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Olhos de ver

NBA: a humilhação de San Antonio

30 Abril, 2011 0

 

Estive a fazer as contas e, em relação aos prognósticos que aqui avancei para a primeira ronda do “playoff” da NBA, concluo que acertei o vencedor de seis das oito séries e que, em duas delas (Chicago-Indiana e Dallas-Portland), até calculei na perfeição o número de jogos que eram necessários para selar as qualificações. É um bom registo? Não me parece particularmente, mas há muito que me habituei à ideia de não ser um exímio “adivinho”. Aliás, é por essas e por outras que, há vários anos, deixei de jogar no totobola, totoloto ou euromilhões. Não vale a pena…

Falando mais a sério: falhei ao prever o apuramento de San Antonio e de Orlando. Não é grave, pois estou certo que a maioria dos analistas pensava como eu. E se na eliminatória entre os Magic e os Atlanta Hawks ainda era razoável equacionar o sucesso do conjunto da Georgia (afinal de contas estávamos a falar dos quarto e quinto classificados do Este), só alguém completamente desligado da realidade do basquetebol profissional norte-americano é que se lembraria de palpitar algo tão improvável.

Estou perfeitamente convencido que nem os mais fiéis seguidores de Memphis acreditavam, objectivamente falando, que seria possível afastar a equipa texana, apenas e só a melhor da Liga até ao derradeiro dia da época regular, altura em que foram desalojados do primeiro lugar pelos Bulls. Ainda por cima, devido a lesão, Rudy Gay – a principal figura dos Grizzlies – não alinhou em nenhuma das partidas! E sabem quanto jogos tinha a equipa ganho, até à data, no “playoff”? Nem um em 12 tentativas! Só que, desta vez, Zach Randolph e companhia tinha outra ideia…

A história do “playoff” está recheada de inúmeras situações imprevistas, mas não contém muitos relatos em que os oitavos colocados conseguem eliminar os primeiros das respectivas séries. Este foi a quarta vez que tal sucedeu desde 1984, ano em que foi introduzido o actual modelo competitivo. E se tivermos em linha de conta apenas as eliminatórias disputadas à melhor de 7 jogos, então foi apenas a segunda vez que isto ocorreu, depois dos Golden State Warriors terem feito tamanha desfeita aos Dallas Mavericks (outros texanos), em 2007.

O afastamento dos Spurs, depois de uma “regular season” em que atingiram a fasquia das 60 vitórias, é um dos desfechos mais incríveis da história da Liga. E, estou certo, vai ter consequências. Os jogadores, o treinador e o modelo táctico que transformaram a equipa de San Antonio na organização mais ganhadora da década em todo o desporto profissional dos Estados Unidos (sucesso de praticamente 70%) estão em causa. Alguém vai ser responsabilizado por este tropeço humilhante. A partir da próxima época – acreditando que não teremos “lockout” -, algo vai ter de mudar. Hill, Neal, e Splitter deverão ganhar mais minutos. Ao invés, desconfio que Jefferson será uma pedra a descartar. Já Blair, surpreendentemente pouco ou nada utilizado nos últimos tempos, será um caso a reavaliar, dependo o seu futuro, se calhar, do nome do treinador…

E agora?

Bom, a primeira ronda já faz parte do passado. E como mesmo com erros gosto de arriscar, aqui vão as previsões para as meias-finais de conferência, indicando entre parêntesis o registo das equipas nos confrontos directos da época regular:

Chicago-Atlanta (2-1), Bulls em 5 jogos
Miami-Boston (1-3), Celtcis em 7
LA Lakers-Dallas (2-1), Lakers em 6
Oklahoma-Memphis (1-3), Thunder em 6

[View:http://www.youtube.com/watch?v=aWUUOM_Zc4Q:550:0]

Dublin vai falar português

29 Abril, 2011 0

Não há volta a dar. Depois da sensacional goleada (mais uma) do FC Porto, a final da Liga Europa, agendada para o próximo dia 18 de Maio, vai mesmo ser 100% portuguesa. Os dragões, a realizar uma temporada sublime, já “carimbaram” o passaporte para Dublin, pois os espanhóis do Villarreal, pese terem uma dupla atacante de enorme qualidade (Nilmar e Rossi) nem por sombras serão capazes de marcar 4 ou mais golos à formação de André Villas-Boas. E se o fizessem, muito dificilmente também não veriam a sua rede violada. Hulk e Falcão jamais o permitiriam…

Agora, resta saber quem acompanhará os portistas na viagem até à simpática capital irlandesa. Após os embates da primeira mão das meias-finais, o Benfica está em vantagem (2-1), mas tendo em conta a magra vantagem, o Sporting de Braga acalenta legítimas esperanças de prolongar a sua tão impensável quanto justíssima caminhada europeia.

Em relação aos duelos de quinta-feira, creio que se pode dizer que ganharam as equipas favoritas. No entanto, confesso que não me parecia provável que os novos campeões nacionais voltassem a exibir um fulgor ofensivo de fazer inveja, de momento, a qualquer equipa europeia. O FC Porto está a jogar com tanta confiança que, em traços gerais, é indiferente não marcar na primeira parte, sofrer golos ou até arrancar em desvantagem. Quando o jogo termina… os azuis e brancos estão sempre com um sorriso nos lábios, enquanto do lado contrário surgem os adversários estupefactos com aquilo que lhes acontece. De cabeça, com os pés, na pequena área ou de longe, através dos goleadores-mor ou de futebolistas menos capacitados para a concretização, os golos aparecem de todas as formas e feitios. Por vezes, costuma dizer-se que as equipas andam em onda de azar e que, por muito que ataquem e rematem, a bola nunca entra. Os dragões, de momento, vivem uma fase contrário. Como dizia um amigo meu recentemente, só faltam marcar 2 golos num só remate…

A inspiração colectiva da formação nortenha é tão anormal que, por estes dias, ninguém repara (ou pelo menos assinala) no elevado número de golos sofridos nas últimas partidas. Mas, efectivamente, isso não passa de uma mera questão estatística. Que interessa estar a sua rede ser regularmente violada se, do lado contrário, entram quase sempre um mínimo de 3 golos?!

Na Luz, por estes dias, também mora uma equipa que merece ser estudada. O Benfica é capaz do melhor e do pior, de dominar ou ser vulgarizado. E o mais interessante é que ninguém consegue explicar, com total propriedade, as razões disso. Eu, como tanta gente, tenho algumas ideias sobre o assunto, mas nem perco tempo a tentar alinhavá-las. Jorge Jesus, esse sim, é que devia encontrar resposta para esta constante instabilidade. Porém, arrisco dizer que, para além da conversa de ocasião, nem o treinador consegue perceber o que se passa com um conjunto que sofreu golos nos últimos 15 compromissos, mas marcou nos derradeiros 34!

Em Braga, perante uma equipa com um espírito guerreiro acima da média, ao Benfica tudo poderá acontecer. As águias, é verdade, partem com ligeira vantagem, mas as suas oscilações não permitem fazer grandes prognósticos. Tudo dependerá da eficácia ofensiva, do acerto de uma defesa cada vez mais insegura, da capacidade de inventar um substituto à altura para Aimar e, talvez o mais importante, da quantidade (e da gravidade) dos deslizes do sempre imprevisível Roberto. Uma coisa me parece óbvia: o golo terá golos de ambas as equipas!

