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Nos tempos que correm, o mais difícil em qualquer empresa é transportar para fora do trabalho a cumplicidade que aí se estabelece. É difícil mas perfeitamente possível, como o prova a forma como a..." /> Bola na Área - Record

Bola na Área

Record/Auferma não desarma

28 Fevereiro, 2015 0

Nos tempos que correm, o mais difícil em qualquer empresa é transportar para fora do trabalho a cumplicidade que aí se estabelece. É difícil mas perfeitamente possível, como o prova a forma como a equipa do Record/Porto, que tem o patrocínio da AUFERMA e equipa LACATONI, está a encarar a sua primeira participação na Liga Empresarial, competição de futebol de 7 disputada sempre fora de horas, ali em Pedras Rubras, a ver passar os aviões.

Perdemos de novo, desta vez contra a equpa da Amtrol-Alfa, cujos elementos seguiram do campo para a fábrica para um turno que começava à meia-noite, mas batemo-nos como uma equipa. Resultado final, 5-3, com 2-2 ao intervalo, com a nossa equipa a conseguir recuperar de dois golos mesmo com menos um elemento em campo. Na 2.ª parte, obviamente, demos o estouro.

Para a semana há mais.

Jesus pede empréstimo a Sócrates para pagar multa

24 Fevereiro, 2015 0

Segundo fontes bem colocadas, Jorge Jesus vai pedir um empréstimo a José Sócrates para poder pagar a multa de 39 euros que lhe foi aplicada pelo Conselho de Disciplina da FPP, na sequência da sua expulsão em Moreira de Cónegos.

O treinador do Benfica alega ainda que enquanto viu o jogo na bancada ficou sem um telemóvel, um anel de estimação e ainda a sua medalhinha da sorte, para além de um pacote de chicletes de pêssego.

Entretanto, Marco Silva enviou aos elementos do CD da FPF um presunto, duas garrafas de champanhe e votos de eterna gratidão pelo facto de Bruno de Carvalho ter sido suspenso durante um mês. Augusto Inácio também quis oferecer qualquer coisa mas mudou de ideias à última hora.

Principal adversário do Benfica chama-se “campanha”

23 Fevereiro, 2015 0

A vitória do Benfica em Moreira de Cónegos reavivou uma campanha que já estava lançada: a do favorecimento do Benfica pelas arbitragens.

É algo que se entende.

O campeonato encaminha-se para o seu fim e o campeão nacional continua na frente e com lastro.

Agora, contabiliza-se e hiperboliza-se tudo. A começar pelo número de jogos que o Benfica terminou com mais um elemento. Seria de bom tom também contar o que aconteceu com os concorrentes diretos…

Sendo o Benfica uma equipa que normalmente domina os seus jogos, perante adversários que têm de recorrer muitas vezes a faltas, não será pelo menos compreensível que essa vantagem se verifique algumas vezes?

Quanto ao que aconteceu em Moreira de Cónegos, discute-se que o primeiro golo do Benfica nasceu de um canto que não devia ter sido marcado pois no lance que lhe deu origem Salvio simulou penálti. Como as imagens rapidamente esclareceram o assunto, passou-se para a fase seguinte: afinal, o jogador do Moreirense nem tocou na bola e, como tal, seria pontapé de baliza.

Fiquei assim a saber que um canto é como um penálti, ou seja, um lance de golo iminente. Estamos sempre a aprender.

Quanto à expulsão do jogador do Moreirense por bocas aos árbitro, também fiquei a saber agora que são coisas normais dentro de um campo de futebol e que os regulamentos não são para cumprir à letra. Não é propriamente uma surpresa num país onde todos os que podem fogem ao cumprimento das suas obrigações (eu incluído).

Está o Benfica a ser favorecido pelas arbitragens? Não sei responder a esta pergunta. O que sei é o que vi. Pinto da Costa a defender o sorteio dos árbitros!

O primeiro dirigente português a defender o sorteio dos árbitros foi Pimenta Machado, sob o argumento de que não deixavam o V. Guimarães ser grande pois a troika controlava o sector. O sorteio já foi um facto, tanto com a arbitragem na FPF como na Liga. Não deu grandes resultados.

