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Bola na Área

Anda toda a gente a malhar na Liga. Porquê?

30 Dezembro, 2015 0

PP

 

Está na moda malhar em Pedro Proença e na Liga a propósito do falhanço da centralização dos direitos de transmissão. Porquê? Não estava propriamente nas mãos do presidente da Liga esta empreitada que iria beneficiar sobretudo a competitividade do nosso campeonato, “orçamentando” os clubes médios e pequenos. Ninguém questiona o egoísmo dos grandes, os primeiros a negociar com a NOS e a MEO e a aproveitar esta aparente guerra de operadoras. Porquê? É simples: os adeptos portugueses são adeptos de clubes e não adeptos de futebol.

Por tudo e por nada, lá está o ferro a cair sobre Pedro Proença. Não importa que PP seja apenas o português do mundo do futebol que não joga à bola que mais se destacou e mais se afirmou no universo futebolístico mundial, terminando a sua carreira como um dos melhores árbitros de sempre da UEFA e da FIFA. Pouco importa. Agora, a propósito dos jogos marcados para o dia das eleições presidenciais, pimba, lá vai metralha de novo para cima de Proença. O povo esquece-se apenas que…

– Não sendo a solução desejada, há vários exemplos recentes de jogos de competições profissionais marcados no mesmo dia de eleições noutras ligas europeias

– Em Espanha, a 20 de dezembro passado (data das eleições gerais) houve cinco jogos da Liga BBVA, entre os quais o 10-2 do Real Madrid-Rayo Vallecano, e outros cinco da Liga Adelante. A Taxa de Participação desse ato eleitoral foi muito elevada (73%)

— Nessa jornada 16 da Liga BBVA, quatro jogos foram realizados no sábado, 19 de dezembro, cinco no domingo e o Gijón-Barcelona foi adiado para fevereiro. O dia das eleições foi, por isso, o que teve mais jogos marcados – e isso não acontecerá em Portugal

– Em França, a primeira volta das eleições regionais, foi realizada no dia 6. Houve nesse dia três jogos da Ligue 1: Marselha-Montpellier, Bordeus-Guingamp e St. Étienne-Rennes (jornada 17)

— No dia da segunda volta das eleições regionais, 13 de dezembro, foram realizados mais quatro jogos da Ligue 1: Monaco-St. Étienne, Marselha-Ajaccio, Angers-Bordeus e PSG-Lyon

— Nos EUA e na Grã-Bretanha, duas democracias de referência, os atos eleitorais são realizados em dias de trabalho (às terças nos EUA, às quintas na Grã-Bretanha)

— As urnas em Portugal Continental estão abertas durante 11 horas – das 8h às 19h. Os cidadãos que pretendam exercer o seu direito de voto terão muito tempo para fazê-lo e, no mesmo dia, assistir a um jogo de futebol, seja no estádio ou pela televisão

— Foco na continuidade das competições, já revelado no facto de não ter havido paragem no período festivo de Natal/Ano Novo, e evita, assim, o deslocamento de datas dos três jogos acima mencionados para uma altura em que só seria possível fechar a jornada 19 da Liga NOS depois de realizadas outras jornadas mais adiantadas da prova.

Coisa pouca. Coisa de atrasados. Nós por cá todos bem com o mal dos outros.

A pífia entrevista de Jesus à TVI

27 Dezembro, 2015 5

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Frente a uma Judite de Sousa que já conheceu melhores dias, quase enfastiada, Jorge Jesus não merecia o que lhe acabam de fazer na TVI, isto é, uma entrevista assim entre o bacoco e o pífio.

A única nota relevante foi o pouco…relevo que deu a Bruno de Carvalho, depois de ter repetido que o sucesso dos dirigentes tem sempre por base os jogadores e os treinadores. No caso, o treinador.

Terminada a entrevista, entram os comentários no canal subsidiário da TVI. Sem querer fazer muitos comentários a quem comentou, apenas registo que nem sempre é bom partilhar mesas de refeições com aqueles cujo trabalho e ações depois temos de analisar, independentemente de um bom convívio ser sempre salutar, especialmente em bons restaurantes.

JJ já não tem muito para mostrar mas é um entrevista apetecível pois basta afagar-lhe um bocado o ego para o mestre da tática começar a dissertar sobre temas que podem ir do critério da verdade à verdade sem critério.

Mas nem isso esta Judite conseguiu “investigar” numa entrevista em que JJ, para mim estranhamente, entregou o favoritismo do campeonato a Benfica e FC Porto, ele que na sua apresentação em Alvalade disse bem alto que esta época os candidatos são três.

