saltava mais de 17,50 desde 2009… não se pode pedir mais.

Mas, no desempenho do saltador do Benfica neste Mundial há um outro aspecto que merece destaque: Évora apurou-se para a final no terceiro e último salto da qualificação e assegurou a medalha no sexto e derradeiro ensaio da final. Dito por outras palavras, teve de lutar até ao fim pelos seus objectivos e fê-lo, com nota alta, num cenário de tremenda pressão. Isso é só mais um sinal da sua inquestionável valia. Muitas vezes, mais do que ganhar, é preciso ser capaz de brilhar em determinado momento,nem antes, nem depois. A forma como Nelson Évora combinou a capacidade física, a qualidade técnica e o poder mental foi sublime. Mais uma vez mostrou ser um campeão. Sim, porque os campeões nem sempre são de ouro.

Daqui a um ano, no Rio de Janeiro, ele lá estará para tentar mais uma gracinha. E se outros possuem maior capacidade nesta fase, convém ter em atenção a invulgar predisposição que Évora tem para render quando é necessário. Se voltara ganhar uma medalha… não ficarei admirado.