O regresso dos sumaríssimos
Aí temos de volta os famosos processos sumaríssimos, filhos de um deus menor, ou seja, o do escrutínio televisivo.
São os clubes que fazem as leias desportivas e se estas aceitam a existência de processos de averiguação baseados em imagens obtidas pelas câmaras televisivas, e são muitas, presentes num estádio, qualquer protesto relativo ao assunto cai desde logo pela base.
Se os clubes não querem sumaríssimos, mudem a lei. Têm poder para isso.
Mudar a lei é um direito que lhes assiste bem assim como matar o jogo com a introdução de uma parafernália de tecnologia.
Qualquer jogo de futebol escrutinado desta forma fina pode dar origem a muitos processos sumaríssimos, como acontece agora com Slimani, caso que nos levou à elevada discussão sobre o que é uma cotovelada ou um simples chega para lá.
Se os agentes do futebol não acreditam na isenção daqueles que interpretam a lei, indicados pelos clubes para os lugares, só têm duas coisas a fazer: acabar com a lei ou calarem-se para sempre.
Sim, eu sei, há quem esteja aqui apenas para falar. Se acabassem com isto ficavam esvaziados de funções.