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Confesso: estou sem paciência para vir aqui escrever sobre a nossa Liga. Jornada após jornada o que vejo são discussões sobre qual dos três grandes é mais beneficiado pelos árbitros. Já ninguém dis..." /> Honores liga - Record

Honores liga

Feliz Natal! Fiquem com D10S.

19 Dezembro, 2013 0

Confesso: estou sem paciência para vir aqui escrever sobre a nossa Liga. Jornada após jornada o que vejo são discussões sobre qual dos três grandes é mais beneficiado pelos árbitros. Já ninguém discute os bons golos, as melhores jogadas, qual a equipa que joga melhor, etc. A única coisa importante para a maioria dos adeptos, incentivados pelos programas especializados em erros de arbitragem – muitos só detetados à terceira ou quarta repetição – é defender que o seu clube é menos beneficiado em relação aos outros dois. Até o treinador do líder, que há semanas assumiu serem os três grandes mais beneficiados do que os restantes, agora já diz que os árbitros não tiveram qualquer influência na sua classificação.

Discutem-se livres mal assinalados que acabam por dar golo; penáltis fora da grande área (ou mesmo fora do campo?); foras-de-jogo de milímetros, em alguns só a cabeça ou o braço do avançado estão adiantados, enfim, todos os pormenores para limpar a alma. Os falhanços a um metro da baliza, como o cabeceamento de Luisão contra o Arouca, os frangos dos guarda-redes ou os remates para as nuvens não interessam nada. Já para não falar das asneiras dos treinadores. Quem comete esses erros não tem culpa dos insucessos, a culpa é sempre dos desgraçados dos árbitros. Agora até são profissionais (nem todos) e por isso não podem errar. O facto de ganharem (apesar de muito bem) dez vezes menos do que alguns craques não interessa nada: não podem errar. Perdi a paciência para estas discussões.

Não sei quem vai ser campeão, será o menos mau dos três, nem sei se o Sporting é mesmo candidato a sério ao título, só depois do último jogo da 1.ª volta vou confirmar se o é de facto. A única coisa que me anima é ver o meu clube como líder do outro campeonato, o dos “não grandes”, e nesse caso não se falam de arbitragens. Já ninguém se lembra da prestação de João Capela em Braga, o importante é andar para a frente para não se voltarem a cometer erros que levaram a inesperadas derrotas caseiras. Erros dos jogadores ou até do treinador mas não dos árbitros e acho muito mais saudável ser assim.

Como para quem está sem paciência para a nossa Liga até já escrevi demasiado sobre o tema, prefiro ficar por aqui. Desejo apenas um Bom Natal e deixo-vos com um novo vídeo do melhor jogador de sempre. Em alguns lances até parece Messi mas o craque do Barcelona ainda não pode ser colocado ao seu lado. Enquanto não for campeão do mundo levando a Argentina às costas e enquanto não for campeão de Espanha por um Sevilha ou outro do género nunca será como Maradona.



 

 


Sporting campeão! (com Collin)

13 Dezembro, 2013 0

Já aqui escrevi várias vezes sobre o facto de gostar do futebol nos Estados Unidos. A minha paixão é mais pela NASL, a antiga Liga profissional, mas também vou seguindo a MLS.

O Sporting Kansas City é o novo campeão dos “States”. Bateu na final o Real Salt Lake, por 7-6 no desempate por grandes penalidades, após 1-1. O jogo teve grande emoção e um pouco de tudo. Até nos penáltis as duas equipas tiveram uma oportunidade para vencer e desperdiçaram-na.

O novo campeão é treinado por Peter Vermes, antigo internacional dos Estados Unidos, presente no Itália'90, e conta com um jogador conhecido dos portugueses: Collin.

O antigo defesa do V. Setúbal foi mesmo decisivo nesta final pois marcou o golo do empate e acabou por transformar a última grande penalidade.

O resumo da MLS é excelente e mostra toda a emoção do jogo. São oito minutos mas quem gosta de futebol deve ver.


Sorteio simpático

8 Dezembro, 2013 0

Linha direta de 6/12/2013

O sorteio da fase final do Mundial não foi o mais simpático possível para Portugal mas foi simpático, podia ter sido bem mais antipático. No fundo, a Seleção Nacional vai ter de ser precisamente o que costuma ser para seguir para os oitavos, algo perfeitamente possível perante estes adversários.

Não temos boas recordações dos jogos mais recentes com a Alemanha, aliás, a exceção foi mesmo o 3-0 do Euro’2000, no jogo do hat-trick de Sérgio Conceição. No entanto, vários pontos a nosso favor: não vamos defrontar os alemães nos jogos a eliminar – se os voltarmos a defrontar será só na final; se vencermos a equipa germânica, o primeiro adversário, ficamos com as portas do apuramento abertas; não os defrontamos em jogo de caráter decisivo, seria pior se fossem o último adversário da fase de grupos e com Portugal a precisar de vencer.

 Em caso de derrota na estreia, algo sempre mau, temos depois dois jogos relativamente acessíveis para retificar. Aconteceu-nos precisamente isso no Euro’2012 e a resposta foi a melhor. Mais, nessa altura Portugal precisava de vencer Dinamarca e Holanda para se apurar. Ou seja, o cenário, parece-me, era pior do que o imaginado agora pois Estados Unidos e Gana não são tão fortes como os adversários de 2012.

