— ler mais..

Pauleta, Scolari, Rui Costa, Cristiano Ronaldo, Figo, José Mourinho, Hulk, Pepe, Rui Costa, Jorge Jesus e Luisão. O Prémio Artur Agostinho é hoje um galardão respeitado, que só alguns podem almejar..." /> — ler mais..

Pauleta, Scolari, Rui Costa, Cristiano Ronaldo, Figo, José Mourinho, Hulk, Pepe, Rui Costa, Jorge Jesus e Luisão. O Prémio Artur Agostinho é hoje um galardão respeitado, que só alguns podem almejar..." /> Lado B - Record

Lado B

Um prémio merecido e um Natal curto

14 Janeiro, 2016 0

Pauleta, Scolari, Rui Costa, Cristiano Ronaldo, Figo, José Mourinho, Hulk, Pepe, Rui Costa, Jorge Jesus e Luisão. O Prémio Artur Agostinho é hoje um galardão respeitado, que só alguns podem almejar receber, porque uma vida dedicada ao desporto e recheada de sucessos isso lhes permite. O central e capitão é um contemplado justíssimo. Os 12 anos ao serviço do Benfica não deixarão dúvidas a muitos, mesmo aqueles cujo coração vibra com outras cores. Luisão é hoje uma referência do emblema da águia, mas um jogador respeitado pelos rivais. Muitas alegrias, algumas tristezas, um percurso cheio de aventuras para contar aos netos. Portugal é um segunda casa para o central, que o recebeu de braços abertos e o admira há muito. E se Luisão diz que ainda acredita, cuidado com o Benfica.

 

O Natal vai passando e as curtas tréguas registadas no futebol português devem estar para rebentar em breve. O clássico está aí à porta e as coisas prometem aquecer. De cadeirinha estarão os encarnados, à espera de ganhar pontos à concorrência.

 

Necessário será, no entanto, levar a sério a ida a Guimarães. Entre leões e dragões o ambiente tem estado mais sereno do que no eixo Alvalade-Luz. Resta esperar para ver quais as estratégias dos respetivos departamentos de comunicação. O Sporting tem optado pelo ruído constante, sem dar descanso aos adversários. O FC Porto, talvez mais confortável, tem escolhido o silêncio. Terá piada ver os caminhos escolhidos.

 

Hoje há futebol em Inglaterra. Ali não se brinca e nestes dias costumam suceder coisas bizarras. Este ano serão menos, porque toda a época tem propiciado resultados inesperados. Na certeza de que o Chelsea sucumbiu à facilidade em que todos alinham, de sacrificar o treinador quando a cama lhe é bem feita, resta saber o que nos reserva ainda o mais delicioso dos campeonatos.

 

Texto publicado em Record Premium e na versão impressa a 25 de dezembro de 2016

Com espírito de capitão

11 Janeiro, 2016 0

Tive o prazer e também o privilégio de presenciar o encontro de Adrien com crianças que vivem em instituições de proteção à procura de uma vida melhor. Aconteceu na manhã seguinte à derrota na Madeira e não podia ter sido mais feliz para os petizes. O capitão do Sporting foi um homem com H grande, atirou a tristeza para detrás das costas, retirou minutos à sua vida pessoal quando tem um bebé para nascer nas próximas horas e visitou a redação de Record para cumprir um encontro que só o enobrece. A alegria dos jovens valeu ouro, mesmo que questões de proteção de identidade não nos deixem mostrar as faces de quem sofre na pele injustiças que a idade não ajuda a combater. Se mais jogadores portugueses assumissem o mesmo papel e de uma forma mais constante, a profissão de futebolista e a exposição que propicia teria outra projeção em Portugal. Há muitas causas a precisarem de ajuda. Há muita gente a quem estes gestos ajudam a continuar a lutar. Pelos miúdos e pelos sorrisos que vi, agradeço a Adrien. Natal também é isto.

No País que vive submerso em dívidas, em que os bancos são salvos em negociatas de bastidores e somos nós que pagamos, pedir ao futebol que seja exemplar torna-se ridículo. Na condenação do Sporting no caso Doyen parece evidente que os leões se precipitaram a entender nulo o que estava contratado com os homens dos fundos. Não porque não tenham razão no verdadeiro desastre que é estar entregue a empresas pouco transparentes, de que não se sabe sequer quem são os donos ou investidores. Pior, que se metem realmente na gestão dos plantéis, com clara influência na política desportiva. Mas porque deviam ter pago e só então ter partido para a luta. Os fundos opacos são uma guerra justa. Ainda que provavelmente inglória. Mas devem ser combatidos com a razão.

 

Texto publicado a 23 de dezembro em Record Premium e na versão impressa