Em relação à final, e por muito que isso custe à rapaziada do FMI ou aos “verdadeiros” finlandeses, serão muitos os portugueses que irão invadir Dublin. Tristezas não pagam dívidas e o pessoal tem de andar animado para fazer frente à crise. Aliás, a deslocação de milhares de lusos deverá ser encarada como uma acção de solidariedade económica com a igualmente aflita Irlanda. Temos de ser uns pelos outros…

A memória selectiva de Mourinho

28 Abril, 2011 0

Barcelona e Manchester United venceram fora (ambos por 2-0) a primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões. Não fiquei surpreendido, pois basicamente considero que ganharam as equipas favoritas a marcar presença no embate decisivo. No caso dos ingleses, então, o seu domínio foi avassalador. Se os alemães do Schalke não tivessem na baliza um guardião fabuloso, teríamos assistido a uma goleada das antigas. Mas, como não poderia deixar de ser, os olhos dos portugueses (e de todos os que gostam de futebol por esse mundo fora) estavam centrados no clássico espanhol. Em Madrid, o equilíbrio foi maior, mas os catalães voltaram a confirmar que, independentemente dos gostos pessoais, são mais fortes.

Os madrilenos, os de sempre e os recentes, podem tentar encontrar desculpas para a derrota mas, de forma resumida, ela é fácil de explicar: o Barcelona é melhor. E digo isto baseado em quê? Somente no facto de a formação de Guardiola ser, em praticamente todos os jogos que disputa, a equipa que mais ataca, que maior número de remates faz, que mais oportunidade de golo cria e que mais posse de bola tem, chegando a atingir percentagens verdadeiramente absurdas neste capítulo.

O Real Madrid é um clube de topo que tem nas suas fileiras um dos melhores treinadores mundiais e, indiscutivelmente, um naipe de futebolistas de eleição onde se destaca Cristiano Ronaldo. O problema é que, em Espanha, e na Europa, os merengues contam com a concorrência do Barcelona. E isso significa ter de enfrentar a melhor equipa planetária da actualidade. Quer isto dizer que o Real não pode “enganar” o opositor? Não, é óbvio que não. A questão é que, em condições normais, tal não vai suceder muitas vezes, nem talvez em metade dos embates. O Barcelona é igualmente um clube de topo, também possui um dos melhores treinadores mundiais e um naipe de futebolistas de eleição onde se destaca Messi, o maior fenómeno do momento. Depois ainda tem uma “máquina” devidamente oleada que anda a carburar em grande estilo há cerca de 3 anos.

No final da partida, José Mourinho esteve implacável na conferência de imprensa. Disparou em todas as direcções, mas acabou por misturar alhos com bugalhos. Pior: denotou uma memória deveras selectiva. Só se recorda de jogos em que alegadamente foi prejudicado pelos árbitros. É triste ver alguém com o seu currículo – e que nos habituou a intervenções lúcidas e sem interpretações dúbias – a enveredar por este caminho. Ao seguir as pisadas de quase todos os técnicos e dirigentes do Mundo, o setubalense foi vulgar. Neste particular, não teve rigorosamente nada de especial. Limitou-se a carpir mágoas na hora da derrota e ressalvou, de princípio a fim, o facto da sua equipa ter, mais uma vez, terminado o jogo em inferioridade numérica. Só faltou esclarecer se concorda com algum dos vermelhos que os seus jogadores viram esta temporada nos jogos com o Barcelona? E, já agora, como qualifica a acção de Marcelo esta quarta-feira, quando pisou um adversário?

Mourinho terá, com toda a certeza, razão em algumas das críticas que faz aos árbitros, pois eles (a exemplo dos jogadores) não conseguem fazer exibições isentas de erro. Contudo, tendo uma carreira feita ao serviço de emblemas de topo, já devia ter reparado que, no final das épocas, é sempre beneficiado (e muito, acrescente-se) em comparação com os clubes pequenos ou de média cotação. Aliás, mesmo nos confrontos com outros concorrentes directos, Mourinho também já foi “ajudado” por várias decisões erradas. Em Portugal, em Inglaterra, em Itália, em Espanha e nas competições da UEFA. Pelos vistos, contudo, não se lembra. Parece só ser capaz de rever, de enfiada, todos os lances em que se considera prejudicado.

Não gostei de ver Mourinho ir por este caminho. E se ainda considero lógico que tenha tentado estabelecer um padrão nos jogos com o Barcelona (por causa das expulsões), foi uma tremenda falta de elegância colocar em causa a Liga dos Campeões que os catalães venceram recentemente. Será que Mourinho também gostaria que colocassem em causa a justiça dos seus títulos, devido a um ou outro erro? Não me parece!

O problema de Mourinho é que, sendo inteligente, já percebeu que vai terminar a época sem conquistar o título espanhol e a “Champions”. Pior: o Barcelona vai amealhar o principal troféu interno e terá pelo menos 50% de hipóteses de ser campeão europeu. Isso – e as memórias daquele jogo na Catalunha, em que o Real sofreu uma das maiores humilhações da sua história – é que lhe causa todo este desconforto (que desta vez se assemelhou a desespero) e o leva a mostrar um lado até agora escondido.

Uma data, uma música…

25 Abril, 2011 0

Esta segunda-feira vai ser um dia igual a tantos outros. É feriado, mas vou trabalhar. Já foi assim com o último e com dezenas e dezenas deles ao longo dos anos. Parece os fins-de-semana que, no calendário aqui do rapaz, são rigorosamente iguais aos outros dias, visto que as minhas folgas são rotativas, o que equivale a dizer que passam meses inteirinhos sem ter um sábado ou domingo livre, para poder socializar com as pessoas “normais”. Adiante.

Mas embora já saiba que este dia/feriado será passado no Estoril Open, a debitar informação tenística (e não só) para a edição online do Record, nem por isso me esqueço o que ele representa. O dia 25 de Abril, independentemente de ser cada vez mais desvalorizado pelos portugueses, significou, significa e deverá significar sempre algo de especial para todos nós ou, pelo menos, para a esmagadora maioria da população.

Sim, concordo com aqueles que lamentam o rumo que o país seguiu desde 1974; que se sentem envergonhados por, mais uma vez, estarmos de cócoras perante as instâncias internacionais devido à incompetência, ignorância e ganância de uns quantos sujeitos que, basicamente, se têm entretido a desbaratar aquilo que devia ser de todos mas que, na prática, é só de uns, dos seus familiares, amigos e correligionários. Mas, sendo verdade que podíamos e devíamos estar noutro patamar enquanto sociedade e que as previsões de recuperação, a avaliar pelas informações disponíveis (imagino o que ainda se irá saber e o que, infelizmente, já desapareceu sem deixar rasto), são tudo menos optimistas, nem por isso alguma vez equacionei pensar ou dizer que o 25 de Abril não foi útil.

