Arquivo mensal: Novembro 2012

Banco de Portugal a caminho de melhor “governance”?

19/11/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

 

Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal, numa sessão parlamentar Fonte: Mario Proença, Bloomberg

 

Segundo a edição de hoje do Público o Banco de Portugal entregou ao ministério das Finanças uma proposta de alteração dos seus estatutos com duas alterações significativas: nomeação do Governador pelo Presidente da República e não pelo ministro das Finanças (por sugestão do primeiro ministro) e escolha da comissão de auditoria pelos deputados (até aqui também feita pelo Ministério das Finanças). Estas são opções que vão ao encontro de uma preocupação antiga: Portugal é um dos países em que o banco central mais depende do ministério das Finanças.

 

No final de 2008, no meio da crise de supervisão que afectou o Banco de Portugal, o Jornal de Negócios publicou uma sequência de trabalhos sobre a actuação dos bancos centrais e do Banco de Portugal em particular. O trabalho “Quem Governa os Governadores?” (que pode ler na íntegra) acabou por ser premiado no ano seguinte com o prémio Citi Journalistc Excellence Award. O diagnóstico sobre a “governance” do Banco de Portugal não era o melhor. Algumas das propostas avançadas agora por Carlos Costa vão no sentido certo. Aqui ficam algumas das principais conclusões de então.

Verdades inconvenientes sobre previsões económicas

15/11/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

 

Um “zé povinho” em porcelana num mercado de Lisboa Fonte: Mário Proença, Bloomberg 

 

As previsões macroeconómicas são um elemento central na política económica moderna. Delas dependem as previsões fiscais dos orçamentos do Estado, é sobre elas que se constroem muitas das recomendações de política, e são um factor decisivo na formação das expectativas dos agentes económicos. Não admira por isso que Governo, FMI, Comissão Europeia, BCE, Banco de Portugal, OCDE, bancos comerciais, entre outras instituições publiquem com regularidade – e muita visibilidade – as suas estimativas de crescimento. Mas dada a sua importância será que sabemos o suficiente sobre elas? Ora veja algumas conclusões curiosas.

Portugal a caminho de uma recessão de 2% em 2013


Colocado por: Rui Peres Jorge

PIB contraiu 3,4% no terceiro trimestre. A economia portuguesa registou a maior queda homóloga desde 2009 sublinha a equipa de economistas da Universidade Católica, apontando para o corte salarial na função pública com factor relevante para este desempenho. O NECEP espera uma contracção da economia de 2% no próximo ano. Uma queda de 2% é também a expectativa do Montepio: Rui Bernardes Serra atribui uma parte do mau desempenho do último trimestre a um aumento mais forte que o esperado das importações e aponta para uma recessão de 3% este ano e de 2% no próximo. No BPI, Paula Carvalho avisa que o pior de 2012 ainda estará para vir. E, embora aponte para uma recessão de apenas 1,5% em 2013, sublinha que o risco de revisão em baixa deste valor. Filipe Garcia, da IMF, destaca as dificuldades que este desempenho económico coloca aos objectivos orçamentais e o facto do investimento continuar a cair, reduzindo assim as hipóteses de um relançamento sustentado da economia.

     

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.

Recuperação no emprego adiada para 2014


Colocado por: Rui Peres Jorge

A taxa de desemprego aumentou para 15,8% no terceiro trimestre. Os desenvolvimentos no mercado de trabalho reflectidos nos dados divulgados ontem pelo INE surpreenderam pela negativa. A taxa de desemprego para o ano deverá aproximar-se dos 17% e o pico na taxa de desemprego será atingido no final do ano ou em 2014, o que adia a recuperação no mercado de trabalho pelo menos até 2014, analisa José Miguel Moreira, do Montepio. O adiamento da recuperação no emprego também é notada por Filipe Garcia da IMF. Paula Carvalho, do BPI, sublinha o forte contributo do desemprego de longa duração para o aumento do desemprego total, mas encontra também sinais positivos no ajustamento no mercado de trabalho, nomeadamente o facto de grande parte do agravamento recair sobre os sectores de bens não transacionáveis.

 

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.

Aumento de preços abranda pelo segundo mês

13/11/2012
Colocado por: Rui Peres Jorge

Inflação baixou Outubro travada pelos combustíveis. Miguel Moreira do Montepio espera que o ritmo de abrandamento do aumento de preços continue para lá de 2012, apontando para uma inflação na casa dos 1% no próximo ano. Este é o limite inferior da expectativa de Filipe Garcia da Informação e Mercados Financeiros. Este ano a inflação deverá ficar o aumento homólogo de preços deverá ficar ligeiramente abaixo de 3%.

 

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium bcp, BPI, NECEP (Universidade Católica) e IMF, isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.