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Marco Matias, o extremo formado no Sporting e que recentemente trocou o Nacional pelo Sheffield Wednesday marcou o golo de uma vida. Não querendo comparar a qualidade do português, um bom jogador, ..." /> — ler mais..

Marco Matias, o extremo formado no Sporting e que recentemente trocou o Nacional pelo Sheffield Wednesday marcou o golo de uma vida. Não querendo comparar a qualidade do português, um bom jogador, ..." /> Honores liga - Record

Honores liga

Marco Van… Matias

22 Agosto, 2015 0

Marco Matias, o extremo formado no Sporting e que recentemente trocou o Nacional pelo Sheffield Wednesday marcou o golo de uma vida. Não querendo comparar a qualidade do português, um bom jogador, com Marco Van Basten, uma estrela mundial, o golo fez-me lembrar os remates fantásticos do antigo internacional holandês. Aqui fica o remate que silenciou Ellan Road, o estádio do Leeds (o jogo terminou 1-1). Para ver e rever. Parabéns Marco!

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Afinal o fair-play não é uma treta

19 Agosto, 2015 0

O caso não é inédito, lembro-me de ter visto um semelhante num jogo do Ajax, mas um pormenor parece-me novidade: foi o árbitro quem sugeriu.

Aconteceu na 3.ª Liga inglesa mas para o caso isso não interessa nada, até podia ter sido no campeonato do Bangladesh. Uma equipa, no caso o Doncaster, ia devolver a bola ao adversário após um lançamento. Sem querer, o jogador fez um chapéu ao guarda-redes. O árbitro, claro, validou o golo, apesar do autor explicar que não queria marcar. Foi nessa altura que o juiz sugeriu aos jogadores do Doncaster sofrerem um golo, recolocando assim a verdade desportiva no jogo.

O Bury marcou então o, muito provavelmente, golo mais fácil da sua história. Como se vê, ao contrário do que acredita um famoso treinador português, o fair-play não é uma treta, basta os jogadores saberem estar.

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A vantagem de um jogador confiante

14 Agosto, 2015 0

Começou a Liga 15/16. O Sporting, candidato ao título, ganhou com justiça ao estreante Tondela, por 2-1, chegando à vantagem no último minuto. Por ironia, os leões conseguiram o 2-1 de penálti – bem assinalado – depois de terem sofrido um golo que se houvesse recurso ao vídeo teria sido anulado, por mão na bola. Carlos Xistra não viu ou então ficou com dúvidas e fez o que mandam as regras: beneficiou quem atacava.

O jogo não foi propriamente o que me levou a escrever este post mas sim a exibição de um jogador, o central Bruno Nascimento. A prestação do brasileiro foi de grande nível e lembrei-me do mesmo jogador há três épocas, quando era um dos esteios do Estoril de Marco Silva. Era tão bom que os alemães do Colónia o levaram.

Bruno Nascimento voltou à Amoreira na época passada mas com a dupla Yohan-Ruben Fernandes como titular desde o ano anterior, não teve hipóteses de chegar ao onze. Acabou por ser o terceiro ou quarto central do plantel e pouco jogou. No entanto, alinhou na Luz, contra o Benfica, quando a dupla titular estava impedida de jogar. Nessa altura, sem ritmo e com a confiança em índices negativos, a tarde do brasileiro foi um desastre, sendo apontado como um dos responsáveis pela goleada (6-0). Como conhecia bem o defesa estranhei estar tão em baixo.


Hoje voltei a ver o “velho” Bruno Nascimento, o das grandes noites, das exibições imperiais. Incrível como um jogador confiante por ser titular pode exibir-se ao seu melhor nível e como tudo lhe pode correr mal quando está a maior parte da época na condição de suplente. Lembrei-me de outro exemplo: o Steven Vitória do Estoril e o que jogou no Dragão pelo Benfica, depois de quase um ano “sem calçar.”

Só mais uma nota, relativa ao jogo mas não ao central. Vi pela primeira vez o venezuelano Murillo e fiquei espantado com a qualidade do miúdo. Por ironia, foi o atacante cedido pelo Benfica que fez o penálti no último minuto mas azares desses só acontecem a quem lá anda dentro. Não costumo analisar jogadores quando os vejo apenas uma vez mas acho que este miúdo promete. Assim de repente, parece-me um bocadinho melhor do que Ola John, o recordista na Luz de “oportunidades para mostrar o que vale…”

Grande vitória das miúdas do Fofó

Na época passada fui, pela primeira vez na carreira, a um jogo de futebol feminino. Já tinha visto jogos da Champions na tv e quando há Mundial feminino vejo os jogos que posso, não por obrigação profissional mas porque gosto, não só pela qualidade mas pelo futebol praticado sem maldade.

Claro que quando ia a caminho do velhinho Estádio Francisco Lázaro sabia ao que ia. Não esperava ver um espetacular jogo de bola mas ia muito curioso em relação à qualidade do Fofó, líder do campeonato e pronto para fazer a festa do título nessa tarde. O jogo não teve grande história pois foi quase a crónica de um título anunciado. O Fofó goleou a Fundaçao Laura Santos, por 5-1, mas apesar do resultado dilatado deu para ver como as meninas de Benfica jogavam bem.

No final fiz a reportagem, falei com várias jogadores e senti a sua felicidade com a conquista do título. O futebol na sua pureza, jogam por prazer, não ganham fortunas mas entregam-se à causa com alma. Com essa alegria contagiante conquistaram-me também a mim. Como um jovem em início de carreira, que passa a torcer pelos primeiros clubes com os quais convive de perto, passei a ser adepto deste Fofó.

Um mês depois fui à final da Taça de Portugal e vi nova vitória do clube que o carismático presidente Domingos Estanislau comanda há décadas. Dessa vez, perante uma equipa mais forte, o Albergaria, venceram apenas por 1-0, no prolongamento. Lá entrevistei mais duas jogadoras e passei a seguir as novidades da equipa no Facebook.

Quando a candidatura para jogar o seu grupo de apuramento da Champions em casa foi rejeitada, falei com o presidente. Estava um pouco desiludido por não poder jogar em Lisboa mas fez-me ver a coisa de outra forma: “para as miúdas é um prémio irem à Croácia e elas merecem.”

Há três dias fiquei triste ao saber que o Fofó tinha perdido (2-1) o primeiro jogo na fase de apuramento para os 16 avos de final da Champions. Pior, segundo li sofreram um golo marcado com a mão. Não conheço as equipas adversárias mas pensei: ainda podem passar, se vencerem os dois jogos. O problema era o segundo duelo ser contra o Osijek, que além de jogar em casa goleara (4-0) o Noroc na 1.ª jornada.

Como estou de férias à noite ainda nem sabia o resultado. No facebook perguntei à Joana Flores, uma das craques da equipa, o resultado e a boa notícia surgiu de imediato: “Ganhámos 3-0!” Domingo o Fofó joga a partida decisiva e não lhe chega vencer, precisa do resultado do outro jogo do grupo. De certeza que a equipa treinada por Pedro Bouças vai vencer e espero que consigam o apuramento. E se não o conseguirem, tenho a certeza que não será por falta de entrega porque como o clube anunciou ontem: “Se cairmos será de pé!” Boa sorte Fofó!


Cérebro ganhou contra o medo

10 Agosto, 2015 0

No post anterior (este) antecipei que JJ ia ganhar Supertaça. O meu tiro era certeiro, claro, pois foi baseado nas declarações do treinador do Sporting, ou seja, ele ganharia sempre.

Venceu o Sporting mas não me parece uma vitória de um treinador cerebral. Ganhou porque foi melhor equipa, jogou mais, entrou para vencer. Isto frente a um adversário mais fraco, individual, coletivamente e com muito menos atitude, vontade de vencer, chamem-lhe o que quiserem, e era aqui que queria chegar pois o jogo revelou que JJ se enganou nas declarações anteriores à Supertaça.

O Benfica não está igual ao do seu tempo, como Rui Vitória mostrou em termos táticos. No entanto, revelou algo do seu antigo treinador, algo que o Benfica de JJ mostrava quando defrontava adversários mais poderosos: medo. Nesse aspeto, infelizmente para os adeptos encarnados, as águias não mudaram, apesar de terem trocado de treinador.


De resto, fiquei também desiludido com JJ no final do jogo. Pensei que o mestre da tática nos ia explicar a todos que o golo do Sporting nascera de um lance imaginado por si. O disparo de Carrillo a desviar em Teo pensei que fosse uma jogada de laboratório preparada durante a semana. Afinal não foi, a jogada foi mesmo fortuita.

Além de o Sporting ter sido melhor e de ter merecido vencer, ficam duas notas negativas neste jogo, ambas por parte da equipa de arbitragem. O auxiliar anulou um golo limpo aos leões – algo que JJ ficou a saber logo de seguida e “atirou à cara” do 4º árbitro – e Jorge Sousa não considerou penálti uma falta clara de Carrillo sobre Gaitán. Imaginem, estimados leitores, o que seria com a situação ao contrário: o Benfica a vencer por 1-0 e o árbitro não assinalar uma grande penalidade clara a favor do Sporting. Nem quero imaginar…

Como aperitivo para a época a Supertaça foi um bom jogo. Provou o anunciado por JJ: a Liga vai mesmo ter três candidatos. Concordo com esse aspeto mas discordo no seu mote: o Sporting é candidato ao título porque tem boa equipa. Juntou à base da época passada craques como Teo, Ruiz e Aquilani e ainda tem João Pereira no lugar de Cédric, por exemplo. Ou seja, os leões estão com muitas soluções e assim é mais fácil lutar pelo título mas estaria na corrida fosse Leonardo Jardim, Marco Silva ou Manuel Machado o treinador, naturalmente é candidato com JJ.

Por último, uma pequena nota. JJ guardou uma substituição para os últimos 30 segundos. Compreendo estas manobras quando uma equipa mais pequena está a conseguir um resultado positivo contra outra maior. Quando a equipa mais forte, a que tem melhores jogadores, está a vencer e até a dominar já não consigo entender. Ou melhor, não entenderia se fosse Guardiola ou outro dos super treinadores do mundo a fazer uma substituição assim. Sendo feita por um técnico que passou quase 20 anos em clubes pequenos até consigo entender. Há coisas que nem o tempo mudam e a essência é uma delas.

P.S. Antes que apareçam os comentários do costume, a chamarem-me lampião com azia ou algo do género, deixo aqui um aviso a quem não me conhece. Não sou adepto de nenhum dos três grandes, por isso, era-me completamente indiferente o vencedor da Supertaça. Na época passada gostei da vitória do Sporting na Taça de Portugal pois os leões eram treinados por Marco Silva. Eu, como outros estorilistas, sou “Marcosilvista” e fico satisfeito com os seus triunfos. E por ser fã do antigo treinador do Estoril considero que o Benfica cometeu um erro na escolha do técnico para esta época, embora também simpatize com Rui Vitória. O tempo nos mostrará se os encarnados não ficavam mais fortes com o ex-técnico do Sporting. Não porque seria uma vingança para com o rival mas por Marco Silva ser melhor treinador do que os dois que disputaram esta Supertaça.

O cérebro vai ganhar (ou não) a Supertaça

8 Agosto, 2015 0

Há umas semanas fiquei a saber que antes de JJ chegar ao Sporting os leões não eram candidatos ao título – dito por ele na apresentação. Agora fiquei a saber que JJ já ganhou a  Supertaça do próximo domingo porque, segundo o próprio, o Sporting já adquiriu os seus processos e o Benfica ainda joga à sua maneira.

Acho é que os adeptos do Sporting, caso o Benfica vença a Supertaça, não vão gostar de perder, vão estar-se nas tintas para o facto de perderem contra o cérebro que é agora seu treinador.

Conheço o JJ desde os tempos do Estrela, ou seja, quando não ganhava nada mas no final dos treinos gostava de ficar à conversa com os jornalistas. Já nessa altura dizia que nenhuma equipa em Portugal defendia melhor que o Estrela!


Ou seja, estas afirmações de agora não me espantam nada. O que me espanta é um clube ter dado miúdos da “melhor formação do mundo” aos dois treinadores anteriores e agora dar ao JJ craques como Teo, Ruiz, Aquilani. Tal como me espantou a tal equipa fantástica criada pelo cérebro ter perdido dois campeonatos para o Vítor Pereira, depois de ter conseguido uma confortável vantagem pontual. Ou ter perdido 5-0 no Dragão numa noite na qual o cérebro achou que colocar o David Luiz a lateral-esquerdo era a solução ideal para travar o Hulk.

Pensando melhor, nada disto me espanta porque, como disse, conheço o JJ desde os tempos do Estrela.

O Beira-Mar não morreu!

1 Agosto, 2015 0

Fiquei triste com a queda do Beira-Mar para os distritais. O clube de Aveiro foi, durante muitos anos, a bandeira da sua cidade e conseguiu o que muitos da sua dimensão sonham: venceu a Taça de Portugal (1999). Teve também nos seus quadros alguém que apenas mais dois clubes portugueses conseguiram, o grande Eusébio (Benfica e União de Tomar).


Infelizmente, na ótica dos aveirenses, os clubes não vivem da sua história e a má gestão dos últimos anos, depois de a SAD ter passado para as mãos de alguém que não cumpriu o que prometeu, o Beira-Mar nem no CNS se conseguiu inscrever e vai mesmo para a 2.ª Distrital de Aveiro. A SAD teve culpa mas continuo a pensar que o primeiro passo para este triste final foi a saída do Estádio Mário Duarte, passando a jogar no gigantesco mas pouco acolhedor Estádio de Aveiro.

Sei bem, ou melhor, felizmente não sei mas estive quase a saber, o que os adeptos do Beira-Mar estão a sentir. Em 2005 o Estoril esteve quase quase a passar pelo mesmo, salvou-se no dia limite. Mal se tornou pública a notícia da queda nos Distritais, um amigo adepto do clube de Aveiro escreveu um triste R.I.P. Beira-Mar, mas não acredito nisso. O Beira-Mar não morreu! Vai atravessar o deserto, vai voltar a defrontar adversários que provavelmente já nem convidava para jogos-treino mas não acabou.


A 2.ª Divisão distrital é o equivalente ao 5.º escalão do futebol nacional. Ou seja, se for bem gerido, em três anos o Beira-Mar pode voltar à 2.ª Liga, na qual estava pelos resultados desportivos. Não será fácil mas não é impossível, basta recordar o exemplo do Farense, que também caiu na 2ª Distrital (então o 6.º escalão) e foi escalando até voltar à 2.ª Liga, estando agora disposto a atacar o regresso à 1.ª Liga. Vai ser um caminho duro mas, de certeza, com muitos verdadeiros beiramarenses a apoiarem, o Beira vai voltar ao futebol profissional. É preciso não deixarem de acreditar nisso. Boa sorte Beira-Mar!