Portugal tinha a obrigação de ser um sítio melhor para se trabalhar e viver, mas sem a intervenção corajosa de uns quantos homens e mulheres há umas décadas… estaríamos pior. Consideravelmente pior. E se isso pode ser discutível para algumas pessoas, para mim é tão clarinho como a água, pelo que me resta, humildemente, agradecer a quem contribuiu, por exemplo, para que possa estar a escrever este post . Mas, como os tempos, efectivamente, não são famosos, deixo aqui uma música simplesmente brilhante que retrata bem o mundo das trevas em que Portugal esteve mergulhado anos a fio. É datada de 1963, mas o pior é que podia ter sido escrita mais recentemente, pois ainda há muita coisa que precisa de ser “alinhavada” neste pedaço de terra. Seria um excelente sinal que, daqui a uns anos, a letra de Zeca Afonso já não tivesse a mínima aplicação entre nós…  

No céu cinzento sob o astro mudo
Batendo as asas Pela noite calada
Vêm em bandos Com pés veludo
Chupar o sangue Fresco da manada

Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada [Bis]

A toda a parte Chegam os vampiros
Poisam nos prédios Poisam nas calçadas
Trazem no ventre Despojos antigos
Mas nada os prende Às vidas acabadas

São os mordomos Do universo todo
Senhores à força Mandadores sem lei
Enchem as tulhas Bebem vinho novo
Dançam a ronda No pinhal do rei

Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada

No chão do medo Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos Na noite abafada
Jazem nos fossos Vítimas dum credo
E não se esgota O sangue da manada

Se alguém se engana Com seu ar sisudo
E lhe franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada

Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada

Só eu é que perco?

22 Abril, 2011 0

Não me lembro da primeira vez que fiz uma aposta online. E como só tenho memória para algumas coisas, confesso que também não sei se coloquei o dinheiro num jogo de futebol, basquetebol ou ténis. Mais: sou incapaz de recordar se investi x ou y e muito menos se ganhei ou perdi. Se não consigo dizer quando entrei pela primeira vez num casino ou sala de bingo, preenchi um totobola ou totoloto, comprei uma cautela (isso sucedeu pouquíssimas vezes) ou resolvi apostar uma jantarada com os amigos a propósito de um disparate qualquer, nem por milagre seria capaz de saber quando é que fiz uma aposta online pela primeira vez.

Para mim, a estreia no mundo das apostas via internet foi apenas a adesão formal a algo que me entusiasmava. Tão simples quanto isto. Sempre gostei de desporto e da adrenalina própria de estar a olhar para um qualquer evento fazendo força para que o triunfo acabe deste ou daquele lado. Juntar a essa equação novo factor de motivação/risco (o investimento de determinada quantia) só torna o assunto mais atractivo e apaixonante. Foi isso que me levou a inscrever numa casa de apostas há mais de uma década. É precisamente isso que me leva, por estes dias, a ser cliente de duas empresas do ramo.

Ao contrário de uns quantos que por aí andam, jamais pretendi viver das apostas. E só resolvi entrar neste mundo porque, antecipadamente, sabia que isso não me poderia causar transtornos significativos. Basicamente só jogo o que sei poder perder. Para que não subsistam dúvidas: aposto sempre com o intuito de ganhar, mas só o faço tendo consciência que, se a coisa correr mal, no dia seguinte continuarei a poder pagar o almoço, o jantar ou outra coisa qualquer que considere essencial para o meu bem-estar.

Para algumas pessoas, as apostas são um verdadeiro “bicho de sete cabeças”, uma perdição, um vício de consequências nefastas. São as mesmas que consideram que alguém é alcoólico só porque, quando festeja o aniversário, se “enfrasca” com os amigos e que apelidam uma mulher com nomes menos próprios só porque lhe conheceram dois namorados no mesmo ano. Odeio escutar essas observações. Não que me causem qualquer problema, pois não passo cartão a essa conversa sem sentido, mas essencialmente porque revelam a ignorância que, em pleno século XXI, ainda existe em sociedades e países que se dizem civilizados e de primeiro mundo. Tudo tretas. Não posso ser apostador e ao mesmo tempo um cidadão responsável, cumpridor dos seus deveres, familiares e profissionais? Posso e sou!

É verdade que as apostas online (como qualquer outra actividade de jogo), quando realizadas sem um mínimo critério, sem conhecimentos básicos, sem noção do ponto até onde se pode ir, podem ser um problema grave. Contudo, isso é válido para tudo o resto, independentemente de estarmos a falar de jogos de sorte e azar ou de qualquer outra coisa. Quantas pessoas são viciadas em compras, gastando muito mais do que aquilo que possuem? Quem não conhece homens e mulheres que dispendem “fortunas” em livros, cd’s, jogos de computador, quadros, revistas, colecções disto e daquilo, viagens, roupas, acessórios tecnológicos, etc, etc? Quantas pessoas passam cheques carecas; conseguem fazer desaparecer num instante as reformas, os subsídios ou as mesadas; estoiram os limites dos cartões de crédito e rebentam com os respectivos salários em algo que, objectivamente, não é essencial? São milhares em Portugal, milhões no Mundo e, paradoxalmente, ninguém os olha com desdém. Contudo, nenhum apostador que se assuma como tal em público consegue escapar a, pelo menos uma vez, ouvir um discurso piroso com o objectivo de o ajudar a abandonar esse caminho das trevas.

Mas, entre os apostadores, também há comportamentos/declarações que me provocam uma certa azia, nomeadamente aquela estranha tendência para contar uns aos outros – e vezes sem conta – os sucessos que tiveram. Foi a bola que entrou no derradeiro segundo, o cartão amarelo nos descontos, a múltipla de tostões que rendeu milhões e mais um sem número de episódios que, sendo verdade, necessitariam, claro está, de ser conjugados com muitos outros, aqueles em que a bola bateu no poste no último instante, o árbitro não viu a falta óbvia e a múltipla que só não entrou porque o jogo teoricamente mais simples entre 15 deu para o torto.

Ao ler e ouvir as façanhas de determinadas pessoas, chego a pensar que só eu é que perco apostas. Serei parvo? Terei um triste dom para escolher a opção errada mais vezes que os outros? Não consigo entender os milhares de sistemas que teoricamente nos ajudam a ganhar mais vezes? Não, eu sou igual a todos os outros: ganho e perco, tenho mais jeito para determinados mercados e menos para outros. E quando erro, mais do que arriscar em demasia, tal deve-se ao simples facto de não ser mágico ou adivinho, de o desporto não ser uma ciência exacta e por não ter o mínimo contacto com aquela malta tão em voga que ainda antes da bola rolar já tratou de definir os resultados. Pelos vistos faço parte é de um pequeno grupo que também acha piada a falar das apostas perdidas. OK, confesso, acho piada uma semana depois, quando a azia passou e, com toda a certeza, já fiz outro disparate qualquer. Contudo, é preciso recordar que isto é um passatempo, não é por aqui que quero ganhar a vida. Essencial é o trabalho, de onde surgem as verbas que permitem poder correr o risco de gastar uns trocos em apostas sem que isso altere minimamente o meu dia-a-dia. As apostas só deviam ser encaradas desta maneira. Quem pensa de outra forma terá de analisar muito bem o caminho que pretende percorrer. E devia ter presente que os “super-heróis” só existem nos filmes. Podem apostar nisso…

(Texto publicado no site “Aposta Ganha”)

Jesus na corda bamba

21 Abril, 2011 0

 

Mesmo depois de perder (0-2) em casa na primeira mão, o FC Porto conseguiu ir à Luz carimbar a qualificação para a final da Taça de Portugal. E fê-lo jogando “a sério” apenas a segunda parte. É verdade que nos primeiros 45 minutos pertenceu a Falcão a melhor oportunidade, mas nesse período os pupilos de Villas-Boas foram pouco ofensivos para quem tinha necessidade de marcar pelo menos 2 golos. Jesus, aquando do descanso, devia estar mais do que convicto que a presença no Jamor seria uma certeza. Enganou-se. Tanto quanto no momento em que resolveu deixar Aimar no banco dos suplentes.