Mas porque pede Pinto da Costa o sorteio dos árbitros? O próprio fez subentender a resposta. No essencial, o FC Porto não está propriamente preocupado com o resultado das arbitragens dos jogos do Benfica mas com as nomeações de árbitros para os jogos do Benfica. No Dragão haverá a perceção não de que o Benfica escolhe os árbitros para os seus jogos mas de que escolhe os árbitros que não quer para os seus jogos. Falta saber se é só o Benfica que faz isto…

Os dirigentes desportivos portugueses sempre tiveram a sensação de ter os árbitros na mão. A história, mesmo a recente, dá-nos conta disso. Os clubes sempre tiveram elementos destacados para “controlar” a arbitragem e o Sporting até já mostrou o que fazia no tempo de Dias da Cunha, embora sob o argumento de que se estava apenas a defender do controlo que outros faziam…

O que é notável é quase todos continuarmos a entender que os árbitros não podem errar, que os comentadores são todos isentos e que os dirigentes defendem uma arbitragem pura e limpa.

Eu, por exemplo, quando olho para uma bancada e vejo lá o pai do árbitro com o cachecol de um clube que está a disputar o jogo não faço juízos de valor. Não me ponho logo a pensar que o cachecol foi emprestado pelo filho.

 

Falsas questões

21 Fevereiro, 2015 0

A semana, que para mim valeu muito por uma incursão ao coração do Douro, foi fértil no debate de falsas questões.

Um delas foi o roubo de que terá sido vítima o Sporting na jornada europeia a propósito de uma bola no braço. Um lance que tanto pode dar para um lado como para o outro. O que se viu foi um Sporting de certo modo infeliz mas essencialmente com poucos argumentos. E Portugal a cair no ranking da UEFA…

Outra questão diz respeito às claques. Elas fazem parte do “negócio futebol” mas normalmente é um assunto varrido para debaixo do tapete. Só o “Record”, noutros tempos, teve a ousadia de lhes dedicar um espaço, por sinal muito lido… O resto é o que todos sabem: os clubes que as têm legalizado não as controlam e os que não as legalizam tentam controlar. Se quiserem saber mais, comprem o livro “O Líder”, se o encontrarem, o que não é fácil…

Por fim, temos o problema das relações entre os grandes. Parece que se descobriu agora que estão de costas voltadas. O que nem é verdade pois continuam juntos nos bastidores. O que está a acontecer em termos institucionais é o que sempre aconteceu. Ou seja, show off.

Por fim, tivemos o caso da “bomba” do José Gabriel Quaresma no avião do Sporting. Zé, espantado com o ataque dos puritanos?, sério?, não sabias que nas redes sociais (e não só) medra o fundamentalismo e a inteligência ausentou-se juntamente com o sentido de humor?, estavas mesmo distraído, pá?, não sabias o que a casa gasta?, ok, aquele abraço de solidariedade de quem sabe muito bem o que isso é e até já recebeu um aviso da comissão da carteira profissional…

Não está em causa a pertinência dos debates, apenas se devia ter a consciência de que são debates sobre o sexo dos anjos, o que é no mínimo naif quando temos aí o Grey a bombar nas sombras.

Era só isto.

2.ª Liga: a verdade e as mentiras

19 Fevereiro, 2015 0

Esta semana tive oportunidade de conhecer a realidade do Grupo Desportivo de Tondela e o seu presidente, Gilberto Coimbra.

Foi uma lufada de ar fresco encontrar um clube pequeno mas organizado e focado num objetivo.

Infelizmente, a realidade é bem diferente.

 Na 2.ª Liga pululam os clubes em incumprimento. Estranhamente continuam a poder inscrever jogadores e a operar.

 Vi também o Leixões-Chaves, numa 4.ª feira à tarde, sempre com o núcleo duro leixonense presente e com duas centenas de adeptos do clube transmontano.

 No fundo, a 2.ª Liga é o espelho do país: as coisas não estão bem mas funcionam.

 Será a nossa sina.

Entretanto, apreciem este golo de Zé Tiago, um dos craques dos leões da serra do meu estimado amigo Francisco Chaló. 

