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Ter em aberto a renovação de Jorge Jesus num momento como este faz com que muitos benfiquistas estejam mais preocupados com a próxima época do que propriamente com a final da Taça da Liga, que se j..." /> — ler mais..

Ter em aberto a renovação de Jorge Jesus num momento como este faz com que muitos benfiquistas estejam mais preocupados com a próxima época do que propriamente com a final da Taça da Liga, que se j..." /> Lado B - Record

Lado B

Benfica precisa de uma solução

31 Maio, 2015 0

Ter em aberto a renovação de Jorge Jesus num momento como este faz com que muitos benfiquistas estejam mais preocupados com a próxima época do que propriamente com a final da Taça da Liga, que se joga hoje em Coimbra. A importância do treinador nos últimos seis anos do clube é evidente e indesmentível e a hipótese de abertura de um novo ciclo levanta um incómodo notório em todos os que temem o fim de uma era e a chegada de novas caras, novos métodos, novas ideias.

É fácil perceber porquê. Jesus foi o treinador que quebrou a hegemonia do FC Porto. Por muito que Vieira e a estrutura reclamem para si maior parte dos louros, não podem dizer que foram quem orientou a equipa. Deram-lhe, sim, todas as condições desde que chegou à Luz e podiam, quem sabe deviam, ter ganho mais vezes, tanto foi o dinheiro investido. Mas Jesus tem grandes méritos e negá-los na hora em que o alto salário que aufere o poderá afastar é desonesto intelectualmente.


Os 4 milhões auferidos por Jesus fazem dele um técnico excessivamente caro


O Benfica arrisca se deixar sair o treinador? Evidente. Quando se muda há sempre a hipótese de algo correr mal. No entanto, às vezes somos obrigados a aceitá-lo. A redução da despesa é para levar a sério e os 4 milhões auferidos por Jesus fazem dele um técnico excessivamente caro para Portugal, com um salário que mesmo clubes mais poderosos evitam pagar.

O mais ajuizado então seria ambos terem encontrado uma plataforma de entendimento, possível desde que se percebeu que o título não fugia? Parece óbvio. A não ser que todo este jogo seja uma forma de pressão mútua. Aí saltaria à vista a falta de coragem para se dizer tudo cara a cara. Numa relação tão longa o problema não devia existir. Se existe, então acredito que mais vale cada um seguir o seu caminho.

TEXTO PUBLICADO NA VERSÃO IMPRESSA DE RECORD DE 29 DE MAIO DE 2015

Benfica ganhou e a luta continua

28 Maio, 2015 0

Um bicampeonato não é coisa que se festeje todos os dias. Principalmente se não for adepto do FC Porto. Eis a grande vitória de Luís Filipe Vieira, que pegou no Benfica com Manuel Vilarinho quando Vale e Azevedo passeava o clube pelas ruas da amargura e o transformou novamente na grande potência desportiva nacional que sempre foi. Triunfar no futebol não foi fácil. Foi preciso dar muitos anos a Jorge Jesus e fazer o maior investimento da história encarnada. Mas hoje, olhando para trás, é impossível negar o trabalho hercúleo do líder encarnado. A maior vitória? Bater a famosa estrutura portista, que se dizia fazer campeões sem que fossem importantes os nomes dos treinadores. Vieira destronou Pinto da Costa do Olimpo. Aquele cujo cognome de Papa sempre pareceu assentar-lhe bem, tem somado muitas cruzadas infrutíferas. O fim do domínio deu-se com o Apito Dourado. Hoje o Benfica mudou a face do futebol português. Para sempre? Vai ser preciso prová-lo época após época.