Confesso que gosto de Jorge Jesus mas não gosto de vê-lo em entrevistas que não merecem a dimensão que já conquistou como treinador de futebol. E não percebi o que o levou a ir até aos estúdios da TVI na companhia do advogado tanto mais que, ao contrário de José Sócrates, nem foi recebido à porta pela administração do antigo canal da Igreja Católica Portuguesa.

 

Bruno e o ataque das Vespas mediáticas

23 Dezembro, 2015 0

bdc

 

Admito alguma crispação a propósito da especulação possível a propósito desta foto de Bruno de Carvalho na véspera do União da Madeira-Sporting, quando decidiu passar a noite na famosa discoteca “Vespas”, no Funchal.

A foto acaba por ter alguma relevância a partir do momento em que se conheceu que o presidente do Sporting esteve envolvido num desacato que terá provocado mesmo a sua expulsão daquele animado espaço noturno.

Não é um tema novo no nosso futebol o tempo que alguns presidentes dedicam ao calor da noite. São homens como os outros e, obviamente, têm todo o direito à diversão pois a vida são dois dias e o Carnaval três.

O que aqui se pode discutir é a amplificação deste incidente relativo, digamos, à vida privada que nenhum figura pública pode ter a partir do momento que assume este papel.

Houve quem explorasse o assunto e houve quem não lhe desse importância mas a verdade é que nas redes sociais o que se passou nas Vespas esteve, e está, a bombar. Vale que nesse espaço é tudo muito rápido e amanhã…já era.

Lição a aprender por BdC: fotos com adeptos, ok, está muito bem, mas cuidado com o contexto.

As vespas asiáticas e mediáticas não estão apenas a fazer ninho em terras nortenhas e o povo português, apesar das aparências, continua a ser muito caturro em relação aos costumes.

O futebol bom e o futebol mau

22 Dezembro, 2015 1

 

No final do Sp.Braga, 1 Paços de Ferreira, 1 Paulo Fonseca queixou-se do futebol ultra defensivo da equipa forasteira e recordou que na época passada, no comando dos castores, veio a Braga jogar à bola e perdeu 3-0. Não foi uma comparação feliz mas foi o que saiu. Paulo Fonseca é, sem dúvida, um treinador que constrói equipas positivas, apesar da sua infeliz passagem pelo FC Porto, depois de ter estado com um pé e meio no Benfica. Ok, o treinador dos guerreiros tem razão, o Paços foi à Pedreira entregar a iniciativa ao seu adversário e esperar por uma aberta. Mas a verdade é que depois do 1-1 a melhor oportunidade de golo até foi daquela equipa que só quis defender. O futebol é assim: estranho,

Paulo Fonseca faz muito bem em pensar assim o futebol. Pensa grande e já o fazia em equipas com ambições mais modestas. Mas é estultícia pretender ver o mundo apenas pelo nosso prisma. O Paços de Ferreira deu em Braga uma lição de futebol defensivo mas nem por isso negativo. Não podemos valorizar o doce se não conhecermos o salgado.

Pedro Proença e os delegados da Liga

21 Dezembro, 2015 1

PP

 

Este fim de semana, os delegados da Liga, agora coordenados por Reinaldo Teixeira, um dos poucos grandes senhores do nosso futebol, fizeram o seu convívio de Natal, que se realizou em Coimbra.

Pedro Proença foi convidado e apareceu. O presidente da Liga fez questão de pagar o almoço, que custou 1500 euros, do seu bolso, como demonstração da sua satisfação pela mudança de paradigma que está a decorrer numa das áreas mais sensíveis da organização dos nossos jogos.

BnA sabe ainda que PP esteve acompanhado pelo diretor executivo de competições, António Gaspar Dias, e pela respetiva diretora, Helena Pires. O presidente da Liga entendeu premiar o empenhamento de todos na tal mudança de que já se falou, que passa muito por um novo perfil de delegado da Liga, num corte, que tem de ser gradual, com o passado.

Nos últimos anos, a equipa de delegados da Liga vinha a ser formada por “carolas”, muitos deles com passagens pelos principais clubes portugueses, que nem sempre tinham comportamentos corretos nos estádios.

Agora sob o comando de Reinaldo Teixeira, que também foi delegado da Liga, pretende-se uma equipa de delegados com outro perfil, numa dinâmica diferente. Note-se que a equipa de delegados da Liga é formada atualmente por 62 elementos.

NOTA FINAL: A nota de 2,2 a Jorge Sousa no Nacional-FC Porto penaliza-o por dois penáltis favoráveis ao Nacional que o observador do árbitro a comissão de visionamento, presumo, consideraram. Se tivesse sido só por um, a nota teria sido 2,5. É uma nota muito má que o árbitro internacional demorará algum tempo a digerir e a conseguir recuperar, ele que tem sido nos últimos anos o melhor do ranking nacional – um objetivo agora hipotecado.