Numa partida em que as águias precisavam, essencialmente, ter a bola em seu poder, de jogar com inteligência e tentar aproveitar os espaços deixados livres pelas subidas contrárias, o técnico prescindiu do organizador principal, do futebolista que melhor lê o jogo, daquele que mais facilidade tem em inventar linhas de passe. E se esta opção, por si só, já é discutível, mais estranha parece se tivermos em conta que a equipa estava amputada dos alas titulares (Salvio e Gaitán). Mais do que nunca parecia ser pelo meio que as acções ofensivas teriam de ser criadas.

Mas, Jesus não estaria mal se se equivocasse apenas na construção do onze. Está mais do que visto que, por estes dias, também falha noutras áreas. O Benfica há muito que deixou de ser uma equipa com rigor defensivo (sofre golos há 13 partidas consecutivas), equilibrada no meio-campo, psicologicamente estável. O homem que o ano passado chegou à Luz cheio de genica, com um discurso motivador que galvanizou tudo e todos, parece agora receoso, pouco intuitivo na definição das estratégias antes e durante os encontros. E quando tenta “sacar coelhos da cartola” raramente não se estatela ao comprido.

Jesus disse esta época, quando o Benfica entregou o campeonato nas primeiras jornadas, que as suas equipas não costumam começar bem a temporada. É verdade. Só ainda não assumiu que, invariavelmente, as suas segundas épocas à frente dos clubes são piores que a primeira. Haverá uma razão para isso? Talvez, não faço ideia. O que sei é que Jesus já não parece capaz de ser o timoneiro das águias durante vários anos. O estado de graça desapareceu com a mesma velocidade com que surgiu.

A época passada, Jesus foi um autêntico Messias na Luz. Agora, não é só a iluminação do Estádio que tem apagões. O próprio treinador, de vez a vez, troca os pés pelas mãos, fica às escuras. Poder-se-á perguntar: mas não é isso que sucede praticamente a todos os técnicos? Sim, claro que é, razão pela qual quando falham os objectivos, acabam dispensados. O futebol é uma indústria que vive do momento, dos resultados imediatos. Salvo raríssimas excepções, quem não ganha ao leme de clubes de topo tem de sair. E pouco importa se no passado foi determinante na conquista de x títulos. Adeptos e dirigentes só demoram uns dias a festejar os sucessos. Depois, querem mais, sempre mais. Os treinadores, independentemente da justiça da situação, sabem que o “filme” é assim. Não há nada a fazer. De pouco vale a Jesus recordar o que logrou há uns meses. Agora, é apenas o treinador que viu a Supertaça escapar para o FC Porto, que encaixou 5 no Dragão, que cedeu nos dois jogos da Liga com o rival nortenho, que observou a sua equipa perder, numa semana, dois jogos seguidos com os azuis e brancos em casa e que já vai em 4 desaires numa só época contra os portistas.

Com o Campeonato e a Taça de Portugal perdidos – e da maneira como o foram -, Jesus só tem uma forma de salvar a época do Benfica e, já agora, o seu posto de treinador: vencer a Liga Europa. Sim, a Taça da Liga sozinha (e não parece nada fácil, na situação actual, derrotar o modesto Paços de Ferreira) não será suficiente. Aliás, duvido que alguém na Luz tenha coragem de festejar uma eventual vitória no sábado, depois de tanta desilusão/humilhação seguida. Ainda assim, ganhar essa competição poderá servir de estímulo para os jogos que verdadeiramente importam neste momento: os dois com o Sporting de Braga, respeitantes às meias-finais da Liga Europa.

Paralelamente ao momento delicado de Jesus, o jovem Villas-Boas não pára de ganhar. E, por agora, não parece grave a equipa sofrer golos em quase todos os jogos. Hulk, Falcão e companhia marcam quase sempre mais. O FC Porto já tem um troféu no bolso, mas demonstra qualidade futebolística e frescura física e mental para juntar mais. Quem viu a pré-temporada dos dragões jamais pensaria que, meses volvidos, o conjunto carburaria desta forma…

PS – Quem, na Luz, teve a absurda ideia de mandar apagar a iluminação quando a equipa do FC Porto festejava a conquista do título nacional, mereceu, pouco dias volvidos, voltar a ver as comemorações contrárias na sua própria casa. E ainda teve de escutar futebolistas e adeptos portistas a pedir para que fosse feito novo corte e ligado o sistema de rega da relva. No desporto, como na vida, é preciso saber ganhar e saber perder. E não é com atitudes ignóbeis que se marca a diferença.

PS 1 – Inacreditável o comportamento de Sapunaru no final da partida de quarta-feira. Apesar de rodeado de companheiros, que o tentaram acalmar, o romeno confirmou que não é só nos túneis que perde o juízo. Se voltar a apanhar um duro castigo não deve ficar surpreendido.

Sucessor de Paul escolhe o Real

19 Abril, 2011 0

Pessoalmente não sou nada dado a exercícios de futurologia, mas sei que muita gente acredita que o futuro está escrito algures. Pois bem, especialmente para esses – nomeadamente os que são adeptos do Real Madrid – posso dizer que o polvo Iker, o sucessor do Paul que “antecipou” a vitória espanhola no Mundial da África do Sul, vaticinou o triunfo merengue na final da Taça do Rei, agendada para a noite de quarta-feira em Valência.

José Mourinho, Cristiano Ronaldo, Ricardo Carvalho e Pepe devem estar satisfeitos com o palpite do molusco, pois o animal também fez uma previsão para o recente duelo das duas equipas na Liga e… acertou no empate!

Iker – não faço ideia se em homenagem ao guardião do Real… – vive no aquário Sea Life Benalmádena, perto de Málaga, e usa o mesmo método do seu antecessor: escolhe as caixas que considera vencedoras.

