O Orçamento do Estado visto por quem o aprovou

27/11/2012
Colocado por: Catarina Almeida Pereira

 

Com a opção prosseguida, a tributação dos rendimentos do trabalho em Portugal será, em 2013, fortemente desincentivadora para os recursos humanos, sobretudo os mais qualificados e que mais valor acrescentam nas respectivas actividades.

 

Declaração de voto de 18 deputados do PSD, que Miguel Frasquilho, primeiro subscritor, esclarece que era uma versão provisória.

 

 

O Orçamento tem, entre outros, cinco riscos muito significativos: a carência de justificação clara para a dimensão do ajustamento necessário, a difícil sustentação do cenário macroeconómico, a desproporção entre o esforço do Estado e o esforço solicitado às famílias, a insuficiência das alterações introduzidas, em sede de especialidade e a introdução de medidas que comprometem reformas futuras.

 

João Almeida, vice-presidente da bancada do CDS-PP, numa declaração de voto citada pela agência Lusa.

 

 

A essencial superação desse modelo socialista exigia um outro Orçamento: um Orçamento que reflectisse uma consolidação orçamental pelo lado da despesa, que espelhasse alterações substanciais no modelo de Estado e reduções significativas da despesa estrutural, que iniciasse uma reforma tendente à transformação da carga fiscal em amiga das famílias e do investimento e que evidenciasse um compromisso geracional de liberalização da economia.

 

Adolfo Mesquita Nunes, deputado do CDS-PP.

 

 

Melhor teria sido, no meu entender, que os avanços e melhorias na especialidade da proposta de Orçamento do Estado tivessem revertido em impactos que fossem sentidos como mais significativos: ou no tratamento de aposentados, pensionistas e reformados, muito maltratados; ou afastando a reforma inoportuna do quadro estrutural tributário, como se faz em sede de IRS e de IMI; ou tratando com mais abertura e sensibilidade económica a questão candente do IVA na restauração.

 

Ribeiro e Castro, deputado do CDS-PP, citado pela agência Lusa.

 

 

Seria pior não haver orçamento.

 

Telmo Correia, vice-presidente da bancada do CDS-PP. Frase retirada de uma intervenção que o líder parlamentar classificou como “a” declaração de voto do CDS.