Os Estados Unidos têm marcado presença em todos os mundiais desde o Itália 90 mas, sinceramente, até esperava maior evolução dos ianques. Apresentam sempre equipas taticamente evoluídas mas falta-lhes sempre mais alguma coisa. Tenho mais receio do jogo com o Gana do que o dos americanos. Os ganeses ainda têm a base da equipa que falhou as meias-finais de 2010 por muito pouco – eliminados pelo Uruguai nos penáltis – e têm bons jogadores, como Muntari, Essien, Asamoha Gyan, Ayew e Boateng, só para citar os mais famosos.

Acredito que Portugal vai cumprir o objetivo inicial, passar aos oitavos-de-final, e a partir dessa fase é impossível fazer mais previsões, até por não sabermos quem temos de defrontar, mas acredito num brilharete da nossa Seleção.

Outro desejo para este Mundial não diz respeito à nossa Seleção. Espero, sinceramente, que a França seja eliminada o mais cedo possível. A falta de vergonha na história da alteração dos potes foi do mais baixo que tenho visto mas, pensando melhor, estando Platini e Blatter na história até nem me surpreende.

 

A paixão pelo soccer nos Estados Unidos

3 Dezembro, 2013 0

Os Estados Unidos podiam ser hoje uma potência do futebol mundial. Tenho esta opinião há alguns anos, desde que vi um filme sobre a NASL, a Liga profissional de lá que durou desde os anos 70 até 1984. Acredito que se a FIFA tivesse dado aos “States” a organização do Mundial'86 o crescimento de então não teria tido interrupção. Na altura, o Cosmos conseguia levar 70 e 80 mil adeptos ao estádio. A euforia começou a desaparecer depois de João Havelange, o presidente da FIFA nesse tempo (para quem não sabe era tipo Blatter) decidiu dar o Mundial aos mexicanos (que já tinham organizado o de 1970) depois de o retirar à Colômbia.

O futebol voltou aos EUA em 95 com a criação da MLS. A Liga profissional está quase a fazer 20 anos e, nos mais recentes, conseguiu algum crescimento a nível interno, até pela contratação de algumas estrelas, com Beckham como o mais mediático.

Alguns clubes que disputaram a NASL renasceram nos últimos anos e com eles voltaram os adeptos dessa altura, agora com filhos ou netos. A festa voltou às bancadas e os estádios começam a ficar parecidos com os europeus. Em alguns casos, parece-me, até de forma até mais organizada, como neste exemplo que vos deixo dos adeptos do Portland Timbers, um clube que disputou a NASL, renasceu em 2012 e este ano chegou às meias-finais da MLS. Nunca ganhou um título.


Enorme Ricardo, minúsculo Capela

1 Dezembro, 2013 0

Ricardo deu esta noite mais dois pontos à Académica. Em seis dias o guarda-redes da Briosa garantiu 4 pontos. Frente ao Olhanense, no último minuto, fez uma defesa brutal que festejou como se tivesse marcado um golo. Esta noite, perto do fim do jogo com o FC Porto, defendeu um penálti – uma das suas especialidades – e garantiu a vitória.

No final, Sérgio Conceição considerou-o um dos três melhores guarda-redes portugueses e concordo com o treinador. Para mim está entre os dois melhores porque prefiro Ricardo a Beto e tenho pena de que o “sevilhano” pertença ao núcleo duro de Paulo Bento, o que fecha a porta da Seleção ao de Coimbra. Sigo o guarda-redes desde os tempos do Varzim, na 2.ª Liga, e lembro-me de outras grandes noites do academista, como quando eliminou o Benfica na Taça de Portugal. Esta noite não fez a melhor exibição da época – na Amoreira esteve em melhor nível – mas salvou dois pontos com grande categoria.

A defesa de Ricardo tem ainda mais valor por ter feito justiça. O FC Porto até podia ter marcado, não o fez por milagre – na perpspetiva dos estudantes – mas chegar ao empate da forma como quase chegou seria uma grande injustiça. E assim vou ao encontro do outro protagonista da noite: João Capela.

O árbitro de Lisboa – cada vez mais parecido com Bruno Paixão – voltou a fazer uma exibição desastrada. Depois de não ter visto os penáltis no dérbi lisboeta da época passada; depois de ter visto dois penáltis cometidos fora da área no Sp. Braga-Estoril, desta época; conseguiu agora não ver um claro e ver outro que não existiu. Notável!

No lance sobre Ivanildo o juiz até podia não estar bem colocado – estava muito longe – mas o auxiliar desse lado devia estar bem de frente para a jogada. Dúvida: algum árbitro português assinalava aquele penálti, ou outro qualquer, contra o FC Porto (ou contra o Benfica) aos 30 segundos? Talvez só o Proença ou o Soares Dias. Já o Capela não viu. Viu outro, quase no final, sobre Jackson. Viu tão bem que os jogadores ficaram todos (até Jackson, que o enganou bem) sem perceber o que o homem tinha assinalado. Quem estava a comentar o jogo na tv fez uma longa pausa até perceber o que tinha sido assinalado. Ninguém viu, só o Capela. 

O que me chateia: este erro nem sequer vai entrar na Liga da verdade do Record pois o resultado não se alterou.

Atenção, não estou a colocar em causa a seriedade do senhor Capela. O problema, parece-me, é mais de coragem. Eu não seria capaz de assinalar um penálti contra um dos grandes num estádio cheio de adeptos. Eu não fui para árbitro.