 

Texto publicado na versão impressa de Record de 18 de maio de 2015

Entre a festa e a paz podre

27 Maio, 2015 0

Têm de ganhar. Eis o pensamento dos benfiquistas de Norte a Sul de país e pelos quatro cantos do Mundo. A vitória em Guimarães dá direito à conquista do título e consequente festa, pelo menos quando os adeptos saírem da Cidade Berço, que por ali a coisa é proibida. A montagem da estrutura no Marquês mostra uma confiança ilimitada da SAD encarnada. E se são muitas as críticas à preparação do evento aos olhos de todos, a verdade é que demonstra como Vieira acredita na equipa.

Rui Vitória é o homem a quem se pede que retarde a festa. Falado na Luz noutros tempos, é um técnico respeitado, que encaixa como uma luva no projeto de Júlio Mendes. Já infligiu a Jesus duas derrotas dolorosas no Benfica. Que se jogue bem e bonito e sem casos em Guimarães e Belém. O melhor acabará por ganhar.

 

Águia pode ser hoje campeã. Estrutura no Marquês mostra como a confiança é ilimitada


Em Alvalade, Bruno de Carvalho e Marco Silva protagonizaram mais um episódio de uma novela que já todos percebemos como vai acabar. O divórcio é evidente e ontem o presidente deixou bem claro que ele acontecerá após os jogos que faltam ao Sporting. Não deixa de ser espantoso que os jogadores leoninos continuem todos a remar para o mesmo lado quando presidente e treinador mal se falam. Afinal, ontem ficámos a saber que Marco não ligou a Bruno para negar o encontro com Pinto da Costa, mas também que o líder leonino não contactou o treinador. Como pode viver assim um clube grande é algo que não deixa de me espantar. Calculo que à maior parte dos adeptos também.

Marco e Bruno tentaram ambos adiar o conflito. Foram muitas as declarações públicas a negar o óbvio, até para serenar os ânimos. Chegar à Taça sem ondas era a ideia. As conferências de ontem acabaram com as dúvidas. Vem aí mais um novo Sporting.

TEXTO PUBLICADO NA VERSÃO IMPRESSA DE RECORD DE 17 DE MAIO DE 2015

O outro lado do jogo

16 Maio, 2015 0

A guerra entre Lopetegui e Jesus tem mascarado outra que se vem desenrolando, mais escondida na presente época do que em anos anteriores, mas que o aproximar da resolução do campeonato levou a amplificar. FC Porto e Benfica andam novamente de candeias às avessas, hoje com métodos mais semelhantes do que há alguns anos.

A reviravolta está prestes a acontecer no futebol português, com o Benfica a acabar com a hegemonia do FC Porto, conquistando o bicampeonato. A coisa tem deixado a estrutura portista de cabelos em pé. Perder é algo a que os dragões estão pouco habituados e mais um ano sem conquistas custa a engolir. Pena é que a rivalidade não se fique pelos relvados, até pela luta de galos nos bancos, mas alastre aos respectivos serviços de informação, hoje só comparáveis às estruturas de lobby promovidas pelos partidos de poder. Aliás, os intérpretes confundem-se. São vários os “apparatchik” saídos das assessorias partidárias que hoje lutam pelas cores clubísticas que melhor pagam. São eles que disseminam a informação, escrevem desmentidos sem se lembrarem que já estiveram do outro lado, esquecendo a vergonha que é acusar alguém de mentir até quando se diz a verdade.

 

O futebol moderno tem muito de belo quando jogado nos campos


O futebol moderno tem muito de belo quando jogado nos campos. O físico é trabalhado aos limites, as táticas evoluíram a patamares que só Guardiola e Mourinho parecem entender, mas também nos gabinetes as coisas mudaram. E não falo de leituras científicas, que todos vimos terem transformado o desporto, por exemplo em “moneyball”. Há também os jogos de bastidores nos gabinetes, as pressões sobre os árbitros e os regulamentos feitos sempre com escapatória, pois quem os elaborou já trabalhava a soldo de alguém. I love this game.

