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Para seguir em frente na Liga Europa, o Sporting tinha de ganhar em Basileia. Não o fez, perdeu. E logo por 3-0, apesar de ter jogado vários minutos em superioridade. Aliás, quando os helvéticos ..." /> Olhos de ver - Record

Olhos de ver

E depois de Vercauteren?

22 Novembro, 2012 0

Para seguir em frente na Liga Europa, o Sporting tinha de ganhar em Basileia. Não o fez, perdeu. E logo por 3-0, apesar de ter jogado vários minutos em superioridade. Aliás, quando os helvéticos estavam com um homem a menos, quem actuou melhor e conseguiu chegar aos golos (duas vezes) foi o conjunto suíço.

Mesmo tendo valores individuais suficientes para derrotar este Basileia (assim como tantas outras equipas que, esta temporada, têm feito o que querem do Sporting), o conjunto de Alvalade não jogou pouco, nem mal… não fez nada. Bom, fez disparates. Muitos, demasiados para uma formação profissional. E não vale a pena alguns dirigentes e adeptos leoninos virem a público com o “choradinho” do dinheiro. Já todos sabemos que FC Porto e Benfica possuem orçamentos superiores e que, nessa lógica, terão maiores responsabilidades. A questão é que também sabemos que quase todos os opositores que têm humilhado o clube verde e branco nos últimos tempos gastam muito menos que o Sporting… E sabemos igualmente que o Sporting não gasta assim tão pouco, a menos que muita gente ande a jogar de borla (o que nem seria destituído de todo face à qualidade do desempenho de alguns dos artistas).

Já o disse dezenas de vezes: o problema do clube começa bem longe do relvado. O que acontece dentro do campo é só um reflexo da desorganização, do desnorte e dos devaneios internos. Quem pensa que o Sporting pode recuperar terreno com Godinho Lopes ao leme está enganado, da mesma forma que errado estava quando acreditou em projectos megalómanos sustentados por outras pessoas que, é certo, até podiam distribuir boa vontade, mas não faziam ideia alguma do que estavam a fazer ou do que era necessário para o clube retormar o trilho do passado.

A fazer fé no que se passou no passado recente, a esta hora o presidente leonino deve estar à procura de mais “bodes expiatórios”. Enquanto isso, acredito, deve estar também preparar uma lista com nomes para a eventual sucessão de Vercauteren. Não, não estou a dizer que o Sporting vai despedir o belga. Nesta altura, analisando bem as declarações do treinador, acho que ele é que já está a pensar em ir tratar da vida para outras paragens. Quando insiste na teoria de que a equipa não tem qualidade, os resultados são os que se sabem e ninguém vislumbra que em Alvalade apareçam poços de petróleo… a saída do belga ganha força. De resto, em entrevista a Record, deixou bem claro que só ficaria depois desta época se ambas as partes estivessem satisfeitas. Ora, de momento, faltam… duas!

Resta-me acrescentar que, apesar de concordar que numa equipa que pouco vence se deve dar hipóteses a todo o plantel, continuo sem perceber o que leva o Sporting a alternar tanto a equipa desde o arranque da temporada. Com excepção de Rui Patrício (era só o que faltava), Wolfswinkel (Betinho é a única alternativa directa), Cédric e Rojo… qualquer jogador passa do 11 para a bancada (e vice-versa) com uma facilidade estonteante.

PS – Os afastamentos de Académica e Marítimo da Liga Europa não surpreendem ninguém. É verdade que até podiam fazer mais e melhor, mas quem olhar para os desempenhos dos dois emblemas a nível interno, cedo conclui que, lá fora, perante conjuntos mais habituados a estas lides, este era o fim normal.

O dinheiro do Gabão

15 Novembro, 2012 0

Acho muito bem que Portugal – a exemplo do que se passa com outras selecções de topo – aproveite o estatuto conquistado para, aqui e ali, sacar uns cobres a quem tem o desejo de defrontar as melhores equipas do planeta mas, manifestamente, não possui qualidade para marcar presença nas grandes competições internacionais. Por isso, antes do mais, compreendo a viagem da Selecção ao Gabão.

No entanto, tenho dificuldades em aceitar que não se assuma, claramente, o que estava em jogo. E neste caso concreto, a única coisa que interessava era mesmo embolsar os cerca de 800 mil euros que os “loucos” gaboneses – o dinheiro não lhes fará falta para algo mais útil à população? – resolveram oferecer à Federação Portuguesa de Futebol.

