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Não sei o que se passa com quem…passa pelo cargo de presidente do Sindicato dos Jogadores mas a verdade é que é um cargo que garante bom futuro. José Couceiro, por exemplo, continua por aí e..." /> — ler mais..

Não sei o que se passa com quem…passa pelo cargo de presidente do Sindicato dos Jogadores mas a verdade é que é um cargo que garante bom futuro. José Couceiro, por exemplo, continua por aí e..." /> Bola na Área - Record

Bola na Área

Carraça não larga o osso

30 Novembro, 2013 0

Não sei o que se passa com quem…passa pelo cargo de presidente do Sindicato dos Jogadores mas a verdade é que é um cargo que garante bom futuro.

José Couceiro, por exemplo, continua por aí embora ainda use blazer com cotoveleiras.

António Carraça chegou a diretor desportivo do Benfica e não foi nada fácil tirá-lo de lá.

Couceiro é de novo treinador do V. Setúbal mas muitos queriam-no na presidência da Liga.

Carraça saiu do Benfica mas continua com um pé lá dentro, apenas à espera que Jorge Jesus receba guia de marcha (o que não está nada fácil).

Hoje, no Record, António Carraça conta a sua versão da história. Fala de Jesus como um psiquiatra fala de alguém que foi lobotomizado, fala de bruxos e curandeiros e fala ainda de um tal “engenheiro” brasileiro que continua na Luz a “motivar” os atletas e o treinador. Ou seja, lava a *** da cueca.

É assombroso que Carvalho da Silva não tenha podido, após muito anos de sindicalismo, ascender à presidência da República e que Torres Couto se tenha perdido nos meandros da política. Eram potencialmente tipos com muito mais futuro.

Mas o futebol é diferente do mundo sindical. Por aqui medram estes personagens que se equilibram eternamente e que apregoam projetos modernos de ciência feita. Tudo tretas e balelas. Saber de futebol é muito mais do que isso. Saber de futebol é ter “feeling”, é ter nascido com o dom, é predestinação e talento, argúcia e esperteza, risco e coragem…

Não é para todos.

Repare-se em Pinto da Costa. O homem nasceu para isto. É um jogador de xadrez adaptado ao jogo das 17 leis: quando faz uma jogada, já está a preparar o que vai fazer 20 jogadas depois.

Acreditar nos Carraças e nos Couceiros é a mesma coisa que acreditar que um computador pode substituir um árbitro ou que é possível fazer uma boa cabidela com frango de aviário. Ou acreditar que a vaca que ri pasta nos Açores.

Mas vamos todos ver em breve que os “Carraças” deste futebol vão continuar por aqui. Não acontece só no futebol. O mundo das empresas também está enfestado de profissionais que passam toda uma carreira com bons vencimentos e desviando-se de todos os pingos de chuva, ora graças ao encosto dos amigos, ora porque o sistema necessita também destes fautores de inércia, que dão muito jeito quando é preciso ter uma plateia de néscios que aplaude a nossa incompetência.

No fundo, o parasitismo é em si um mérito.

Também não é para todos.

João Santos: um dos melhores da nossa arbitragem

29 Novembro, 2013 0

Chegou ao fim a minha carreira internacional como arbitro assistente.
Acabei na Ucrânia no shaktior donetsk – real sociedade da liga dos campeões.
Foram onze anos de muito sacrifício e muito querer com algumas coisas más mas imensas boas, acima de tudo ganhei grandes amigos, baterem me uma salva de palmas na reunião de jogo marcou- me profundamente. Tive e tenho grandes amigos, obrigado a todos especialmente á minha família que muito se sacrificou e me ajudou em que pudesse representar o país da melhor forma possível.
Saio pelas restrições de idade mas saio de cabeça erguida.

Foi com estas singelas palavras que João Santos, um dos nossos melhores árbitros assistentes, se despediu da arbitragem internacional. Por norma olhamos para os árbitros com suspeição e relevamos os seus erros. Há muito tempo que aprendi a respeitá-los, sobretudo a partir do momento em que me vi com uma bandeirinha na mão num curso que se realizou em Melgaço. Para o João, o meu obrigado pelo muito que deu ao futebol português.

 

Entrevista com Jesus, o que não se salvou

15 Novembro, 2013 0

Parei esta semana na área de serviço de Fátima.

Encontrei lá um velho amigo, Jota Jesus, também conhecido por JJ 2, hoje treinador do Fornos de Algodres, outrora promissor treinador de uma equipa minhota.

Foram 5 minutos de agradável conversa.

– Meu amigo, por aqui?

– É verdade. Vim por duas velinhas. Esta semana temos um importante jogo com o Mangualde.

– Deves ter um irmão gémeo no Benfica…

– É meu confrade. Costuma vir aqui. A semana passada fez a via sacra de costas e de joelhos.

– Também não é caso para menos, ganhar ao Sporting com um golo daqueles…

– É, foi milagre. Mas nem sempre resulta. Antes do jogo com o FC Porto também o vi por aqui.

– Fez algum ritual especial?

– Vinha com o Bruxo de Fafe e um saco de velas negras.

– Porra.

– O homem tem fé mas é muito supersticioso. Passa a vida em Aveiro a comprar sal.

– Ele está é rico…

– Parece que sim, ganha 2 milhões por ano no Benfica.

– Limpinhos?

– Limpinhos. E acaba de recuperar 700 mil do BPP…

– Ganha-se bem a treinar. Só tu é que não tiveste sorte.

– É, mal dá para o tabaco. Mas tá-se bem. Um dia a minha hora vai soar.

– É isso, com sangue, soar e lágrimas.

