Arquivo mensal: Dezembro 2012

Armas de fogo nos EUA: indústria à prova de crise

18/12/2012
Colocado por: Nuno Aguiar

 Até hoje, Obama nunca quis enfrentar o lobby da indústria de armamento. Fonte: Olivier Douliery/Bloomberg

 

O segundo maior massacre de sempre numa escola norte-americana mergulhou os Estados Unidos numa nova reflexão sobre o acesso e posse de armas de fogo. Adam Lanza, de 20 anos, matou 20 crianças de seis e sete anos e sete adultos com uma Bushmaster de calibre .223. Uma espingarda de assalto semi-automática com cartuchos de 30 balas, utilizada pelo exército dos EUA no Afeganistão. Foi a mãe – também assassinada – que o ensinou a disparar.

 
Apesar de os americanos – e a Administração Obama – terem assistido a vários assassinatos em massa em escolas, cinemas, templos e até a tentativa de homicídio de uma congressista, esses acontecimentos não provocaram um arrefecimento da sua relação com as armas. Muito pelo contrário, os números mostram que nunca se venderam tantas armas nos EUA, fazendo o sector atravessar um período de enorme expansão.

É o longo prazo, estúpido! (ainda os multiplicadores)

14/12/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

Mario Draghi, presidente do BCE Fonte: Bloomberg

 

O BCE entrou na guerra dos multiplicadores esta semana dando mais um contributo para validar a hipótese de “Multiplicador é o que um economista quiser“. Tal como o FMI e Comissão Europeia, o banco central também usou uma caixa de um documento oficial para dar a sua opinião sobre os impactos da austeridade no crescimento (Ver caixa 6 do boletim mensal). Frankfurt alinha com Bruxelas contra a posição de Washington: é simplista argumentar que a actividade económica na Europa está a abrandar “apenas” pela consolidação orçamental e os multiplicadores dificilmente chegarão aos níveis defendidos pelo FMI, mostra a investigação do banco central. Em todo o caso, sublinha o BCE, o que conta é o longo prazo. E aí os efeitos são positivos. Aqui ficam alguma passagens do texto do BCE.

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17 anos: Banco de Portugal mudará de Conselho de Auditoria


Colocado por: Rui Peres Jorge

Rui Vilar e Rui Gaudêncio Nunes são presidente e vogal do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal há 16 anos. Desde 2010, ano em que terminou o último mandato, estão em gestão corrente no único organismo independente com a missão de fiscalizar o banco central. Os sucessivos governos não viram necessidade de fazer rodar os auditores do BdP e o actual Executivo, que os recebeu já em gestão, justifica a demora com uma planeada alteração de estatutos que, diz as Finanças, ocorrerá em 2013. Esta será mais uma de várias mudanças significativas ocorridas na governance do banco central português nos últimos dois anos.

Multiplicam-se os estudos do FMI a favor de reduções suaves de défice

12/12/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

Christine Lagarde, directora-geral do FMI Fonte: Bloomberg

 

Multiplicam-se os estudos publicados por economista do FMI a favor de reduções suaves do défice orçamental quando as economias enfrentam recessões graves. Os resultados da investigação do Fundo ganharam especial através de um recente debate sobre multiplicadores orçamentais a partir de um estudo assinado por Olivier Blanchard, o economista chefe da instituição, no último World Economic Outlook. O tema mantém-se na agenda por um crescente receio de que as estratégia de redução de défices na Europa se derrote a ela própria.

 

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Inflação no mínimo desde Setembro de 2010


Colocado por: Rui Peres Jorge

A inflação homóloga baixou a barreira dos 2% pela primeira vez em dois anos.Filipe Garcia, da IMF, destaca a queda de preços entre Outubrto e Novembro e o contributo decisivo para esta evolução mensal que  tiveram os combustíveis para transportes de pessoal. Miguel Moreira, do Montepio, considera que este é mais um sinal da tendência de descida da inflação que se prolongará por 2013.

   

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.