Não faço ideia se o polvo vai voltar a ter uma “visão” certeira. Ainda assim, creio que José Mourinho gostaria que o bicho lhe explicasse como é que se pára o futebol rendilhado e eficiente do Barcelona e, já agora, um tal de Messi. Mas, acredito, para isso não há respostas. Nem por parte dos humanos, quanto mais dos polvos…

NBA: agora é a sério

16 Abril, 2011 0

Começa este sábado o “playoff” da NBA. Por outras palavras, agora é que a competição vai ser a sério, depois de uma fase regular em que “apenas” se cortaram 14 equipas e escalou as 16 melhores. É por este momento que os milhões de adeptos da modalidade, espalhados por todo o planeta, tanto aguardavam. Palpites? Continuo, tal como defendi na pré-temporada, a ver a formação de Boston como a mais apetrechada da Liga. No entanto, é verdade, nem na sua conferência lograram ser os melhores após 82 jogos. Chicago, contrariando todas as previsões, ganhou a primeira parte da época mas, nem por isso, considero os Bulls os principais candidatos. Contudo, se Derrick Rose continuar brilhante, a equipa defender com “unhas e dentes” como até aqui e o United Center for um inferno para os adversários, admito que os “touros” possam voltar a surpreender. Sendo fiel à causa… ficaria satisfeito! 

Para mais tarde poder verificar a minha taxa de acerto, deixo aqui breves considerações sobre as oito séries e uns quadros com dados estatísticos importantes para que cada um possa fazer as suas contas. Analisem tudo ao pormenor e digam, quanto antes, de sua justiça. Entretanto, fica aqui também o calendário completo desta primeira ronda do “playoff”. 

CONFERÊNCIA ESTE

1. CHICAGO BULLS

8. INDIANA PACERS
3
Omer Asik
C
Data
G
Darren Collison
2
6
Keith Bogans
G
G
Mike Dunleavy
17
5
Carlos Boozer
F
98.6
Points scored
100.1
G
TJ Ford
5
11
Ronnie Brewer
G
91.3
Points allowed
101.0
F-C
Jeff Foster
10
45
Rasual Butler
G-F
46.2
Field Goal %
44.4
F
Paul George
24
9
Luol Deng
F
36.1
3 pt. FG %
35.4
F
Danny Granger
33
22
Taj Gibson
F
74.3
Free Throw %
78.3
F
Tyler Hansbrough
50
26
Kyle Korver
G
44.1
Rebounds
43.7
C
Roy Hibbert
55
15
Joakim Noah
C
22.3
Assists
19.7
G-F
Dahntay Jones
1
1
Derrick Rose
G
5.7
Blocks
5.6
F
Josh McRoberts
32
24
Brian Scalabrine
F
7.2
Steals
7.1
F
James Posey
41
40
Kurt Thomas
C
14.1
Turnovers
15.4
G
AJ Price
12
32
CJ Watson
G
361
Accumulated playoff games
174
G
Brandon Rush
25
TEAM LEADERS
Derrick Rose
25.0
Points
20.5
Danny Granger
Joakim Noah
10.4
Rebounds
7.6
Roy Hibbert
Derrick Rose
7.7
Assists
5.1
Darren Collison
Joakim Noah
1.5
Blocks
1.8
Roy Hibbert
Ronnie Brewer
1.3
Steals
1.1
Danny Granger

Chicago acabou a “regular season” de forma sensacional e, só por isso, já merecia ser apontado como favorito. No entanto, ainda tem a seu favor o factor casa; o excelente momento de forma de Derrick Rose e a imensa capacidade colectiva para defender e ganhar ressaltos. Indiana, nomeadamente através do “atirador” Granger e do cada vez mais regular Roy Hibbert, pode criar problemas mas, em condições normais, não tem argumentos para ganhar 4 jogos aos Bulls, ainda por cima com a obrigatoriedade de vencer no United Center. Previsão: Chicago em 5 jogos

2. MIAMI HEAT
7. PHILADELPHIA 76ERS
50
Joel Anthony
C
Data
C-F
Tony Battie
4
0
Mike Bibby
G
F
Elton Brand
42
1
Chris Bosh
F
102.1
Points scored
99.0
C
Spencer Hawes
00
15
Mario Chalmers
G
94.6
Points allowed
97.5
G
Jrue Holiday
11
25
Erick Dampier
C
48.1
Field Goal %
46.1
F-G
Andre Iguodala
9
40
Udonis Haslem
F
37.0
3 pt. FG %
35.5
F-G
Jason Kapono
72
55
Eddie House
G
76.9
Free Throw %
77.0
G
Jodie Meeks
20
5
Juwan Howard
F
42.1
Rebounds
41.8
F
Andres Nocioni
5
11
Zydrunas Ilgauskas
C
20.0
Assists
22.7
F
Darius Songaila
25
6
LeBron James
F
5.2
Blocks
4.3
F
Marreese Speights
16
22
James Jones
F
6.6
Steals
7.6
G-F
Evan Turner
12
13
Mike Miller
F
13.9
Turnovers
13.0
G
Louis Williams
23
3
Dwyane Wade
G
645
Accumulated playoff games
227
F
Thaddeus Young
21
TEAM LEADERS
LeBron James
26.7
Points
15.0
Elton Brand
Chris Bosh
8.3
Rebounds
8.3
Elton Brand
LeBron James
7.0
Assists
6.5
Jrue Holiday
Joel Anthony
1.2
Blocks
1.3
Elton Brand
LeBron James
1.5
Steals
1.5
Andre Iguodala
Mesmo tendo terminado a época regular no segundo lugar do Este, Miami não jogou aquilo que se esperava. A equipa foi extremamente irregular, os problemas internos chegaram a ser bastante graves e foi preciso alguma sorte para o técnico Erik Spoelstra não acabar despedido. Contudo, pese tantos sobressaltos, há que não esquecer que a formação da Florida conta nas suas fileiras com estrelas do calibre de Wade, LeBron e Bosh. Assim sendo, os Heat vão mesmo confirmar o seu favoritismo. Philadelphia é uma equipa sem grandes recursos, mas bem trabalhada pelo técnico Doug Collins. Pode surpreender uma vez, mas jamais quatro. Previsão: Miami em 4 jogos.

3. BOSTON CELTICS
6. NEW YORK KNICKS
20
Ray Allen
G
Data
F
Carmelo Anthony
7
45
Carlos Arroyo
G
G
Chauncey Billups
4
11
Glen Davis
F-C
96.6
Points scored
106.5
F
Derrick Brown
2
5
Kevin Garnett
F
91.1
Points allowed
105.7
G
Anthony Carter
25
8
Jeff Green
F
48.6
Field Goal %
45.7
G
Toney Douglas
23
4
Nenad Krstic
C
36.5
3 pt. FG %
36.8
G
Landry Fields
6
7
Jermaine O’Neal
C-F
77.0
Free Throw %
80.9
F
Jared Jeffries
9
36
Shaquille O’Neal
C
38.8
Rebounds
40.5
G
Roger Mason
18
77
Aleksandar Pavlovic
G-F
23.4
Assists
21.4
F-C
Amare Stoudemire
1
34
Paul Pierce
F
4.2
Blocks
5.8
C
Ronny Turiaf
14
9
Rajon Rondo
G
8.2
Steals
7.6
G-F
Bill Walker
5
12
Von Wafer
G
14.6
Turnovers
13.7
F
Shawne Williams
3
13
Delonte West
G
873
Accumulated playoff games
356
F
Shelden Williams
13
TEAM LEADERS
Paul Pierce
18.9
Points
26.3
Carmelo Anthony
Kevin Garnett
8.9
Rebounds
8.2
Amare Stoudemire
Rajon Rondo
11.2
Assists
5.5
Chauncey Billups
Jermaine O’Neal
1.2
Blocks
1.9
Amare Stoudemire
Rajon Rondo
Boston é uma equipa talhada para as grandes batalhas; possui um plantel extremamente profundo e experiente e sabe o que é ganhar. No entanto, mesmo merecendo o favoritismo na série, convém ter em atenção que do lado contrário estará uma atípica, mas talentosa e perigosa equipa dos Knicks. Com o ingresso de Carmelo e Billups, os homens de Nova Iorque ficaram com três estrelas, embora Stoudemire pareça pouco à vontade com a nova estrutura. Quem aposta tanto nos lançamentos longos como o conjunto de Mike D’Antoni pode ganhar qualquer jogo. Boston, que defende muito bem, terá de inventar uma táctica para anular os triplos contrários. Previsão: Boston em 7 jogos.