 

Os dias da rádio

13 Fevereiro, 2015 0

No Dia Mundial da Rádio recordo Jorge Perestrelo, com quem tive a honra de fazer dupla na transmissão de vários jogos, entre os quais destaco um Bayer Leverkusen.Benfica (4-4) em que mandou à *** o Vítor Paneira, um Checoslováquia-Portugal em que a 5 minutos do fim se recusou a continuar a comentar o jogo e tive de ser eu a fechar a emissão e um Barcelona-FC Porto no qual disse ao David Borges para deixar o miúdo, que era eu, continuar a malhar no Robson pois estava a malhar muito bem. Na sua inigualável figura homenageio todos os meus colegas da rádio. Aquele abraço, saravá.

 

Claques só dão prejuízo mas às vezes dão jeito

10 Fevereiro, 2015 0

As claques, ou grupos organizados (!!!!!), são uma fonte de problemas para os clubes. Para os grandes e para os mais pequenos.

Ali se acolitam todo o tipo de marginais mas também gente que leva a sua vida sem incomodar o próximo.

Atente-se. Pela primeira vez na história do futebol português, um clube é presidido por um antigo membro de uma claque: Bruno Carvalho, conhecido Juve Leo.

Está por apurar quanto o Estado português gasta com o aparato policial habitual no acompanhamento das maiores claques, com os agentes de segurança de prevenção horas infinitas e a percorrem o país, mas é fácil perceber quanto os clubes gastam em multas resultantes do mau comportamento desses grupos.

Mas o pior é mesmo o vandalismo que se manifesta não apenas nos estádios mas também numa estação de serviço acessível ao mais incauto dos cidadãos. Um conhecido líder de uma claque até detalhou em livro – cuja primeira edição ardeu misteriosamente… – como se deve iludir a polícia quando o alvo é a zona de snack de uma gasolineira…

A verdade é que os clubes em regra não se querem associar às suas claques mas acabam sempre por de certo modo patrocina-las, sobretudo na cedência de bilhetes, com isto proporcionando aos respetivos líderes uma boa fonte de rendimento, obviamente sempre em prol do coletivo. Há momentos em que as claques dão muito jeito…

Como se sabe, grande parte das claques estão hoje legalizadas. Mas nem por isso os problemas desapareceram. Hoje são apenas problemas legais, como eram antes. O que fazer com as claques e com a sua falta de sentido humor? Não sei.

No fundo, aqueles que ali se acolitam apenas refletem o que se passa ao mais alto nível. Só que com mais barulho e de forma descarada. A aldeia dos macacos não é um exclusivo do zoo de Lisboa.

 

Dá sempre jeito ter um Jardel na equipa…

8 Fevereiro, 2015 0

Este domingo tive sorte. Mandaram-me fazer a cobertura do Arouca-Nacional da Madeira e vi seis golos e uma reviravolta no marcador. Para além disso, tive oportunidade de comprar o pão de ló que esgotou quando recentemente por lá passou o Sporting…

Quanto ao ansiado dérbi dos dérbis, com a licença do Senhora da Hora-Infesta, teve um resultado serôdio e pífio.

Um jogo fraco, apenas com a emoção própria destes encontros.

Podem agora dizer que Jorge Jesus foi para Alvalade a pensar no empate. É bem possível. E se mais alguma coisita caísse, tudo bem.

Este empate acaba por ser saboroso para o Benfica sobretudo pela forma como foi conseguido.

Dá sempre jeito ter um Jardel numa equipa, sobretudo quando ele se disfarça de defesa central.

O Sporting teve mais jogo e teve mais bola mas o que conseguiu foi, na minha modesta perspetiva, muito aquilo que o Benfica lhe quis dar. Mas faltou claramente ao Benfica outra pica e outro pique. JJ está a dar demasiada carga de treino e depois as pernas não correm mas é provável que esteja já a olhar mais para a frente. Com ele é sempre de desconfiar.

Segue o campeonato e não se esqueçam: o Sp. Braga só está a 6 pontos de um Sporting que está a 7 do Benfica e a 3 do FC Porto.

 

Agora na Liga somos todos amigalhaços

6 Fevereiro, 2015 0

A história da Liga de Clubes está ainda por escrever (escreve-se tanto porcaria e de isto ainda ninguém se lembrou) e por isso ouso fazer aqui uma pequena resenha.

