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Olho para escolher treinadores. Eis qualidade que ninguém poderá negar a Bruno de Carvalho. O primeiro foi Leonardo Jardim e os trabalhos em Alvalade e no Monaco falam por ele. Devolveu o Sporting ..." /> — ler mais..

Olho para escolher treinadores. Eis qualidade que ninguém poderá negar a Bruno de Carvalho. O primeiro foi Leonardo Jardim e os trabalhos em Alvalade e no Monaco falam por ele. Devolveu o Sporting ..." /> Lado B - Record

Lado B

Marco melhor do que Jardim

29 Abril, 2015 0

Olho para escolher treinadores. Eis qualidade que ninguém poderá negar a Bruno de Carvalho. O primeiro foi Leonardo Jardim e os trabalhos em Alvalade e no Monaco falam por ele. Devolveu o Sporting à Champions e a um segundo lugar há muito desaparecido. Seguiu-se Marco Silva. E a verdade é que o jovem técnico ficou a um ponto do antecessor em 30 jornadas, o que lhe garantiria exatamente a mesma classificação na Liga, mas somando a isto uma participação europeia positiva e o apuramento para a final da Taça de Portugal, onde poderá voltar aos títulos, algo que não sucede desde 2008, na era Paulo Bento.

A avaliação do trabalho de Marco ficará muito marcada pelo que suceder no Jamor. A conquista da Taça fará com que seja considerada uma grande época, a derrota colocará tudo em causa. O futebol é assim e mesmo durante a temporada o jovem técnico esteve à beira da saída. Certo é que salta à vista que o Sporting de Marco é mais forte do que o de Jardim. Joga um futebol mais ofensivo, é mais ambicioso, e quem sabe onde poderia ter chegado se na construção do plantel tivesse sido devidamente acautelado o eixo da defesa. Bater FCPorto ou Benfica seria extremamente difícil, pois a diferença de valores é grande, mas ficará sempre a dúvida.

 

Conquista da Taça fará uma grande época. A derrota colocará tudo em causa


É grande a expectativa em redor do futuro do treinador do Sporting. Bruno de Carvalho viu Jardim partir para paragens mais bem pagas e sacou Marco Silva da cartola. Um upgrade certeiro e que manteve o leão a bater-se de igual para igual com os rivais tendo um terço do orçamento. Por isso todos os passos dados nos próximos tempos têm de ser bem pensados. A vitória no Jamor devolverá a fé aos adeptos leoninos. Segurar Marco será a garantia de que não é preciso começar tudo outra vez.

Que trapalhada

28 Abril, 2015 0

No final do jogo e com a última por minha conta, sabendo de antemão que a comparação ao escriba habitual me impossibilitava brilhar, a grande preocupação foi o que valorizar. O título do Benfica? Sim, está mais perto, o empate foi um bom resultado e os três/quatro pontos de vantagem podem ter aniquilado o dragão. Mas disso cuidariam o Magalhães, o Farinha, o Zé Ribeiro e muitos outros antes de o leitor chegar aqui. A falta de coragem das equipas? O clássico soporífero? O facto de o Benfica não ter jogado nenhum dos clássicos com a vitória como ideia base? Também isso seria abordado nas páginas interiores.


A arbitragem? Malandros que ganham e perdem títulos? Nem assim me safei. Jorge Sousa fez uma belíssima exibição, liderando a melhor equipa em campo e que alinhou com mais portugueses. Razão para estar quieto e deixar apenas o elogio singelo. Bons juízes, no futebol como na vida, dão pouco nas vistas.


Momento de maior frisson foi a pega de Jesus com Lopetegui


A fatura de Munique? Quase optei por esta. No fundo, o clássico teve duas equipas de comportamentos bem diferentes. Uma que podia mas não queria e a outra, cansada, queria mas não podia. Mas não é essa a bitola que se coloca às grandes equipas? Não tem o FC Porto um plantel rico e milionário quando à escala nacional? Se o Benfica não esteve mais tempo na Champions foi porque Jesus e seus rapazes foram incompetentes. Na liga vão na frente. Tirar-lhes mérito com Munique não seria justo.


