Lado B

Mesmo com o Benfica a ganhar ao Real Madrid e com o Sporting à espera de Viola para legitimar aspirações difíceis de concretizar, é mais acima, no Dragão, que ficam por resolver os grandes temas do mercado nacional e quem sabe, assim, o do futuro da liga portuguesa.

É que mesmo com os leões a venderem Matías Fernández e os encarnados desesperados por encaixarem milhões seja com Witsel, Javi García ou Gaitán, é no FC Porto que mora o maior craque atualmente a alinhar no futebol português, não tendo apenas nome de super-herói e merecendo mesmo o adjetivo de incrível, apesar de também esse ser cognome de banda desenhada.

Sim, é Hulk o mais desequilibrador dos jogadores que hoje Portugal conhece e com acólitos da qualidade de James Rodríguez, Lucho González, João Moutinho e agora Jackson Martínez torna-se difícil acreditar que as coisas poderão melhorar para os grandes capital ou para o outsider Sp. Braga, sempre de olho em boa corrida por fora.

O facto de Hulk estar nos Jogos Olímpicos pode funcionar de duas maneiras: o despoletar de grandes exibições e a vitória do Brasil no evento obrigará algum sheik ou magnata tresloucado a gastar o que pretende Pinto da Costa; por outro lado, se o escrete voltar a passar ao lado da história e o Incrível falhar o epíteto e for apenas mais um, bem, Benfica e Sporting que se cuidem.

É que a manter todas as estrelas o FC Porto não se torna apenas o favorito à conquista do título nacional. Transforma-se numa equipa com ambições europeias. Das que não precisam de tremer a não ser que lhes saia pela frente um Barcelona, Real Madrid, Bayern ou Manchester City. Porque estes poderão ser de outra galáxia. O resto é da mesma onde hoje habitam os azuis e brancos.

Os britânicos Enter Shikari vêm a Portugal no próximo ano para dois concertos, 7 de Janeiro no Hard Club e 8 de Janeiro no TMN ao Vivo. Os concertos servem de apresentação ao terceiro longa-duração, “A Flash Flood of Colour”, editado no início deste ano. Reconhecidos por uma sonoridade única, que mistura o post-hardcore, com o metal e a electrónica, os Enter Shikari editaram o disco de estreia, “Take to the Skies”, em 2007. O sucesso foi imediato e o álbum atingiu o 4º lugar do top britânico. O regresso aos álbuns deu-se dois anos depois com “Common Dreads”, o disco que internacionalizou os Enter Shikari e de onde sairam os singles, “Juggernauts”, “No Sleep Tonight” e “Zzzonked”.

Em Janeiro deste ano foi editado o terceiro longa-duração, “A Flash Flood of Colour”. Produzido por Dan Weller, ex-guitarrista dos SikTh, alcançou o 5º lugar do top de álbuns rock nos Estados Unidos e entrou directamente para o 4º lugar do top inglês.

Hard Club (7 de Janeiro de 2013)
Abertura de Portas * 20h00
Início do Espectáculo * 21h00

TMN ao Vivo (8 de Janeiro de 2013)
Abertura de Portas * 20h00
Início do Espectáculo * 21h00

Os norte-americanos The Walkmen vêm a Portugal para um concerto único, dia 4 de Novembro no Coliseu de Lisboa, onde vão apresentar o novo álbum, “Heaven”, editado no início de Junho deste ano. Os bilhetes estão à venda quarta-feira, 25 de Julho, nos locais habituais. Com 6 discos de originais, os The Walkmen construiram uma história de amor com o público português, que teve a concretização máxima no disco “Lisbon”, lançado em Setembro de 2010 e, como o próprio nome indica, inspirado na capital portuguesa. O mais recente longa-duração, “Heaven”, contou com produção de Phil Ek, conhecido pelo seu trabalho com Band of Horses e Mudhoney, entre outros, e com colaborações dos Fleet Foxes e Cocteua Twins. O resultado final é um conjunto de 13 canções que granjearam os mais rasgados elogios por parte da crítica especializada.