Os erros de Jorge Sousa na Choupana

14 Dezembro, 2015 11

nevoeiro

Jorge Sousa, o melhor árbitro português do momento, está sob o foco da crítica por causa de dois lances suscetíveis de grande penalidade contra o FC Porto, no jogo com o Nacional da Madeira.

O primeiro lance de bola na mão ou mão na bola tem margem para discussão. Houve intenção de Marcano usar o braço para intercetar a bola? Julgar intenções é sempre perigoso e não é isso que os árbitros costumam fazer. O critério para este tipo de lances está bem definido tecnicamente. Há a mão na bola e a bola na mão. Se estivermos perante um ressalto “curto”, tipo bola a bater na cabeça e a seguir no braço, não é penálti. O mesmo se aplica a uma bola que atinja o braço na sequência de um movimento natural – tipo correr ou saltar. Só é penálti se houver um movimento deliberado do braço ou o uso do mesmo para ganhar volumetria. À luz destas diretrizes, Jorge Sousa parece ter agido bem tomando uma “não decisão” que também acaba por ser uma decisão.

Onde não há margem para discussões, digo eu, é na análise do pontapé de Marcano e João Aurélio em plena área portista. Mas isto somos nós a falar depois de vermos 5 repetições do lance. No terreno, o árbitro teve uma fração de segundo para analisar o lance e a verdade é que na primeira impressão fica a ideia de que o defesa portista chega primeiro à bola e que a alivia, recebendo o impacto do jogador do Nacional durante o movimento. Foi um erro grave de Jorge Sousa que o seu auxiliar José Mesquita podia ter ajudado a corrigir. Ou o 4.º árbitro Rui Silva. Está feito e também nada nos diz que o Nacional ia conseguir converter o penálti…

Os árbitros erram. Acreditar que o fazem deliberadamente é algo que nunca conseguiremos extirpar da mente dos adeptos do futebol. Faz parte. O resto perder-se-à rapidamente na espuma dos dias.

 

Deixem o Boavista respirar

12 Dezembro, 2015 0

Época 2015/2016 Campeonato 13ª Jornada Boavista - Estoril  (1-1) Estádio do Bessa Séc. XXI

Frente ao Arouca e ao Estoril, o Boavista foi claramente prejudicado por decisões ridículas das equipas de arbitragem presentes nesses jogos.

Hoje é muito fácil bater no Boavista, aquele clube que teve a ousadia de ser campeão nacional em 2000/2001 e que os adeptos dos clubes que são donos disto tudo sempre tomaram este feito como o resultado do controlo das arbitragens, esquecendo o mérito de uma administração e de toda uma equipa que deixava a pele em campo e nesse período, sob a liderança de Jaime Pacheco, foi também duas vezes vice-campeãoe chegou às meias finais da Taça UEFA.

Tem razão, hoje, o Boavista em queixar-se de estar a ser prejudicado. A equipa, agora sob o comando de Erwin Sánchez, que já mudou o chip, podia ter mais pontos nesta luta pela permanência na 1.ª Liga, na certeza de que a queda na 2.ª Liga porá em causa o futuro de um clube que mensalmente paga ao Estado cerca de 80 mil euros, tentando resolver problemas do passado.

O Boavista é o segundo maior clube da cidade do Porto e um emblema histórico do futebol português (não esquecer as 5 Taças de Portugal que já conquistou). Mas está transformado numa espécie de patinho feio ou de bombo da festa. Porque, como já se disse, é fácil bater no ceguinho. E não estou a falar do pseudo patrão da arbitragem portuguesa mas sim de um clube cuja visão devia ter sido inspiradora mas que, pelos vistos, continua a assustar.

O grande eucalipto, apesar de doente, continua, por outro lado, a tentar drenar todo o solo à sua volta.

Lopetegui não tem culpa

9 Dezembro, 2015 2

lopes

Agora é fácil malhar no homem. Mas a verdade é que Julen Lopetegui, treinador sem qualquer prova dada no comando de clubes, se pôs bastante a jeito.

O treinador do FC Porto se tivesse descoberto a pólvora só o ia saber a título póstumo.

Em Londres, mais uma vez inventou bastante ao jogar sem ponta-de-lança. E ainda estou para saber o que se passou concretamente com André André…

Lopetegui não foi um bom guarda-redes. O que se sabe é que contribuiu muito para o insucesso de Vítor Baía (será que o campeão dos campeões está mesmo proibido de entrar no Dragão?) no Barcelona.