A Liga de Clubes Profissionais de Futebol nasceu no início dos anos 80, na sequência de diversos movimentos associativos, e teve em Lito Gomes de Almeida e João Aranha os seus pais fundadores. A Liga não pegou propriamente de estaca mas só na década de 90 conseguiu finalmente emergir, numa tentativa dos clubes para terem uma voz ativa num ambiente dominado pela todo-poderosa FPF. Nesse período, Pinto da Costa e Manuel Damásio chegaram a assumir a presidência do então organismo autónomo mas foi Valentim Loureiro quem afirmou definitivamente a Liga como um player do futebol português. O major trouxe a arbitragem e a disciplina para a Liga, mandou fazer a sede no Porto e só não continuou porque foi apanhado nas escutas do Apito Dourado, por causa de jogos do Gondomar, equipa então na 2.ª divisão B, ou seja, fora do círculo do futebol profissional.

Valentim Loureiro – o tal que, um dia, assumiu a hipoteca pelo Estado do balneário e da retrete dos árbitros do Estádio das Antas – deu dimensão à Liga de Clubes e foi na condição de presidente da assembleia geral que viu Ricardo Costa acusar o Boavista, o FC Porto e o U. Leiria de crimes de coação e tentativa de corrupção. Nessa altura a Liga já era presidida por Hermínio Loureiro.

Hermínio Loureiro não foi um político que caiu de paraquedas na Liga. O agora membro da comissão executiva da Liga e vice-presidente da FPF sempre foi um homem do desporto, o que o qualificou para secretário de Estado da respetiva tutela. Hermínio deu à Liga o que lhe faltava: dimensão técnica e comercial, competência, qualificação de quadros. Fez um trabalho notável mas acabou por ser vítima do Apito Final pois quem levou com ele não lhe perdoou o facto de ter dado carta branca à comissão disciplinar.

Criou-se uma situação delicada na Liga mas foi mais ou menos bem resolvido com Fernando Gomes. O antigo administrador da FC Porto conseguiu mesmo continuar a avançar no capítulo da sustentabilidade. Mas a vacatura de Gilberto Madaíl na FPF tirou-o demasiado cedo da LIga. Com ele foram para a FPF os principais quadros da Liga, com destaque para Carlos Lucas e, sobretudo, Tiago Craveiro.

A vitória de Mário Figueiredo nas eleições contra o candidato, digamos, do sistema (António Laranjo) baralhou todas as contas. Figueiredo surgiu como paladino da defesa dos interesses dos pequenos e médios clubes. Principal objetivo, retirar à Olivedesportos o monopólio dos direitos televisivos e conseguir a centralização dos mesmos, duplicando, no mínimo, as receitas dos clubes pequenos e médios. Era um desafio enorme pois é sabido como é difícil mudar o que está instituído.

Mário Figueiredo escolheu caminhar por terreno minado.

O que aconteceu todos sabem: foi perdendo apoios, os patrocinadores começaram a fugir e a FPF passou a ver a Liga com um olho no burro e outro no cigano.

A Liga passou a ter um papel primeiro de outsider, logo a seguir de pária.

O processo culminou no dia em que Mário Figueiredo, temendo um golpe de Estado, mandou fechar a Liga a cadeado e fez com que os principais dirigentes reunissem na área de limpeza da bomba de gasolina que confronta com a sede da Liga.

Figueiredo passou a ter os dias contados mas ainda conseguiu estrebuchar antes de sair.

Luís Duque ocupou o seu cadeirão com a bênção de FC Porto e Benfica. O Sporting, que apoiou quase até ao fim Figueiredo, mantem-se na expetativa. Sem surpresa, os clubes deixaram de pressionar a Liga quanto aos prémios devidos e o campeonato passou a ter um patrocinador de peso, a NOS. Na cerimónia que fechou o contrato, parte da elite do dirigismo português esteve presente. Nem Fernando Gomes, presidente da FPF, faltou. E Joaquim Oliveira, o alvo favorito de Figueiredo, sentou-se na 2.ª fila do auditório.

A Liga de Clubes segue o seu caminho. Falta saber se perdeu uma oportunidade para equilibrar um campeonato cada vez mais desigual e para se libertar de velhos automatismos. Vai ser difícil sair deste paradigma enquanto os clubes que estão a seguir aos grandes dependerem destes para, como se viu na última janela de mercado, reforçarem as suas equipas e sobretudo realizarem vendas que de outro mundo jamais conseguiriam fazer. Quanto aos clubes do fundo da tabela, têm de se continuar a contentar com os 2 milhões/ano da Olivedesportos e com a saúde financeira dos seus mecenas.