Entendo que Paulo Bento, como qualquer outro seleccionador, aproveite as datas previamente definidas pela FIFA para, perante a ausência de compromissos oficiais, realizar jogos de preparação com vista a ensaiar os jogos “a doer”. No entanto, por mais que esse seja o discurso oficial, rejeito que a Selecção tenha testado o que quer que seja em Libreville. O que é que o Gabão tem a ver com a equipa de Israel, o próximo opositor, em Março, na qualificação para o Mundial de 2014? Nada! O relvado será parecido? A temperatura ou o clima? Nada! E já agora, quantos jogadores dos que estiveram no Gabão serão titulares? Poucos!

Portugal foi ao Gabão ganhar dinheiro, mas preparou pouco ou nada para o futuro a curto-médio prazo e nem sequer conseguiu anular a má sequência de resultados. Encher os cofres, para que nada falte à equipa principal e às selecções jovens, é uma excelente ideia, mas isso foi a única coisa positiva desta jornada. De resto, do resultado à exibição – passando pelo risco que os jogadores correram ao jogar num batatal – foi tudo dispensável. E vá lá, vá lá, que o jogo acabou empatado… 

Quem inveja Vercauteren?

5 Novembro, 2012 0

Começa a ser complicado comentar a época futebolística do Sporting. Quando se pensa que é impossível ir mais ao fundo, os leões “conseguem” derrapar ainda mais e a crise agrava-se. E o pior é que ninguém imagina onde estará o fim deste tenebroso ciclo que, naturalmente, deixa sócios e simpatizantes à beira de um ataque de nervos. 

Por estes dias, a família sportinguista olha com apreensão para o calendário, pois a data dos jogos é sinónimo de preocupação, angústia e até desespero. E, efectivamente, o caso não é para menos. Cumpridas 8 jornadas na Liga, o clube de Alvalade – que pensava ter reais condições para pensar na conquista do título – está 1 escasso ponto acima dos lugares de descida de divisão e pratica um futebol ao nível dos emblemas que têm como única meta escapar à despromoção. De resto, analisar o desempenho leonino no Nacional passa por constatar dados verdadeiramente impensáveis. Quem acreditaria, antes da bola rolar, que o Sporting seria, nesta altura, a equipa com menos pontos conquistados fora de casa (2), com menor número de golos apontados enquanto visitante (2) ou que lideraria os “rankings” de total de cartões e amarelos? Muito provavelmente… ninguém!

Em Setúbal, na estreia de Vercauteren no banco, o Sporting jogou consideravelmente melhor do que nas semanas anteriores. No entanto, como tantas vezes sucede quando as equipas estão na mó de baixo, até a sorte lhe virou as costas. Os sadinos inauguraram o marcador num lance em que Rui Patrício foi “traído” por Rojo e selaram o triunfo numa jogada em que Meyong dá a ideia de – embora ligeiramente – ter partido de posição irregular.  Ainda assim, é justo dizer, o conjunto de Alvalade voltou a exibir debilidades várias. Demasiadas se tivermos em conta que o orçamento da equipa chegaria para pagar várias temporadas do opositor.

Com o Campeonato virtualmente perdido, com a eliminação na Taça de Portugal consumada e com as probabilidades de êxito na Liga Europa bastante reduzidas, creio que muitos adeptos leoninos preferiam ver a época terminar desde já. Abdicar da Taça da Liga até podia ser encarado de forma pacífica. A sua confiança na equipa é tão baixa que, a maioria, preferia passar por um período de “desintoxicação futebolística”. Todavia, isso não vai ser assim. O Sporting terá mesmo de jogar…

Vercauteren, que começou por dizer na apresentação que muitos gostariam de estar no seu lugar, não tardou a mostrar desalento com o que encontrou em Alvalade. O belga, após o desaire no Bonfim, não colocou em causa o empenho dos seus homens, mas sim a respectiva qualidade futebolística. Por outras palavras, logo ao primeiro teste, o novo treinador deu a entender que, na reabertura do mercado, vai propôr guia de marcha a jogadores que têm actuado com regularidade. Só ainda não se percebeu se o clube vai “descobrir” dinheiro para investir em atletas com outra capacidade ou se irá fazer uma autêntica revolução com os jovens da equipa B. Certo é que o técnico já entendeu que, afinal, o seu lugar não é assim tão apetecível.