4. ORLANDO MAGIC
 
5. ATLANTA HAWKS
35
Malik Allen
F
Data
C-F
Hilton Armstrong
31
33
Ryan Anderson
F
C
Jason Collins
34
1
Gilbert Arenas
G
99.2
Points scored
95.0
G
Jamal Crawford
11
30
Brandon Bass
F
93.7
Points allowed
95.8
G
Kirk Hinrich
6
3
Earl Clark
F
46.1
Field Goal %
46.2
C-F
Al Horford
15
25
Chris Duhon
G
36.6
3 pt. FG %
35.2
G
Joe Johnson
2
12
Dwight Howard
C
69.2
Free Throw %
77.9
C
Zaza Pachulia
27
14
Jameer Nelson
G
43.2
Rebounds
39.3
F
Josh Powell
12
21
Daniel Orton
C
20.0
Assists
22.0
F
Josh Smith
5
7
JJ Redick
G
4.7
Blocks
4.2
F
Jeff Teague
0
23
Jason Richardson
G
6.7
Steals
6.1
C
Etan Thomas
36
5
Quentin Richardson
F
14.9
Turnovers
13.6
G-F
Damien Wilkins
3
15
Hidayet Turkoglu
F
349
Accumulated playoff games
358
F
Marvin Williams
24
TEAM LEADERS
Dwight Howard
22.9
Points
18.2
Joe Johnson
Dwight Howard
14.1
Rebounds
9.3
Al Horford
Jameer Nelson
6.0
Assists
4.7
Joe Johnson
Dwight Howard
2.4
Blocks
1.5
Josh Smith
Dwight Howard
1.3
Steals
1.3
Josh Smith
Esperava-se mais de Orlando na fase regular. No entanto, as alterações introduzidas a meio da temporada demoraram a surtir efeitos. Howard é a grande figura da equipa, mas os companheiros, por vezes, esquecem-se de o envolver mais nas acções ofensivas. Perante uma formação de Atlanta com uma rotação muito limitada, os Magic vão acabar por vencer, mas terão seguramente de enfrentar alguns problemas. Aliás, na época regular não deve ter sido por acaso que os homens da Georgia venceram 3 dos 4 embates realizados entre as duas equipas. Previsão: Orlando em 6 jogos.

CONFERÊNCIA OESTE

1. SAN ANTONIO SPURS
8. MEMPHIS GRIZZLIES
45
DeJuan Blair
C
Data
G
Tony Allen
9
15
Matt Bonner
F-C
F
Darrell Arthur
00
1
Da’Sean Butler
F
103.7
Points scored
99.9
F
Shane Battier
31
21
Tim Duncan
F
98.0
Points allowed
97.6
G
Mike Conley
11
20
Manu Ginobili
G
47.5
Field Goal %
47.1
C
Marc Gasol
33
4
Danny Green
G-F
39.7
3 pt. FG %
33.4
C
Hamed Haddadi
15
3
George Hill
G
76.7
Free Throw %
75.0
G
Xavier Henry
13
24
Richard Jefferson
F
41.8
Rebounds
41.0
G
OJ Mayo
32
34
Antonio McDyess
F-C
22.4
Assists
20.6
F
Leon Powe
7
14
Gary Neal
G
4.5
Blocks
5.3
F
Zach Randolph
50
23
Steve Novak
F
7.3
Steals
9.4
G
Greivis Vasquez
21
9
Tony Parker
G
13.4
Turnovers
13.9
G
Jason Williams
3
22
Tiago Splitter
F-C
659
Accumulated playoff games
197
G-F
Sam Young
4
TEAM LEADERS
Tony Parker
17.5
Points
20.1
Zach Randolph
Tim Duncan
8.9
Rebounds
12.2
Zach Randolph
Tony Parker
6.6
Assists
6.5
Mike Conley
Tim Duncan
1.9
Blocks
1.7
Marc Gasol
Manu Ginobili
1.5
Steals
1.8
Mike Conley
Os Spurs desperdiçaram, de forma completamente inesperada, a liderança da fase regular no 82.º e último encontro. Popovich resolveu poupar os seus principais jogadores em vários jogos e a estratégia acabou por ter o seu preço. Porém, não se iludam: os texanos serão um dos mais sérios candidatos à conquista do título. O grupo é bastante experiente, tem as rotinas bem definidas e deverá aproveitar a ronda perante os batalhadores, mas inferiorizados Memphis (Gay fará muita falta) para ganhar confiança. A dor de cabeça será travar Randolph, jogador que parece dar-se bem a jogar contra este opositor. Previsão: San Antonio em 6 jogos.

2. LOS ANGELES LAKERS
7. NEW ORLEANS HORNETS
15
Ron Artest
F
Data
C
David Andersen
11
9
Matt Barnes
F
F
Trevor Ariza
1
5
Steve Blake
G
101.5
Points scored
94.9
G
Marcus Banks
15
12
Shannon Brown
G
95.4
Points allowed
94.0
G
Marco Belinelli
8
24
Kobe Bryant
G
46.3
Field Goal %
45.8
C
Aaron Gray
34
17
Andrew Bynum
C
35.2
3 pt. FG %
36.0
G
Willie Green
33
45
Derrick Caracter
F
77.9
Free Throw %
76.5
C
Didier Ilunga-Mbenga
28
3
Devin Ebanks
F
44.0
Rebounds
40.1
G
Jarrett Jack
2
2
Derek Fisher
G
22.0
Assists
20.6
F
Carl Landry
24
16
Pau Gasol
F-C
5.2
Blocks
4.4
C
Emeka Okafor
50
7
Lamar Odom
F
7.3
Steals
7.6
G
Chris Paul
3
1
Joe Smith
F-C
13.1
Turnovers
13.0
F
Quincy Pondexter
20
4
Luke Walton
F
959
Accumulated playoff games
157
C-F
Jason Smith
14
TEAM LEADERS
Kobe Bryant
25.3
Points
18.9
Chris Paul
Pau Gasol
10.2
Rebounds
9.5
Emeka Okafor
Kobe Bryant
4.7
Assists
9.8
Chris Paul
Andrew Bynum
1.9
Blocks
1.8
Emeka Okafor
Ron Artest
1.5
Steals
2.2
Chris Paul
Independentemente da sua má ponta final e da agitação que o anúncio da retirada do técnico Phil Jackson parece ter causado no seio do conjunto, os Lakers irão conseguir fazer valer a sua enorme experiência perante uns Hornets que, sem David West, perdem muita da sua força. De resto, o talentoso Chris Paul dá a ideia de não estar muito feliz, ao ponto das suas exibições estarem menos vistosas e efectivas. Os californianos ganharam os quatro confrontos na época regular e isso reflecte bem as diferenças entre as duas equipas: Previsão: LA Lakers em 4 jogos. 