Não havia necessidade disto

12 Maio, 2015 0

O Marítimo treinar-se no Seixal não é crime nenhum. Podia até ser normal. O clube da Luz diz que se trata de um mero tratamento de reciprocidade. Mas Benfica e Marítimo deviam ter pensado um pouco mais nas leituras que seriam feitas do ato e evitado um contacto tão próximo quando o jogo do título pode realizar-se na última jornada entre ambos. Mais, depois segue-se a final da Taça da Liga. O chavão da mulher de César aplica-se aqui na perfeição. Chega a ser um comportamento estranho da estrutura encarnada, hoje muito profissional e competente. Fica mesmo por perceber se há aqui uma provocação aos portistas, impedidos de se treinarem na Camacha pelo Marítimo de forma feia há pouco tempo. Quando se fala de colinhos e quejandos, a seriedade deve ser levada mais… a sério.

Também não havia necessidade de novo episódio Lopetegui-Jesus. A novela já vai longa e não dignifica nenhum dos treinadores. Ainda que o mais grave do discurso do espanhol não sejam, acredito, as considerações sobre a personalidade de Jorge Jesus. Esse é um problema do técnico do Benfica, que se poderá defender da forma que melhor entender. Perigoso é diminuir a eventual conquista encarnada e ligá-la só às arbitragens. Lopetegui poderá não saber o que foi o Apito Dourado, mas deviam explicar-lhe.

 

Benfica e Marítimo podiam e deviam ter evitado este episódio do Seixal


Os três grandes portugueses têm dificuldades em respeitar-se e não poucas vezes os fatores externos são usados para justificar insuficiências próprias. No futebol de um país em crise, onde os clubes são obrigados a promoções para tentarem encher as bancadas, minar a credibilidade das vitórias alheias não é a melhor forma de fortalecer a Liga. Há hoje muita gente que não sai do sofá porque não acredita no que se passa em campo. Benfica, FC Porto e Sporting dão-lhes razão para isso.

Leão arrisca perder a magia

11 Maio, 2015 0

Perder Nani e Carrillo na mesma época é um osso duro de roer para o treinador do Sporting em 2015/16. O homem que chegou de Manchester para recuperar a carreira e ganhar títulos e o peruano que Carlos Freitas descobriu por 690 mil euros são os dois jogadores de maior talento puro do plantel. Quem resolve um jogo de um momento para o outro com um golpe de génio. Dos mais fortes da Liga no 1×1 deixarão muitas saudades nas bancadas de Alvalade. Mesmo entre os que os assobiaram.

Com dificuldades de recrutamento por ter menos dinheiro do que os rivais, o Sporting deve olhar para o plantel tendo como prioridade a aquisição de talento puro, mesmo se por vezes difícil de domesticar. Os restantes extremos na folha salarial – Capel, Heldon, Wilson Eduardo, Shikabala (?) e Mané – possuem características específicas mas estão longe do brilhantismo e rendimento dos que vão sair. Na equipa B há Matheus Pereira, um jovem que arrisca um futuro brilhante, mas quem sabe verde para a titularidade. Ainda assim, talvez o talento mais semelhante aos que estão perto do adeus.

Sendo Patrício, William Carvalho e Slimani as hipóteses de encaixe mais significativas, os leões têm a responsabilidade de não banalizar um plantel onde o onze é forte mas já falta qualidade para as candidaturas anunciadas. Não é um exercício fácil o de Bruno de Carvalho para a próxima temporada. Terá de convencer algumas das trutas a ficar para que o Sporting não perca competitividade, conseguindo ao mesmo tempo recuperar a qualidade que está a perder. Pede-se um exercício mais exigente e que ao invés de jogadores como Sarr, Rabia, Rosell ou Tanaka os reforços sejam dignos desse nome. Já acertou em cheio com Jefferson, Paulo Oliveira, Montero e Slimani. É repetir.

