Campo Novo

A lesão de Messi e a imediata previsão para uma paragem de dois meses levou a que o Barcelona fizesse a redefinição dos objetivos imediatos. A partir desse dia, a ideia passava por manter o Barça vivo em todas as competições até ao regresso de Messi, que se aponta, apenas, para o final de novembro. Até agora, as coisas não estão a correr mal: a equipa continua no topo da classificação da Liga e está em boa situação para vencer o seu grupo na Champions. A eliminatória da Taça do Rei com o Villanovense, essa, ficará tranquilamente resolvida na 2.ª mão, no Camp Nou.

Em breve Iniesta (outro lesionado de longa duração) estará de volta. Messi chegará daqui por 3 semanas, aproximadamente, e em janeiro podem finalmente começar a jogar os reforços Arda Turan e Aleix Vidal.

Mesmo com este quadro, Luis Enrique continua, serenamente, a ter a situação sob controlo. E, para além de todos estes contratempos, ainda perdeu Piqué por castigo durante quase um mês (na Liga), ficou sem Neymar no início da época (papeira) e viu lesionarem-se, entre outros, Bravo, Dani Alves, Jordi Alba, Vermaelen, Mathieu e Rafinha, este último – que estava a ser cada mais influente – com recuperação só lá para fevereiro ou março.

Mesmo assim, estamos na luta!

Se este ano houver justiça (e com a FIFA isso nunca é garantido), Neymar terá de estar desta vez entre os 3 melhores do Mundo na votação cujo resultado se irá conhecer nos primeiros dias de 2016. Neymar tem tudo o que é preciso para ser o sucessor de Messi como número 1 daqui por algum tempo. A adaptação a Barcelona foi um êxito total e em tempo recorde; alterou o seu modo de jogar e pensar em função de um modelo que não admite desvios; e mesmo sendo ainda muito jovem (23 anos) já tem números que muitos “craques” não conseguem ter quando terminam a carreira.

Na Seleção do Brasil, então, vai com um registo que ameaça até o trono de Pelé. Como em 2015 foi campeão de Espanha (terceiro melhor marcador da prova com 22 golos); como venceu a Taça do Rei (melhor marcador, com 7 golos, e faturou na final);como venceu ainda a Liga dos Campeões (melhor marcador da prova com os mesmos 10 golos do que Messi e Ronaldo, tendo também marcado na final de Berlim); e – já agora – como no campeonato 2015/16 é, até ver, o melhor marcador com 8 golos à 8.ª jornada, seria absolutamente justo que fosse o segundo melhor jogador do Mundo já em 2015. E é bom lembrar que esteve afastado várias semanas, no início da temporada, com papeira. Recuperou como um campeão.

PS: Cristiano Ronaldo tem 43 golos em 2015. Messi está nos 42. E Neymar chegou ontem aos 37. Só para lembrar.