Arquivo mensal: Dezembro 2011

Já não há consolidações orçamentais expansionistas

19/12/2011
Colocado por: Rui Peres Jorge

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Ou melhor, provavelmente nunca existiu essa proeza da política económica que passa por gerar crescimento económico a partir da aplicação de receitas de forte austeridade orçamental. Muito defendida durante quase duas décadas, a ideia sofreu um forte revés há um ano com críticas do FMI. Recentemente, ao críticos juntou-se um nome de peso: Roberto Perotti, um dos promotores mais destacados das consolidações orçamentais expansionistas. O Negócios entrevistou-o para perceber porquê.

E se o BCE puder dizer asneiras dentro da igreja


Colocado por: Rui Peres Jorge

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Mário Draghi numa conferência em Frankfurt em novembro. Fonte: Hannelore Foerster/Bloomberg

 

“O BCE, como herdeiro do Bundesbank, considera que a compra de obrigações soberanas pelos bancos centrais é como dizer asneiras na igreja: pura e simplesmente não é feito”. É assim que Willem Buiter, o agora economista-chefe do Citigroup, responde a Tom Keene, sobre porque é que o BCE ainda não actuou. O inspirado início da conversa a meio de Novembro segue depois uma análise da crise europeia e do potencial “default” grego, mas mais ou menos peloa minuto 5″ o economista britânico avança uma proposta de intervenção do BCE no mercado de dívida sem criar pressões inflaccionistas (a entrevista em vídeo foi a 16 de Novembro). Ilian Mihov faz um resumo da proposta de Buiter, que passa essencialmente por usar os lucros do BCE (de senhoriagem) para financiar compras de dívida de países em dificuldades. Neste caso, não haveria impressão de moeda para financiar as compras. Draghi, numa entrevista publicada hoje, quebra o tabu e fala sobre uma desagregação do euro. Mais logo, às 15:30, vai ao Parlamento Europeu. Além disso estamos também a ler:  

 

2. A desalavancagem bancária no panorama europeu e os efeitos da dívida soberana, descrevem Stephen Kinsella e Vincent O'Sullivan (VoxEU.org)
 

 

3. Antonio Fatas descreve “um pacto europeu de instabilidade e estagnação” (Antonio Fatas e Ilian Mihov)

Compreendendo o “não” inglês

15/12/2011
Colocado por: Pedro Romano

O “não” britânico na cimeira europeia da última sexta-feira gerou algum celeuma nos principais meios de comunicação social. Em The british 'Non', Harold James passa em revista a relação atribulada do eixo franco-alemão com a economia britânica desde os primórdios da criação do Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio e explica por que é que a “retirada” de Cameron não deveria ser vista com estranheza. Além disto, também estamos a ler:

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Quanto vale (mesmo) o sistema bancário?

14/12/2011
Colocado por: Pedro Romano

A importância dos bancos enquanto mediadores de fluxos financeiros é bastante consensual. O sistema financeiro capta as poupanças dos agentes económicos com excedentes e canaliza-as para os agentes económicos com défices financeiros, garantindo aos primeiros que as suas poupanças poderão ser remuneradas com juros e aos segundos que os seus investimentos não serão travados por falta de capital. Mas estaremos a medir bem a importância deste serviço?

Transportes e energia com inflação acima dos 8%


Colocado por: Rui Peres Jorge

A inflação homóloga caiu para os 4% em Novembro. José Miguel Moreira, do Montepio, explica que são as classes dos transportes (inflação homóloga de 8,2%) e da habitação, electricidade (inflação homóloga de 10,5%) que continuam a puxar pelo aumento de preços. O economista aponta para que a inflação média de 2011 fique pelos 3,5% (valor, aliás, já atingido este mês), em linha com previsões da OCDE, Comissão Europeia e Governo.     

   

Nota do editor: No “Reacção dos Economistas” pode ler, sem edição do Negócios, a análise aos principais indicadores económicos pelos gabinetes de estudos do Montepio, Millennium BCP, BPI e NECEP (Universidade Católica), isto sem prejuízo de outras contribuições menos regulares. Esta é parte da “matéria-prima” com que o Negócios trabalha e que agora fica também ao seu dispor.