Não conheço muitos antigos guarda-redes que tenham dado grandes treinadores (se conhecerem algum, informem-me). Mas não é isso que está em causa. O que está em causa é o facto de os adeptos do FC Porto terem atingido a unanimidade na crítica ao treinador do FC Porto. Perdão, a quase unanimidade. Pinto da Costa continua a apoiar o treinador que escolheu, vá-se lá saber por indicação de quem…o que talvez um dia se saiba.

Mas o mundo ainda não acabou para o filho do mais famoso levantador de calhaus do País Basco, que não foi o primeiro treinador do FC Porto a perder um jogo em Inglaterra, onde os dragões, em 17 jogos, nunca ganharam.

O FC Porto de Lopetegui terá a sua prova de fogo quando receber o Sporting, no início de janeiro. Isto se Lopetegui durar até lá mas como está aí o Natal e se tiver cuidado quando conduzir na cidade Invicta.

Arbitragem ajoelhou

Jorge Ferreira aponta para o centro validando o golo.

No Arouca.Boavista, o árbitro Jorge Ferreira olhou para o seu auxiliar Inácio Pereira e apontou para o centro do terreno, validando o terceiro golo dos axadrezados, que surgiu após um cabeceamento de Henrique que Bracali defendeu sobre a linha de meta. As imagens televisivas mostraram depois que a bola não transpôs o risco. No entanto…

Bracali e Lucas Lima reclamam com o árbitro a validação do golo.

Bracali correu para o árbitro auxiliar e, de joelhos, jurou pelos filhos que a bola não tinha entrada. Inácio Pereira mudou de opinião e depois do jogo argumentou que numa primeira análise pensou ter visto a bola (branca) dentro mas que a confundiu com os calções (brancos) do guarda-redes do Arouxa… Que a nossa arbitragem estava de joelhos já se pressentia mas custa um bocadinho ver isto confirmado desta forma brutal.

Proença está a comer o que não pôs no prato

7 Dezembro, 2015 2

"Não foi para isto que me chamaram!"

“Não foi para isto que me chamaram!”

Pedro Proença tem levado muita porrada nos últimos dias a propósito do contrato milionário do Benfica com a NOS e dos protestos de quem não foi contemplado.

No essencial, os doutos comentadores da nação, habituados a parir sentenças, argumentam que o presidente da Liga é um verbo de encher, o que, de certo modo, é o modo de vida dos primeiros.

Eu sei que posso parecer chato mas a realidade é bem diferente.

Antes do mais, importa dizer que os estatutos da Liga foram alterados em junho com o objetivo de não permitir decisões unilaterais do seu presidente. Hoje, o poder da Liga está centrado na sua direção e desta faz parte, por exemplo, o Benfica, para além de FC Porto, Sporting, Rio Ave, V.Guimarães, Oliveirense, Freamunde, Portimonense e um representante da FPF (Hermínio Loureiro).  Foi esta direção que, por unanimidade, definiu um Business Plan para os próximos 4 anos e uma das medidas aprovadas foi a centralização dos direitos televisivos.

Ora, Pedro Proença conheceu o negócio NOS/Benfica através da comunicação social! Depois de 5 reuniões com o representante do Benfica no colégio da Liga!

Logo, se alguém tem de ser responsabilizado por esta ultrapassagem pela direita não é apenas Pedro Proença mas toda a direção da Liga, entre os quais o…Benfica.

Depois, a Liga teve nos últimos dez anos cinco presidentes e todos tentaram a centralização dos direitos e nenhum conseguiu. E, que se saiba, Pedro Proença apenas cumpriu 4 meses de 4 anos de mandato.

Mas, sabe BnA, que gosta sempre de estar bem informado, o novo presidente da Liga não está propriamente a tentar passar por entre os pingos da chuva. A Liga já estuda uma espécie de mecanismo de solidariedade, tentando diminuir o fosso de receitas entre os maiores e o mais pequenos, sob a lógica de que sem pequenos não há grandes. Medida a apresentar numa próxima assembleia geral da Liga.

O desafio que Proença vai lançar aos grandes é precisamente o de adjudicarem verbas dos chorudos contratos que estão prestes a assinar para distribuir pelos outros. Falta apenas saber se os ricos estão dispostos a dar aos pobres uma esmola ou realmente algo que se veja. É aí que vamos ver se Proença tem capacidade para se assumir como a voz dos chamados pequenos e médios clubes, isto se António Fiúsa não se importar de lhe ceder os direitos de autor.

 

gazeta sete dezembro
Entretanto, cumprem-se hoje 20 anos desde que saiu para a rua o último número da “Gazeta dos Desportos”. Para todos aqueles que por lá passaram, como é o meu caso, e também para os seus muitos leitores ao longo de quase 15 anos, aqui fica a nota de saudade.