Comprar com a cabeça no lugar

8 Maio, 2015 0

Benfica, FCPorto e Sporting acordaram definitivamente para o mercado e preparação da próxima época. Estes são tempos conturbados nos corredores das SAD, com muitas propostas a chegarem, muitos craques (e pernas de pau…) para analisar, no fundo, um esforço considerável para construir a melhor equipa possível. Num verão de muitas transformações e com os paradigmas de investimento a mudarem, este prevê-se um defeso bem animado para os adeptos.

As incertezas no comando técnico dos três grandes são questões a ter em conta. Ainda assim, o transtorno não é muito. Lopetegui deve permanecer no Dragão e pelo que se fala o espanhol voltará a ter intervenção nas aquisições. Na Luz, o título deve trazer a renovação de Jesus e o entendimento da estrutura tem anos, facilitando a vida a Rui Costa e Vieira. No Sporting, apesar da ausência de trabalho em conjunto entre Bruno de Carvalho e Marco Silva, o presidente também há muito fez saber que mercado é com ele, dando pouco relevo à vontade do treinador. Ou seja, as decisões não carecem de visto técnico.

Luís Felipe, Benito, Shikabala, Slavchev, Opare e Andrés Fernández. A sério?


Seja como for, com Lopetegui parte integrante do processo, Jesus a ajudar só nas trutas ou Marco Silva ignorado nas contratações, importante para os três grandes e para o futebol nacional era que a percentagem de contratações certeiras aumentasse. Ano após ano, os três grandes trazem para o campeonato jogadores que nada acrescentam, retirando à formação capacidade de penetração nos plantéis. Por que chegaram à liga supostos craques como Luís Felipe, Benito, Shikabala, Slavchev, Opare ou Andrés Fernández?Não seriam melhores e mais baratos os jovens da B? Há erros que já não se entendem à luz de gestões profissionais e pagas a peso de ouro.


A razão de Mourinho

6 Maio, 2015 0

Jesus comprou uma guerra com Mourinho no dia em que escarneceu do técnico do Chelsea a propósito de Talisca. O treinador do Benfica não resiste a fazê-lo quando está em alta e o facto de orientar o maior clube português leva a que raramente tenha resposta à altura de quem maltrata internamente. Ontem, na hora da vitória em Inglaterra, mais uma, o 22.º título da carreira, o homem que se intitulou “happy one” mas voltou a ser “special” elogiou… Luís Filipe Vieira. Não foi por acaso.

O trabalho de Jesus será meritório, obviamente, mas o homem que já ganhou tudo o que havia para ganhar em quatro países diferentes lembra que foi a estabilidade dada pelo presidente do Benfica que permitiu ao clube da Luz voltar a vencer como há muito não se via. Usar Jesus para justificar a continuidade de Lopetegui já é quase maldade. A verdade é que o facto de ser um dos melhores treinadores do Mundo e a sua voz ser ouvida quase um pouco por todo o Globo leva a que a razão de Mourinho não seja de ignorar. E confesso que estou de acordo com o homem que enganou Manchester City, Manchester United e Arsenal uma vez mais. Jesus é um homem do futebol, que deu muito ao clube encarnado, mas foram a coragem, a visão e o investimento de Vieira que levaram a que a glória voltasse.

 

O “special one” não foge a um bom confronto. Hoje Jesus já sabe bem isso


E Lopetegui? Quando já lhe traçam o destino, Mou diz que pode continuar. É verdade que beneficiou de um enorme investimento. Mas semelhante ao do Benfica. Liga dos Campeões francamente positiva. Um segundo lugar aziago mas perdido para uma grande equipa com anos e anos de Jesus ao leme. Péssimo para a hegemonia portista, mas compreensível. Os resultados foram maus e o espanhol parece meio desorientado. Mas só Pinto da Costa e Antero saberão se dá… ou não.