À parte as duas oportunidades de golo, o momento que maior frisson causou na Luz foi a pega entre JJ e Lopetegui. Infelizmente, também aqui a coisa foi morna. Uma troca de palavras acesa de dois treinadores com problemas de expressão, que provavelmente se perderam na tradução. Valorizar algo que não ensina nada às crianças mas porque todos os homens já passaram também era de somenos. Desisti. Felizmente é o Alexandre que ocupa este espaço e me delicia com os seus textos. Escapei de boa.

 

Texto publicado na versão impressa de 26 de abril de 2015

Tão longe vai o 25 de abril

27 Abril, 2015 0

Era homem pouco indicado para dizê-lo. E a ideia não era bem essa, a de uma verdadeira revolução. Mas José Roquette disse uma vez que o futebol português precisava de um 25 de abril. Era verdade na altura. É verdade hoje. Que esse dia tão especial não nos trouxesse novamente até aqui, a este pântano em que sobrevivemos em Portugal, sem saber muito em quem acreditar. Que no futebol a palavra liberdade fosse mais bem tratada. E que alguns caciques aprendessem o significado da palavra democracia. O projeto lei defendido por PSD, CDS e PS sobre a cobertura das campanhas eleitorais mostra como são tortuosos os ideais dos partidos do arco da governação. Mais grave do que o diploma é haver quem o defenda em democracia. Sinal de que não sabem o que significa.

Liberdade e democracia são palavras vãs no futebol nacional. As SAD vieram trazer regras ainda mais apertadas aos jogadores, que as aceitam de forma acrítica. É o poder do dinheiro. Infelizmente, nem eles, nem os empresários se preocupam muito desde que o cheque chegue gordo ao fim do mês. Basta ver como são poucos os que se envolvem em campanhas cívicas que tanto precisam de notoriedade. Já se o salário atrasa, os jornais servem para a denúncia. Há muito caminho a percorrer.

Não é à toa que os grandes têm estruturas de comunicação, spin doctors sempre à procura de uma forma de atacar o rival e que ninguém fala em abono do espectáculo. Antes de um clássico mágico como o de amanhã na Luz não há um único artista que tenha dado a sua opinião a um órgão de comunicação. Farão isso os treinadores, mais por obrigação e a debitarem mind games estudados do que por acreditarem no direito à palavra. E a culpa é nossa. Deixámo-nos calar. Outra vez.

Texto publicado na versão impressa de Record a 25-04-2015

Agora o Benfica é favorito

23 Abril, 2015 0

A copiosa derrota infligida pelo Bayern ao FCPorto abre questões para além da eliminação da Champions. Pode discutir-se se Lopetegui fez apostas certas, se os jogadores podiam ter dado mais, até se Fabiano esteve, também ele, em noite não e ajudou Jackson a passar por um vexame que o colombiano não merecia. Mas há u m facto ao qual é impossível fugir. A ditadura do dinheiro torna normal o que se viu em Munique. A diferença entre as grandes equipas portuguesas e os tubarões europeus é mesmo esta. Se fizerem 10 jogos com Bayern Munique, Barcelona ou Real Madrid, os grandes portugueses perderão certamente 8 ou 9. E acabarão goleados numa mão cheia deles. De celebrar e realçar foi o 3-1 da 1.ª mão. Inesperado, a dar esperança, permitido também porque as inúmeras ausências no Bayern ajudaram a tarefa portista. Não ter mais de meia equipa atrapalha qualquer um. Basta ver o que acontece ao Real, por exemplo, quando lhe falta apenas Ronaldo. Foi bom os adeptos azuis acreditarem. E não era preciso ter sido 6. Mas não há em Portugal quem possa fazer frente ao Bayern. E pior ainda ao de Guardiola, um dos melhores treinadores da história do jogo. O FC Porto deu o que tinha. Foi bom enquanto durou. Mas não há comparação. Economia ‘rules’. Veja-se a liga portuguesa.