Coliseu Lisboa (4 de Novembro)
Abertura de Portas * 20h00
Início do Espectáculo * 21h00

No ano em que o Festival celebra o seu 20º aniversário, a rádio Vodafone FM junta-se pela primeira vez ao Paredes de Coura, que se realiza entre 13 e 17 de Agosto de 2012, com um palco recheado de nomes importantes da nova música nacional e internacional. Na linha do conceito seguido pela rádio, no Palco Vodafone FM será possível celebrar, partilhar e descobrir o que de melhor se faz na música nova, em concertos diários a decorrer entre as 18h00 e as 6h00 da manhã. Chromatics, PAUS, B Fachada, Sun Araw, Best Youth, Youthless, Salto, League, Brass Wire Orchestra, Quim Albergaria (DJ Set) e DJ Nuno Lopes, são as mais recentes confirmações para o Palco Vodafone FM. Confira aqui a programação já anunciada para o Palco Vodafone FM:

13 Agosto: B Fachada, Salto, League, Brass Wires Orchestra e Quim Albergaria (DJ Set)
14 Agosto: Friends, Stephen Malkmus and The Jicks, tUnE-yArDs, Japandroids, Sun Araw, PAUS e DJ Nuno Lopes
15 Agosto: Kavinsky, Totally Enormous Extinct Dinosaurs, Dry The River, Team Me, Kitty Daisy & Lewis e Willis Earl Beal
16 Agosto: Crystal Fighters, School of Seven Bells, Deer Tick, I Like Trains e The Wave Pictures
17 Agosto: Chromatics, God is an Astronaut, Memoryhouse, Best Youth e Youthless

Em breve será anunciado o cartaz completo do Paredes de Coura.

Artistas Confirmados: Anna Calvi, B Fachada, Best Youth, Brass Wires Orchestra, Chromatics, Chrystal Fighters, Dead Combo, Deer Tick, dEUS, DJ Nuno Lopes, Dry The River, Friends, Gang Gang Dance, God is an Austronaut, I Like Trains, Japandroids, Kasabian, Kitty Daisy & Lewis, League, Memoryhouse, Midlake, of Montreal, Ornatos Violeta, Patrick Watson, PAUS, Quim Albergaria (DJ Set), Salto, School of Seven Bells, Sleigh Bells, Stephen Malkmus and The Jicks, Sun Araw, Team Me, The Go! Team, The Temper Trap, The Wave Pictures, The Whitest Boy Alive, Totally Enormoust Extinct Dinosaurs, tUnE-yArDs, Willis Earl Beal e Youthless.

O norte-americano Jack White estreia-se ao vivo a solo em Portugal, com um concerto único, dia 31 de Agosto no Coliseu de Lisboa. O ex-White Stripes vem apresentar o primeiro disco em nome próprio, “Blunderbuss”, editado em Abril deste ano. Músico, cantor, compositor, produtor e actor ocasional, Jack White é responsável por alguns dos discos mais interessantes da música norte-americana da última década, através de vários projectos como The White Stripes, The Racounteurs e The Dead Weather. A aguardada estreia a solo aconteceu já este ano com “Blunderbluss”, um disco genial, escrito, gravado e produzido na integra por Jack White. Os elogios da crítica foram efusivos e o disco alcançou o primeiro lugar dos tops de venda britânico e norte-americano.

Coliseu Lisboa (31 de Agosto)
Abertura de Portas * 20h00
Início do Espectáculo * 21h00

Pode ser defeito profissional, mas estar a trabalhar sem ter de vez em quando um joguinho para ver, é coisa que não me agrada. Sim, eu sei, foi ano de Europeu e não devia estar aqui a queixar-me. Sim, Portugal até chegou longe e o país vibrou com Ronaldo e companhia. Mas não é disso que estou a falar.

O futebol de pré-época, tantas vezes mal jogado e com substituições para todos os gostos e feitios, é um dos grandes momentos do ano. Provavelmente porque aqui todas as aspirações são legítimas, todas as conjeturas admissíveis, enfim, a altura dos palpites, em que todos percebem de futebol, mesmo os que sonham com o título e lá no fundo sabem que o mais certo é serem o último dos primeiros.

O FC Porto já entrou em ação, anteontem foi a vez do Benfica e para a semana há Sporting. É isto que anima verdadeiramente Portugal. Por muito que o Euro’2012 tenha sido um momento de aparente união nacional. É que, infelizmente, a Seleção não é o alimento dos que respiram futebol. Preenche apenas os que ao longo do ano passam bem sem bola mas que param sempre que se ouve o hino nacional. Poderíamos até chamar-lhe as pessoas normais. Ou seja, mulheres, crianças e alguns homens adultos. Não muitos. Os outros, os doentes, nessas alturas preocupam-se é se o golo foi apontado por alguém do seu clube e se o sofrido foi culpa do defesa do emblema do rival.