 

 

O triunfo do talento

4 Maio, 2015 0

Foi excelente para o futebol português e a credibilização da Liga que a vitória, tão expressiva como merecida, do Benfica em Barcelos tenha sido conseguida sem casos de arbitragem. Bastava perder uns minutos em conversas de café ou nas redes sociais, que infelizmente as vão substituindo, para perceber como a nomeação foi uma atitude lesa-futebol. A discussão que gerou, o ataque portista, a reação encarnada e tudo o que se conhece do historial de Capela desaconselhavam a opção. É pena que Vítor Pereira não o entenda. Quando se queimam os últimos cartuchos do campeonato, quando às conversas da fruta se responde com o colinho, chamar para um jogo tão importante o mesmo juiz que na 1.ª volta validou um golo irregular, o da vitória encarnada, é algo difícil de adjetivar.

A discussão acaba aqui porque foram Maxi Pereira, Luisão, Jonas e Lima que fizeram história e deixaram a águia a cantar de galo. Acredito que já ninguém pára o Benfica. O clássico era o jogo chave e aí o campeão mereceu o empate e arrumou a questão do título. O arraso que ontem deu no Gil de José Mota mostra bem como estão focados os jogadores orientados por Jorge Jesus. Uma exibição de gala, golos para todos os gostos e a festa merecida nas bancadas. Futebol é isto. E ainda bem.


Foram Maxi Pereira, Luisão, Jonas e Lima que fizeram história. Não Capela. Ótimo


Mas o talento ontem fez mais vítimas. O de CR7 levou uma vez mais o Real às costas numa luta desigual com um Barcelona brilhante. Três golos ao Sevilha para dedicar a adeptos que o assobiam. Em Alvalade foi Montero. O colombiano ressuscitou e a sua técnica faz delícias. Mais completo, seria um jogador de top. No futebol feminino as craques do Fofó conquistaram o título. Parabéns a elas, pois então. Vendo bem as coisas, perdi tempo e espaço a mais com capelinhas menores.

A importância de ter Jonas

2 Maio, 2015 0

Demorou a chegar mas é hoje um dos reforços que ninguém questiona. Aliás, se era visto com desconfiança ao início, dado o estatuto pouco querido em Valência, os golos silenciaram rapidamente todas as dúvidas. Jonas tem sido um ás de trunfo para Jesus, vital na corrida a um título cada vez mais próximo e senhor de uma queda para o golo que nem o próprio esperava. É a todos os títulos brilhante o que o avançado do Benfica fez desde que chegou a Portugal. Não é qualquer um que luta com Jackson pela conquista da Bota de Ouro. O colombiano continua a ser o melhor e mais completo ponta-de-lança a jogar em Portugal, mas o brasileiro tem números impressionantes e tornou-se tão importante nas águias como Cha Cha Cha nos dragões. Poucos podem dizer o mesmo.

São devidos parabéns a Vieira e Jesus pela contratação de Jonas. Um por se ter batido pelo jogador até ao fim, o outro por ter dado a concordância ao negócio. São pormenores como este que fazem toda a diferença na corrida às conquistas. Sem os golos que chegaram de Espanha dificilmente o Benfica estaria onde está hoje. Derley tinha mostrado algumas qualidades no Marítimo mas parecia curto para brilhar na Luz, como se viu esta época. Recorrer aos serviços de Jonas minorou o erro.


Brasileiro tem sido um ás de trunfo para Jesus. Vital num título cada vez mais próximo


Para tê-lo o Benfica tem de pagar um bom ordenado, pois o brasileiro estava em final de contrato. Uma solução interessante para os encarnados, caso queiram reduzir os investimentos no mercado. Salários altos são custos fixos, mas outra forma de chegar aos craques. Uma espécie de compra a prestações que pode ajudar muito a equipa no futuro.

Depois há o perfume do futebol de Jonas. É um dos que vale a pena ir ver aos estádios. E também por isso o dinheiro é bem gasto.

Texto publicado na versão impressa de Record de 30 de abril de 2015