A ditadura do dinheiro torna normal o que se viu em Munique. A diferença é real


Em termos internos, a goleada sofrida é o melhor que podia ter acontecido ao Benfica. A garantia de que as pernas vão pesar mais do que se o dragão tivesse seguido em frente. O jogo da Luz começa 0-0 à mesma, mas Lopetegui terá uma tarefa muito dura pela frente para limpar a cabeça ao plantel que chegou a acreditar no milagre. Foi sempre na Champions que o FC Porto brilhou mais esta época. Nas provas internas tem claudicado. Ao Benfica bastará ser competente. Tem a palavra Jesus.

 

Texto publicado na versão impressa de Record de 21 de Abril 

Homenagem a Zé Leonel

22 Abril, 2015 0

Foi o primeiro vocalista dos Xutos & Pontapés, vocalista e líder dos Ex-Votos, um louco de ideias fortes e concretas. Já não mora cá. Fica a homenagem dos KD.

A gestão do Sporting

O Sporting venceu com uma exibição cinzenta. Mais uma expulsão, a 13.ª da temporada, não foi suficiente para deitar a equipa abaixo. Bom sinal. Mesmo num dia mau e com Marco Silva a gerir o grupo soube manter o foco. Com 10 pontos de vantagem sobre o Sp. Braga na corrida à pré-eliminatória da Champions não é fácil manter a intensidade. Até ao Jamor ainda falta muito tempo e é preciso a competitividade em alta e gerir os mais utilizados. Tarefa dura para o técnico, que quando troca William por Rosell vê o mundo desabar. Vai ser preciso muita cabecinha para levar este barco a bom porto.

Os treinadores portugueses brilham lá fora. Ontem foi a vez de Vítor Pereira festejar o título de campeão com o Olympiacos. Se juntarmos ao bicampeão português os trajetos de Mourinho em Inglaterra, Paulo Sousa na Suíça, Villas-Boas na Rússia, Toni no Irão e Jesualdo Ferreira no Egito, reparamos facilmente que a qualidade dos homens de banco formados por cá vai dando cartas. E isto para falar apenas dos que lideram. Outros há, como por exemplo Nuno Espírito Santo, que vão desbravando o caminho, entre os aplausos e as críticas. Nada mau para este cantinho.

 

Marco Silva vai precisar de muita cabecinha para levar o leão a bom porto


É estranho que nas páginas do jornal que hoje lê se depare com a morte de oito adeptos do Corinthians, baleados na cabeça. E a condenação à morte de 11 pessoas pelo envolvimento nos trágicos acontecimentos testemunhados por Manuel José? É triste ver o futebol ligado a isto. Por cá as coisas são mais calmas. Mas este fim de semana fui a Belém ver mais um jogo das camadas jovens e aí a cortesia da claque visitante levou ao rebentamento de petardos perto das famílias que assistiam ao jogo e à invasão de campo a cada golo marcado. A polícia fechou os olhos. Um dia vai correr tão mal…

 

Então domingo logo se vê

21 Abril, 2015 0

Era o mais expectável. Benfica e FC Porto venceram e chegam ao clássico com o peso da decisão nos ombros. Jorge Jesus já se apressou a dizer que o jogo não é decisivo, mas todos sabem que a Liga pode resolver-se na Luz. É óbvio que depois há mais campeonato. Contudo, o que se passar ali vai ditar muito do que virá depois.

O Benfica está em vantagem. São 3 pontos a mais, dois golos de conforto e toda uma semana para preparar o confronto mais difícil. Ao FC Porto, pelo contrário, espera ainda uma descida aos infernos em Munique, onde todos os esforços serão poucos para manter a tão espantosa quanto surpreendente vantagem de 3-1 sobre o poderoso Bayern. Há que mudar o chip. O da Champions tem sido sempre outro. O melhor.