Paralelamente à derrocada desportiva, financeira e psicológica (as redes sociais estão inundadas de piadas relacionadas com o mau momento da equipa), o presidente Godinho Lopes continua a assobiar para o lado. Convicto de que não tem culpa alguma no cartório, o responsável máximo do clube deve andar entretido à procura de mais bodes expiatórios. Um destes dias – se entretanto ninguém o convencer a abdicar por total incapacidade para resolver os muitos problemas – até o roupeiro Paulinho pode correr o risco de ser responsabilizado por este período histórico. Historicamente cinzento, aliás…

NBA começa com Lakers em crise

2 Novembro, 2012 0

Apontada como uma das mais sérias candidatas à conquista do título, a equipa dos Lakers começou da pior maneira a temporada 2012/13 da NBA. De tal forma que, com apenas duas partidas realizadas, a crise está instalada na formação de Los Angeles. A pressão, que já se sabia ser enorme face às expectativas criadas, está a deixar toda a estrutura à beira de um ataque de nervos, até porque a imprensa não lhes dá descanso.

Depois de ter resistido à absurda ideia de negociar o espanhol Pau Gasol, a formação californiana conseguiu recrutar duas estrelas como Dwight Howard e Steve Nash, deixando Kobe Bryant nas nuvens. Com Metta World Peace (conhecido em tempos por Ron Artest) e Antawn Jamison (outra excelente aquisição) também no plantel, os Lakers não só construíram um dos melhores cincos da história da competição como passaram a ter um sexteto de ouro. Ganhar jogos em doses industriais parecia um destino obrigatório.

Contudo, como sempre sucede – no basquetebol ou em qualquer outra modalidade -, juntar bons jogadores é a tarefa mais fácil. Conseguir com esse talento formar uma equipa de excelência é bastante mais complicado. E, até ver, os Lakers são apenas uma manta de retalhos formada por alguns dos melhores executantes da Liga.

As oito derrotas na pré-temporada – em igual número de partidas – já indiciavam que algo não estava bem. Porém, como o treinador optou preferencialmente por dar minutos a todo plantel, pensou-se que com o arranque dos embates “a doer” os Lakers iriam aparecer em força. Puro engano. A coisa foi ainda pior. Perder em casa com os Dallas Mavericks (sem Nowitzki e em plena reestruturação) e fora com Portland (equipa que já se dará por muito satisfeita se conseguir atingir o “playoff” no Oeste) não lembrava a ninguém.

Numa fase regular com 82 jogos por equipa, os Lakers têm ainda muito tempo para acertar o passo, mas está mais do que confirmado que Mike Brown não é o homem indicado para comandar esta nau. Aliás, se este técnico foi incapaz de “segurar” LeBron James nos tempos de Cleveland, nem por sombras é uma aposta lógica para manter “na linha” um ror de estrelas. A época passada, apesar de muitos tremeliques, logrou manter-se no cargo, mas nesta temporada parece estar numa verdadeira “missão impossível”.

Mas, após três dias de competição, já se podem salientar mais alguns dados:

– Os campeões Miami Heat, com a manutenção do núcleo duro que esteve na origem do título há uns meses e a entrada de gente qualificada como Ray Allen e Rashard Lewis, parecem ainda mais fortes.
– Os “velhinhos” San Antonio Spurs dão a ideia de serem capazes de realizar nova temporada a alto nível. Tim Duncan está rejuvenescido, Tony Parker em grande forma e Popovich tem muitas soluções à disposição. E ainda falta Ginobili começar a jogar…
– Apesar da saída de Ray Allen, os Celtics de Boston surgem ainda mais completos. Jason Terry, Leandrinho Barbosa e o regressado Jeff Green fazem aumentar o número de opções exteriores em mais um conjunto com vários veteranos, mas com um talento inquestionável.- Kevin Martin poderá fazer esquecer James Harden em Oklahoma. O problema é que os Thunder dificilmente poderão chegar ao título se continuarem a apostar num poste (Perkins) que não faz pontos e num base (Westbrook) que tem tanto talento no corpo como “pancada” na cabeça.
– James Harden encaixou que nem uma luva em Houston. E logo na estreia fez uma exibição sensacional. A renovação do contrato por perto de 80 milhões de dólares (em 5 temporadas) parece ter-lhe dado uma motivação suplementar.
– Anthony Davis já provou que o galardão de melhor “rookie” dificilmente lhe escapará. Mas o base Damian Lillard (Portland) estreou-se em grande (22 pontos e 11 assistências) perante os Lakers.