3. DALLAS MAVERICKS
6. PORTLAND TRAIL BLAZERS
11
Jose Barea
G
Data
F
LaMarcus Aldridge
12
3
Rodrigue Beaubois
G
F
Luke Babbitt
11
13
Corey Brewer
F
100.2
Points scored
96.3
C-F
Earl Barron
40
4
Caron Butler
F
96.0
Points allowed
94.8
F
Nicolas Batum
88
35
Brian Cardinal
F
47.5
Field Goal %
44.7
C
Marcus Camby
23
6
Tyson Chandler
C
36.5
3 pt. FG %
34.5
G
Rudy Fernandez
5
33
Brendan Haywood
C
77.7
Free Throw %
80.4
G
Armon Johnson
1
2
Jason Kidd
G
41.4
Rebounds
39.3
C
Chris Johnson
17
0
Shawn Marion
F
23.8
Assists
21.2
G
Wesley Matthews
2
41
Dirk Nowitzki
F
4.3
Blocks
4.4
G
Andre Miller
24
92
DeShawn Stevenson
G
6.8
Steals
8.0
G
Patrick Mills
8
16
Peja Stojakovic
F
14.0
Turnovers
13.0
G
Brandon Roy
7
31
Jason Terry
G
576
Accumulated playoff games
200
F
Gerald Wallace
3
TEAM LEADER
Dirk Nowitzki
23.0
Points
21.8
LaMarcus Aldridge
Tyson Chandler
9.4
Rebounds
10.3
Marcus Camby
Jason Kidd
8.2
Assists
7.0
Andre Miller
Tyson Chandler
1.0
Blocks
1.5
Marcus Camby
Jason Kidd
1.7
Steals
2.0
Gerald Wallace
Se há equipa capaz de surpreender os teoricamente mais fortes, Portland adora desempenhar esse papel. Ao longo dos últimos anos, mesmo afectado por uma verdadeira praga de lesões, o conjunto do Oregon tem sido especialista em ganhar jogos aparentemente impossíveis. Perante Dallas, mais uma vez, os Blazers partem atrás nas previsões e, desta feita, acredito que vão mesmo ceder. A menos que Roy surja em grande plano físico (sem queixas nos joelhos) e Nowitzki tenha uma série para esquecer. Previsão: Dallas em 6 jogos. 

4. OKLAHOMA CITY THUNDER
5. DENVER NUGGETS
45
Cole Aldrich
C
Data
G
Arron Afflalo
6
4
Nick Collison
F-C
F-C
Chris Andersen
11
14
Daequan Cook
G
104.8
Points scored
107.5
F
Wilson Chandler
21
35
Kevin Durant
F
101.3
Points allowed
102.7
C-F
Melvin Ely
34
13
James Harden
G
46.4
Field Goal %
47.6
G
Raymond Felton
20
9
Serge Ibaka
F-C
34.7
3 pt. FG %
38.8
F
Gary Forbes
0
7
Royal Ivey
G
82.3
Free Throw %
76.5
F
Danilo Gallinari
8
6
Eric Maynor
G
42.8
Rebounds
42.0
F
Al Harrington
7
8
Nazr Mohammed
C
20.4
Assists
22.1
G
Ty Lawson
3
5
Kendrick Perkins
C
5.9
Blocks
4.3
F
Kenyon Martin
4
3
Nate Robinson
G
8.0
Steals
7.4
C
Timofey Mozgov
25
2
Thabo Sefolosha
G
14.1
Turnovers
14.1
C
Nenê
31
0
Russell Westbrook
G
208
Accumulated playoff games
263
G
JR Smith
5
TEAM LEADERS
Kevin Durant
27.7
Points
14.7
Danilo Gallinari
Kendrick Perkins
7.9
Rebounds
7.6
Nenê
Russell Westbrook
8.2
Assists
6.5
Raymond Felton
Serge Ibaka
2.4
Blocks
1.3
Chris Andersen
Russell Westbrook
1.9
Steals
1.3
Raymond Felton

Eliminatória completamente em aberto. O factor casa pode acabar por ajudar a decidir quem seguirá em frente, mas parece óbvio que a série será extremamente disputada. Aliás, a avaliar pelo que sucedeu na última semana da fase regular, período em que as equipas se encontraram duas vezes, aguardam-se momentos tensos logo na abertura do despique. Os Thunder contam com a inspiração de Durant, o melhor marcador da Liga, e a juventude irreverente de Westbrook, Ibaka e Harden e a agressividade de Perkins. Já os Nugetts tentarão manter-se fiéis a um modelo que, contra a maioria das análises, funcionou muito bem após a saída de históricos como Carmelo e Billups. Previsão: Oklahoma em 7 jogos.

Opinião a ter em conta

13 Abril, 2011 0

 
Com a devida vénia reproduzo de seguida um texto que acabei de ler no site do “Jornal de Negócios”. O artigo, da autoria de Carla Pedro, resume a opinião do sociólogo Robert Fishman sobre a crise que Portugal atravessa. Sem rodeios, o professor e autor de livros, considera que o nosso país não precisava de ser resgatado. Mais: aponta o dedo à especulação das agências de “rating” para explicar a complicada situação em que estamos mergulhados. O parecer de Fishman, difundido pelo insuspeito “The New York Times” (de onde retirei o cartoon), parece-me ignorar os erros, deslizes, más opções e “cambalachos” que vários políticos nacionais protagonizaram nas últimas décadas mas, na essência, reflecte uma visão que eu – sem ter qualquer conhecimento especializado na matéria – sugeri num “post” de 24 de Março último. Leia com atenção e diga o que pensa da teoria de Fishman:

O sociólogo Robert Fishman escreve no “The New York Times” sobre o “desnecessário resgate de Portugal” e acusa as agências de notação financeira de distorcerem a percepção que os mercados tinham da estabilidade do País. Portugal não precisava deste resgate. Foi sobretudo a especulação que precipitou o País para o pedido de ajuda externa. O culpado não foi o governo, mas sim a pressão das agências de “rating”. É esta a opinião de Robert Fishman, professor de Sociologia na Universidade de Notre Dame, num artigo hoje publicado no jornal “The New York Times”.

Na opinião de Fishman – que escreveu, em conjunto com Anthony Messina, o livro intitulado “The Year of the Euro: the cultural, social and political import of Europe’s common currency” -, a solicitação de ajuda externa à UE e ao FMI por parte de Portugal deverá constituir um aviso para as democracias de todo o mundo.