Lopetegui não teve o jogo da Liga adiado, como gostaria. Uma falha da estrutura mais elogiada do país, mas que tem na Luz rival à altura. Daí o enorme risco corrido ontem. Verdade é que o plantel respondeu presente e Viterbo e a Académica sucumbiram a uma equipa que teve até Alex Sandro a central. Que dragão chegará à Luz dependerá do que se passar no Allianz Arena. É difícil pensar em dois jogos piores para serem seguidos. Mas é isto que acontece às grandes equipas. Na história ficam as que ganham.


Benfica em vantagem. São 3 pontos, 2 golos de conforto e uma semana de descanso


O Benfica conquistou o 22.º título de hóquei em patins. Mais um desporto em que os encarnados abalam a hegemonia portista. Aconteceu o mesmo no basquetebol e aí os dragões até acabaram com a modalidade em termos profissionais. Hoje o clube da Luz é o maior nas modalidades coletivas. Ganhou no hóquei, está na final no voleibol, superioriza-se sozinho no basquetebol, e só no andebol passa dificuldades. O ecletismo tem um nome: Vieira. Sai caro, mas ganha-se.

O Porto é uma nação

16 Abril, 2015 0

Todos os elogios são poucos após a noite de ontem. Por muito que Lopetegui diga, e com razão, que “ainda falta o mais difícil em Munique”, bater uma das melhores equipas da história por 3-1 é um momento que ficará na memória de todos os que o puderam presenciar. Para sempre. E se Vieira merece elogios por ter devolvido o Benfica às grandes noites europeias, a verdade é que Pinto da Costa deixa um legado como mais nenhum presidente poderá orgulhar-se. O FC Porto é a equipa portuguesa mais temida na Europa há muitos anos. A forma como colocou em sentido o Bayern de Guardiola diz muito de como funciona o ADN portista quando colocado perante tarefas hercúleas. Tudo pode acontecer em Munique. E sabemos como outros saíram de lá vergados. Mas o direito a sonhar ninguém pode tirar aos dragões. Sim, a vitória foi arrancada a jogar no limite. Também não haverá Danilo e Alex Sandro na temida arena. Mas alguém acreditava neste resultado a minutos do jogo? O Porto é uma nação e ela merece a celebração. Pena, de facto, que os dragões não possam descansar antes de Munique. Mas isso já faz parte da outra liga. A nossa e governada pelos pobres de espírito.

Por cá é tema o Belenenses-Benfica. Os emprestados voltam à liça pela enésima vez. Os adeptos leoninos são os mais revoltados. O clube cumpre a lei e os craques defrontam a casa-mãe. A lista de casos é infindável, todos percebemos que dragões e águias têm acordos para contornar a lei, mas os regulamentos são omissos e a Liga não é propriamente um órgão independente. Em Portugal quem cumpre faz papel de totó. Também há quem não pague Segurança Social e se ria de quem o faz. Talvez um dia a justiça chegue ao futebol. Até lá, temos o que merecemos. Um campeonato adulterado.

Era só o colinho

14 Abril, 2015 0

O marketing do Benfica teve uma ideia genial e uma agência de publicidade materializou-a numa campanha brilhante. Claro que reverter o colinho de que são acusados pelos adeptos de FCPorto e Sporting irritou ainda mais os adversários, mas não é com esses que a estrutura do clube da Luz tem de se preocupar. E as suas gentes aderiram massivamente, via redes sociais e no bate-boca. Pudera.

A ideia era boa, a campanha parecia de bom gosto e até a imagem utilizada aproximava as famílias da equipa, algo que em Portugal se vê pouco muito por culpa das claques. É por isso que a segunda parte da ação, em que é inserido o Julinho, em clara alusão a Julen Lopetegui é de mau gosto, feia até, já mais virada para os fanáticos do que para quem gosta apenas do Benfica e se preocupa pouco em odiar os outros. É pena porque o emblema da Luz perdeu excelente oportunidade para dar um bom contributo ao futebol. Em vez de transformar em festa as críticas rivais, voltou à resposta boçal. Uma pena, repito.