Por isso, a chegada destes jogos amigáveis mas que o adepto leva muito, mas muito a sério, são uma espécie de café da manhã. Pode viver-se sem ele, é verdade, mas o dia não é a mesma coisa. Ainda por cima, o defeso parece finalmente animar. Os leões apresentaram um Pranjic resgatado no primeiro mundo, o Benfica continua à caça de um lateral e o FC Porto deu uma pipa por Jackson. Como diria o outro: é disto que o meu povo gosta.

Texto publicado na edição impressa de sábado do Jornal Record

BENFICA RECUSOU 12 MILHÕES POR CARDOZO E O FC PORTO ACABOU COM O BASQUETEBOL. A FALTA DE DINHEIRO OBRIGA A OPÇÕES

No mesmo dia em que o Benfica recusou 12 milhões de euros do Fenerbahçe por Cardozo o FC Porto decidiu acabar com a secção de basquetebol, que muitos títulos deu ao clube. Duas posições que parecem antagónicas, mas que terão custado ambas a tomar. A razão é fácil de entender. Numa altura em que o dinheiro não abunda, com a crise instalada e o país à procura de um rumo que ninguém aponta, também os clubes são obrigados a fazer opções que custam muito a quem as faz e, por arrasto, a quem sofre pelo clube.

Na Luz, dizer não a 12 milhões pelo Tacuara entende-se porque é necessário ir buscar alguém para o lugar e não há goleadores no mercado a preço de saldo. E para quem já recusou 25 milhões pelo paraguaio seria agora difícil justificar a aceitação de 12, por muito que o Mundo tenha mudado. Ainda assim, a proposta deve ter deixado abalados os que se preocupam com a finanças do clube encarnado. O Benfica está obrigado a fazer um encaixe financeiro para satisfazer compromissos bancários e a questão ficaria resolvida.

Numa época em que Jorge Jesus está obrigado a ganhar para que não seja a última na Luz, o técnico preferirá decerto Cardozo, por muitas que sejam as suas lacunas, à contratação de um desconhecido para que o Benfica possa ir tapando os buracos existentes. Do mal o menos, que saiam Witsel ou Gaitán, dois belos jogadores, mas que de uma forma ou de outra Jesus sabe que poderá colmatar a ausência. Sem golos é que não se ganham jogos e para ceder Cardozo é preciso que esteja na calha quem os saiba marcar.

No Dragão a decisão foi mais drástica, certamente dolorosa, mas a canalização de verbas para o futebol obriga a cortes. O basquetebol, que este ano perdeu o título para o Benfica, foi o primeiro sacrificado. Percebe-se que as modalidades não são rentáveis e que sendo a equipa de Vítor Pereira o motor de todas as coisas, haja algo que tem de ficar pelo caminho, mas existindo 8,8 milhões para dar por Jackson Martínez seria mesmo preciso acabar com algo histórico no clube? Pelos vistos sim. O que pensarão os adeptos?

Chamam-se Eden House. São elementos dos Fields of the Nephilim, aqui reforçados por Simon Hinkler, guitarista original dos The Mission. Um tema a roçar o goth, mas rock, muito, muito bom.

“Procissão K2” é o novo espectáculo da Capital Europeia da Cultura em co-produção com o Balleteatro, e está em cena a partir de amanhã, dia 12, até 14 de Julho, às 19h00, nos jardins do Palácio Vila Flor, em Guimarães. Com direcção e coreografia de Isabel Barros, a peça foi criada com um grupo de jovens vimaranenses, com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos, consistindo num percurso pelos jardins do Palácio, ao longo do qual os intérpretes partilham memórias, crenças e histórias. 

 Conjugando teatro, dança e música, o principal desafio de “Procissão K2” passou por conciliar a formação concedida aos jovens vimaranenses com o processo criativo do próprio espectáculo. Através deste projecto, os jovens intérpretes tiveram oportunidade de contactar com profissionais e compreender quais as ferramentas e etapas associadas à criação de um espectáculo que cruza diversas áreas artísticas. O espectáculo é de entrada gratuita e destina-se a público de todas as idades.

Datas: De 12 a 14 de Julho

Horário: 19h00

Local: Jardins do Palácio Vila Flor, em Guimarães