A crise que teve início no ano passado, com os resgates da Grécia e da Irlanda, agravou-se, constata o professor. “No entanto, este terceiro pedido nacional de ajuda não tem realmente a ver com dívida. Portugal teve um forte desempenho económico na década de 90 e estava a gerir a sua retoma, depois da recessão global, melhor do que vários outros países da Europa, mas sofreu uma pressão injusta e arbitrária por parte dos detentores de obrigações, especulações e analistas de “rating” da dívida que, por razões ideológicas ou de tacanhez, conseguiram levar à queda de um governo democraticamente eleito e levaram, potencialmente, a que o próximo governo esteja de mãos atadas”, salienta Robert Fishman no seu artigo de opinião publicado no jornal norte-americano.

O sociólogo adverte que “estas forças do mercado, se não forem reguladas, ameaçam eclipsar a capacidade de os governos democráticos – talvez até mesmo o norte-americano – fazerem as suas próprias escolhas em matéria de impostos e despesa pública”.

“Crise em Portugal é completamente diferente”

Apesar de as dificuldades de Portugal se assemelharem às da Grécia e da Irlanda, uma vez que os três países aderiram ao euro, cedendo assim o controlo da sua política monetária, o certo é que “na Grécia e na Irlanda, o veredicto dos mercados reflectiu profundos problemas económicos, facilmente identificáveis”, diz Fishman, realçando que “a crise em Portugal é completamente diferente”.

Em Portugal, defende o académico, “não houve uma genuína crise subjacente. As instituições económicas e as políticas em Portugal, que alguns analistas financeiros encaram como irremediavelmente deficientes, tinham alcançado êxitos notáveis antes de esta nação ibérica, com uma população de 10 milhões de pessoas, ser sujeita a sucessivas vagas de ataques por parte dos operadores dos mercados de obrigações”.

“O contágio de mercado e os cortes de ‘rating’ , que começaram quando a magnitude das dificuldades da Grécia veio à superfície em inícios de 2010, transformou-se numa profecia que se cumpriu por si própria: ao elevarem os custos de financiamento de Portugal para níveis insustentáveis, as agências de ‘rating’ obrigaram o País a pedir ajuda externa. O resgate confere poderes, àqueles que vão “salvar” Portugal, para avançarem com medidas de austeridade impopulares”, opina Robert Fishman.

“A crise não resulta da actuação de Portugal. A sua dívida acumulada está bem abaixo do nível de outros países, como a Itália, que não foram sujeitos a avaliações [de ‘rating’] tão devastadoras. O seu défice orçamental é inferior ao de vários outros países europeus e tem estado a diminuir rapidamente, na sequência dos esforços governamentais nesse sentido”, refere o professor, que fala ainda sobre o facto de Portugal ter registado, no primeiro trimestre de 2010, uma das melhores taxas de retoma económica da UE.

Em inúmeros indicadores – como as encomendas à indústria, inovação empresarial, taxa de sucesso da escolaridade secundária e crescimento das exportações -, Portugal igualou ou superou os seus vizinhos do Sul e mesmo do Ocidente da Europa, destaca o sociólogo.

Porquê os “downgrades?”

“Então, por que motivo é que a dívida soberana portuguesa foi cortada e a sua economia levada para a beira do precipício?”, questiona-se Fishman.
Na sua opinião, há duas explicações possíveis. Uma prende-se com o cepticismo ideológico do modelo económico misto de Portugal, com o apoio aos empréstimos concedidos às pequenas empresas, de par com umas quantas grandes empresas públicas e um forte Estado Providência, explica.

A outra explicação está na “inexistência de perspectiva histórica”. Segundo Fishman, os padrões de vida dos portugueses aumentaram bastante nos 25 anos que se seguiram à Revolução dos Cravos, em Abril de 1974, tendo havido na década de 90 um acelerado aumento da produtividade laboral, do investimento de capital por parte das empresas privadas, com a ajuda do governo, e um aumento dos gastos sociais. No final do século, Portugal tinha uma das mais baixas taxas de desemprego da Europa, sublinha também o professor.

Mas, realça, o optimismo dos anos 90 deu origem a desequilíbrios económicos e a gastos excessivos. “Os cépticos em torno da saúde económica de Portugal salientam a sua relativa estagnação entre 2000 e 2006. Ainda assim, no início da crise financeira mundial, em 2007, a economia estava de novo a crescer e o desemprego a cair. A recessão acabou com essa recuperação, mas o crescimento retomou no segundo trimestre de 2009”, refere.

Assim, no seu entender, “não há que culpar a política interna de Portugal. O primeiro-ministro José Sócrates e o PS tomaram iniciativas no sentido de reduzir o défice, ao mesmo tempo que promoveram a competitividade e mantiveram a despesa social; a oposição insistiu que podia fazer melhor e obrigou à demissão de Sócrates, criando condições para a realização de eleições em Junho. Mas isto é política normal, não um sinal de confusão ou de incompetência, como alguns críticos de Portugal têm referido”.

Europa poderia ter evitado o resgate

E poderia a Europa ter evitado este resgate?, questiona-se. Na sua opinião, sim. “O BCE poderia ter comprado dívida pública portuguesa de forma mais agressiva e ter afastado a mais recente onda de pânico”.

Além disso, Fishman afirma que é também essencial que a UE e os EUA regulem o processo utilizado pelas agências de “rating” para avaliarem a qualidade da dívida de um país. “Ao distorcerem as percepções do mercado sobre a estabilidade de Portugal, as agências de notação financeira – cujo papel na aceleração da crise das hipotecas ‘subprime’ nos EUA foi extensamente documentado – minaram a sua retoma económica e a sua liberdade política”, acusa o académico.

“No destino de Portugal reside uma clara advertência a outros países, incluindo os Estados Unidos. A revolução de 1974 em Portugal inaugurou uma vaga de democratização que inundou o mundo inteiro. É bem possível que 2011 marque o início de uma vaga invasiva nas democracias, por parte dos mercados não regulados, sendo Espanha, Itália ou Bélgica as próximas vítimas potenciais”, conclui Fishman, relembrando que os EUA não gostariam de ver no seu território o tipo de interferência a que Portugal está agora sujeito – “tal como a Irlanda e a Grécia, se bem que estes dois países tenham mais responsabilidades no destino que lhes coube”.

Violência nas escolas (vídeo)

Todos sabemos que a violência nas escolas, entre jovens estudantes, é um problema que tem vindo a aumentar em praticamente todas as nações ocidentais. Em Portugal, claro, a questão também tem estado na ordem do dia, sendo conhecidos vários relatos – através das televisões e dos jornais – do fenómeno baptizado com o nome de “bullying”. Em determinadas situações, a gravidade é tão grande que muitas crianças, envergonhadas e com medo de denunciar o que se passa, acabam mesmo por abandonar os estudos.

Recentemente, em Sydney, na Austrália, um destes casos virou notícia à escala mundial. Tudo porque alguém resolveu registar em vídeo aquilo que seria, em princípio, mais um acto de intimidação por parte de um rapaz que, apesar de mais novo, parecia exercer algum domínio sobre outro. O problema é que, naquele dia, tudo se alterou. Observe: 

Depois das imagens terem sido difundidas de forma viral através da internet, com destaque para o YouTube, a imprensa foi à procura de saber mais sobre os dois jovens. E o que se apresenta a seguir são as conversas com os dois rapazes, bem como alguns depoimentos dos familiares. Veja, reflicta e diga de sua justiça: