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Como este blog é destinado a quem gosta mesmo de futebol aqui fica um post daqueles que não vai merecer discussões nos comentários. O diário argentino La Nación conseguiu imagens inéditas do golo ..." /> Honores liga - Record

Honores liga

Outro ângulo da magia

29 Janeiro, 2014 0

Como este blog é destinado a quem gosta mesmo de futebol aqui fica um post daqueles que não vai merecer discussões nos comentários.

O diário argentino La Nación conseguiu imagens inéditas do golo de Maradona à Inglaterra, no jogo de 86. Não o da mão de deus mas do outro, da obra de arte.

A jogada aqui foi filmada desde a bancada e é uma delícia. Um minuto de magia e com tango como som de fundo (só podia) – reparem como até em camera lenta Diego é mais rápido do que os ingleses 🙂


A Taça da Liga, uma “campanha concertada” e a formação

26 Janeiro, 2014 0

A Taça da Liga, a tal competição a quem poucos dão importância, vai ser muito falada nos próximos dias mas, como é hábito no futebol português, não pelos melhores motivos. Uma equipa apurou-se para a meia-final com o seu jogo a terminar 5 minutos depois de outro que devia acabar ao mesmo tempo. É grave? É. Não interessa se um clube beneficiou da situação, teoricamente não, até porque uma equipa joga apenas num dos relvados, mas se existem regras devem ser cumpridas.

Numa competição com regras estranhas – com a diferença de idades a ser um dos fatores de desempate – um jogo começar mais tarde do que o outro permitia, se estivesse em causa para o apuramento, a um dos treinadores fazer substituições para baixar a média de idades já depois do outro encontro terminar. No caso agora vivido, o FC Porto marcou já depois da partida do Sporting terminar – não está em causa o penálti, bem assinalado – mas uma regra não foi cumprida.

O caso só revela um amadorismo gigantesco da Liga, a organizadora da prova. Como é possível a Liga não controlar uma situação destas? Bastava um telefonema de um delegado da Liga para outro para os dois jogos começarem ao mesmo tempo, algo perfeitamente banal nos nossos dias. O caso já motivou reação do presidente leonino e só serviu para descredibilizar um futebol no qual a suspeição reina há anos e anos, para não dizer décadas.

Após os jogos, ouvimos novamente o treinador dos dragões levantar a voz num discurso que parece agora o seu preferido. Depois de descobrir que “existe uma campanha concertada para fragilizar o FC Porto”, como afirmou, o técnico parece ter perdido o estilo tranquilo que o caracterizava. Conclusão: o facto de os dragões não liderarem a Liga como era habitual não resulta de jogarem menos mas sim de uma “campanha concertada” e também das arbitragens desfavoráveis.

O Benfica já estava apurado e terminou o jogo frente ao Gil Vicente com nove portugueses em campo, motivo para grande destaque. No final, Jorge Jesus voltou a falar da formação do clube. Já há dias o ouvi falar do assunto e fiquei espantado, ou melhor, senti que me atiravam areia para os olhos. André Gomes, Ivan Cavaleiro e André Almeida são os exemplos do técnico mas, curiosamente, o único que joga habitualmente não fez nem um minuto na formação do clube. André Almeida passou diretamente da equipa B e fixou-se no plantel – o facto de alinhar em várias posições garantiu-lhe o lugar – porque Gomes joga uns minutos quando calha e Cavaleiro estava tapado por Ola John.

As águias têm bons valores na equipa B, alguns podiam perfeitamente estar no plantel principal, como João Cancelo ou Bernardo, tal como André Gomes, pela qualidade revelada na época passada, podia ter muitos mais minutos na equipa. O Benfica podia lutar pelo título com todos estes miúdos titulares? Isso já é outra questão e esse cenário, parece-me, seria muito difícil mas, por favor, não venham falar em grande aposta na formação.

 


 


Eusébio

6 Janeiro, 2014 0

Portugal perdeu hoje uma das suas maiores referências. Fiquei triste ao receber a notícia e voltei a ficar durante o dia sempre que vi ou li coisas sobre o assunto mas, e perdoem-me o chavão, Portugal perdeu apenas fisicamente porque Eusébio é eterno e será sempre um símbolo do país.

Infelizmente, não tive o prazer de o ver jogar no seu tempo mas basta ver algum dos seus jogos mais conhecidos para ficar com a noção do seu valor.

Eusébio tornou o país conhecido como ninguém o fez no século passado e só não é hoje um dos grandes nomes do futebol italiano porque o país, no caso Salazar, não o deixou partir para o Inter. Old Trafford homenageou-o de forma arrepiante e o Real Madrid, além de enviar um representante a Lisboa, vai homenageá-lo amanhã. Eusébio nunca jogou em nenhum destes clubes, dois dos maiores do mundo.

Já escrevi aqui várias vezes que sou contra algumas comparações. Não é possível comparar quem foi o maior no tempo de um país pequeno, fechado e triste, um país a preto e branco – como a maioria dos seu jogos que podemos rever – com Cristiano Ronaldo, o maior símbolo do país atual, dos nossos dias, onde tudo está à distância de um “click”. Não me parece lógico comparar e não o faço. Tenho a sorte de ver CR7, de vibrar com os seus golos, mas não tive a sorte de ver o Pantera Negra no seu tempo. Se um dia a própria história considerar Ronaldo o melhor português de sempre, aceito a decisão, só isso.

O nome de Eusébio surge sempre na lista dos melhores de sempre, ao lado de Pelé, Maradona, Di Stefano e Grujff. E se Don Alfredo, o único que viu jogar todos eles, afirma que o Rei foi o melhor jogador de todos os tempos eu acredito.

Deixo aqui as minhas duas fotos preferidas do jogador. Nas duas representa o país e não as escolhi ao acaso, prefiro deixar aqui estas porque Eusébio não é apenas um símbolo do Benfica, é uma referência de Portugal, é património nacional.

Descanse em paz senhor Eusébio e muito obrigado.