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Conta Paulo Teixeira, amigo de Rolando: “Muita gente perguntando o que ocorreu na sexta-feira 11 no saguão do hotel Tiara Park Atlantic, na cidade do Porto, após a notícia veiculada pelo jor..." /> Bola na Área - Record

Bola na Área

Alex Pinto da Costa corre para a cadeira de sonho

19 Julho, 2014 0

Conta Paulo Teixeira, amigo de Rolando:

“Muita gente perguntando o que ocorreu na sexta-feira 11 no saguão do hotel Tiara Park Atlantic, na cidade do Porto, após a notícia veiculada pelo jornal Correio da Manhã. Vou contar a minha versão dos fatos. Seguinte:

Peppino Tirri, mandatado pela AS Roma , João José (o Jota), representante de Rolando e eu, uomo-mercato desta operação, traçávamos uma deliciosa feijoada no restaurante Alto Astral, contíguo ao hotel. Na impossibilidade de encontrar o diretor-geral do FC Porto, Antero Henrique,  para lhe apresentar a proposta do clube italiano, sugeri ao Jota:

– Já que o presidente Pinto da Costa te disse que ele tomou o comando desta operação e não queria Anteros nela, liga então pra ele.

Jota saiu do restaurante e ligou pro homem.

Voltou lívido.

– Liguei e disse ao presidente que  estávamos a almoçar aqui ao lado, que tinha um clube e precisava falar com ele. Ele perguntou qual era o valor da proposta, falei 4 milhões. Ele respondeu que o Rolando só saía por 10.

Fomos para o hotel, Jota e eu sentamos no saguão. Pouco depois, Alexandre Pinto da Costa e seu fiel escudeiro (e sócio) Pedro Pinho, entram e dirigem-se à nossa mesa. Fiquei surpreso. Quem os tinha chamado? A cidade do Porto tem 371 hóteis repertoriados, como souberam que estávamos neste? 

Primeira cobrança do fiel escudeiro, dirigida a Jota:

– Porque é que o mandato do Besiktas veio em nome do Paulo Teixeira (efetivamente, no início de junho o clube turco autorizou-me a fechar o Rolando e esse mandato eu havia-o transmitido ao Alexandre).

Explicação dada, dirigi-me ao Alexandre:

– O Peppino tá descendo do quarto.

Segunda cobrança (Alexandre), desta vez dirigida ao Peppino:

– Então tu vens a Portugal e não me dizes nada?????

Resposta do italiano:

–  E tu, quando vais a Milão, ligas pra mim? Não vou com a tua cara, és muito arrogante.

A conversa prosseguiu por quase duas horas, versando sobre Antero Henrique e seus supostos negócios paralelos, seu agente de confiança Mohamed Afzal e – muito – sobre o atacante colombiano Jackson Martinez.

Alexandre:

– O Pompeo (empresário do Jackson) não foi sério. Reunimos-nos todos naquela noite (janeiro) no vosso hotel, fechamos um acordo e depois ele foi-se juntar ao Afzal. Mas fiquem a saber de uma coisa. Ele ainda vai ter que vir comer na minha mão, porque o último a assinar a saída do jogador é o meu pai.

Sobre Rolando, disse o Alexandre:

– O jogador faltou ao respeito ao meu pai. Foi-lhe dito que ia ser o capitão, que o clube contava com ele. O Porto queria renovar-lhe o contrato por mais quatro anos, imaginem a comissão.

Resposta do Jota:

– Rolando não faltou ao respeito a ninguém. Teu pai foi educadamente informado que ele não queria ficar mais, que o ciclo dele no clube estava encerrado. Pelos vistos, ninguém o quis ouvir…

Pra fazer a história curta, já em tempo de despedidas. 

Alexandre:

– Então digam lá ao Afzal que traga 10 milhões e depois vá resolver com o meu pai.

Afastou-se e voltou, repetindo a mesma coisa. Afastou-se de  novo e retornou, dedo em riste, dizendo a mesma coisa. 

O sangue subiu, meu fio cruzou, entrei em curto. E falei:

– Olha aqui, Alexandre, tu és um mentiroso do caralho. Em janeiro pediste-me que te trouxesse o agente do Jackson, que tinhas um clube na Inglaterra pra ele. Eu trouxe. Tu tinhas porra nenhuma.

Entrou na dança o fiel escudeiro, empurra pra lá, empurra pra cá. Briga é assim mesmo, se dá e se leva. Solicitei  as imagens do circuito interno de segurança, tira-teima.

Mas o pior foi na rua, pra onde os arruaceiros foram levados pela segurança do hotel. Enquanto o fiel escudeiro me chamava de 'preto' o predador intelectual urlava:

–  Na minha cidade???? Eu mando aqui quatro tipos pra acabar com ele. 

Consta lá na queixa-crime.

Entretanto, tocou o celular e o Alexandre gritava:

– Pai, não sabes com quem o Jota se meteu. Com uns  V-A-G-A-B-U-N-D-O-S!”

Este relato desata vários nós e revela várias pontas soltas. Mas sobretudo confirma a crescente influência de Alexandre Pinto da Costa, outrora sócio de José Veiga, no FC Porto criado pelo seu pai Jorge Nuno. Se há um ano a cadeira era um sonho, hoje o sonho tem uma cadeira por objetivo.

Ainda relativamente a este caso, o peixe morreu pela boca. Pinto da Costa fez questão de, no primeiro dia de trabalhos, dar uma bicado aos jornalistas a propósito das notícias que davam conta da saída em definitivo de Rolando, garantindo que só está no clube quem está de alma e coração. Não parece ser o caso, o que de alguma forma nos dá conta da erosão do líder e criador dos dragões e de um controlo que inevitavelmente lhe vai escapando das mãos e dos pés.

 Entretanto, só para estarem entretidos com algo de puro e duro do futebol: http://www.planetadofutebol.com/

Espreitem.