A quarta premissa de Nouriel Roubini

16/07/2012
Colocado por: massamonetaria

Post de João Maltez

 

  

Cidadela de Alepo, Síria Fonte: Aleppo Chamber of Commerce via Bloomberg

 

O economista Nouriel Roubini – o mesmo que previu a bolha imobiliária nos Estados Unidos, a qual deu origem à actual crise económico-financeira no Ocidente – prognosticou que em 2013 ocorrerá uma “tempestade perfeita” na economia mundial.

Os quatro acontecimentos que teorizou como previsíveis são os seguintes: a desaceleração do crescimento nos Estado Unidos; a intensificação da crise da dívida na Europa; o abrandamento do crescimento nas economias emergentes; e um conflito militar com o Irão (Ler, por exemplo, aqui).

 

O sistema financeiro mundial e os decisores políticos estão a encarregar-se de fazer cumprir o prognóstico avançado pelo economista. Pelo menos no que diz respeito às três primeiras premissas da teoria.

 

Se estes três aspectos já são suficientes para introduzir ainda mais ruído nas relações sociais, económicas e políticas a nível mundial, o quarto afigura-se como uma subida drástica do volume suportável de decibéis.

 

A comunidade internacional sabe, desde há décadas, que o regime sírio – aliado de Teerão – está longe de ser democrático. Tal qual como outros regimes da região [que o Ocidente suporta e] a que dá apoio por razões estratégicas – leia-se petróleo.

 

Verdade seja dita que nada do que está a acontecer na Síria é desculpável, sobretudo porque estão a ser assassinadas pessoas que nada têm a ver com estas guerras de interesses. Mas também pouco se sabe, de forma esclarecida, sobre o que tem estado a acontecer. Acreditemos, então, que ainda há fontes independentes

Saber o que se passa por aquelas latitudes é importante, porque há quem considere que a quarta premissa da teoria de Roubini está intimamente ligada ao que está a acontecer na Síria. A acreditar nas fontes que de lá nos dão notícias, o que se passa não é tranquilizador. José Goulão, jornalista conhecedor das questões do Médio Oriente, ajuda-nos a reflectir sobre o que pode estar em causa. Vale por isso a pena ler “MIRAGEM NA ESTRADA DE DAMASCO“; OS PIRÓMANOS E A CAIXA DE PANDORA NO MÉDIO ORIENTE – 1;  OS PIRÓMANOS E A CAIXA DE PANDORA NO MÉDIO ORIENTE – 2;  OS PIRÓMANOS E A CAIXA DE PANDORA NO MÉDIO ORIENTE – 3