– E trabalho, a malta esquece-se sempre que o Churchill falou em trabalho.

– Mas diz-me lá, é verdade que às vezes fazes de duplo do homem?

– Não digas a ninguém mas é. Fui eu que ganhei ao Sporting, o Vieira deixou-o fechado na casa de banho do Seixal.

– Ah, bem me parecia. E és tu que jantas com o Cardozo?

– Também. Mas o gajo já me topou. Outro dia esqueci-me das chicletes de pêssego e disse uma palavra difícil: ementa.

– O que mudarias no Benfica se pudesses?

– Mudava de JJ.

– Tem paciência.

– É o que tenho mais. Dá-lhe cumprimentos meus. Diz-lhe que já sei quem é a bruxa do Alto Minho que o tramou o ano passado.

– Essa é boa…

– Por acaso é. Mas a Elsa era melhor.

Duarte Gomes e os atrasados mentais

11 Novembro, 2013 0

 

Duarte Gomes não fez uma arbitragem perfeita no Estádio da Luz, O Sporting queixa-se de dois penáltis que ficaram por marcar num jogo que foi a melhor propaganda para o futebol também devido ao trabalho do árbitro.

Um grande jogo já estragado pelos atrasados mentais, fanáticos e otários do costume. Aqueles que estão cego pela clubite e que, infelizmente, têm direito a palanque numa televisão qualquer.

Foi esse o caminho que sobretudo as televisões quiseram seguir em nome, digamos, da polémica e do espectáculo: dar antena a trauliteiros de vistas curtas que numa qualquer tasca deste país seriam corridos a pontapé.

Por sso, ninguém fala da fantástica decisão de Duarte Gomes e da sua equipa no lance do frango de Rui Patrícia e na forma ridícula como o guarda-redes da seleção nacional (ups) tentou demonstrar que a bola não tinha entrado. Sem chip na bola, o árbitro decidiu bem, o que é chato para a tal petição…

Vimos todos um grande jogo e uma arbitragem que não lhe ficou muito atrás. Com erros, sim, mas no geral boa.

Mas o que interessa por ora é atirar esterco para o que há de mais puro no desporto-rei. O que seria no mínimo uma infâmia num mundo de gente inteligente e lúcida mas que é algo de perfeitamente normal nesta nave dos loucos.

 PS – Gostava que me dissessem quando e onde é que Duarte Gomes se assumiu como benfiquista. Ok, Pedro Cibrão, foi mesmo aqui: http://relvado.sapo.pt/diversos/duarte-gomes-sou-adepto-benfica-exclusivo-226986

E depois?

 

Noites Europeias – tudo o que precisa de saber e ainda muito mais

9 Novembro, 2013 0

João Nuno Coelho é um benemérito do futebol português. Tudo o que continua a fazer pela história do nosso association só merece o nosso aplauso. As futuras gerações irão ainda valorizar o seu trabalho. Por isso, volto a recomendar este “Noites Europeias”, agora em tourné nacional. A saber:

O livro Noites Europeias – uma história das competições europeias de clubes (1897-2013), de Miguel Lourenço Pereira e João Nuno Coelho, vai inicar uma série de apresentações no próximo domingo, dia 10 de Novembro, na FNAC do Marshopping, em Matosinhos, pelas 17 horas.

Noites Europeias aborda a evolução das competições europeias de clubes, possuindo o carácter inédito de explorar as suas origens, muito anteriores às primeiras provas da UEFA. Desta forma, o livro conta uma história com mais de cem anos, sempre contextualizada com as transformações sócio-políticas que moldaram o Velho Continente e o seu futebol. Uma História feita de muitas histórias, nomes míticos, inovações tácticas e técnicas, jogos, equipas e rivalidades memoráveis, muitas delas envolvendo protagonistas portugueses

Noites Europeias representa ainda o pontapé de saída de uma nova editora, exclusivamente dedicada ao futebol e que pretende dar a conhecer visões alternativas sobre este universo, a “Amor à Camisola”.

Esta apresentação enquadra-se num novo calendário de apresentações oficiais do livro Noites Europeias na Grande Lisboa e no Grande Porto para o próximo mês.

Nas lojas Fnac Portugal de Lisboa, Alfragide, Almada, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, os autores do livro Noites Europeias – Miguel Lourenço Pereira e João Nuno Coelho – e uma série de convidados especiais, com vários protagonistas (e vencedores) de provas europeias com equipas portuguesas vão sentar-se a falar sobre o livro, o papel de Portugal nas competições europeias e a magia dos torneios entre clubes europeus no imaginário dos adeptos.

Será um mês de apresentações, viagens, memórias e emoções à flor da pele. Só falta que vocês marquem presença e assinalem no vosso calendário o dia ideal para esta aventura.

DIA 10 de Novembro, 17h00 Mar Shopping, Matosinhos Painel Moderado por João Nuno Coelho com a presença de Daniel Seabra, antropólogo e especialista em claques de futebol e violência nos estádios, e Francisco Pinheiro, historiador do desporto.

DIA 13 de Novembro, 18h00 Centro Vasco da Gama, Lisboa Painel Moderado por Miguel Lourenço Pereira com a presença de José Augusto (bicampeão europeu com o Sport Lisboa e Benfica), Manuel Pedro Gomes (vencedor da Taça das Taças com o Sporting Clube de Portugal) e Nuno Madureira (director-adjunto do site Maisfutebol) DIA 15 de Novembro, 22h00 Gaiashopping, Vila Nova de Gaia Painel Moderado por Alvaro Costa (Oficial) com a presença dos autores e de António Frasco (campeão europeu com o Futebol Clube do Porto).

DIA 22 de Novembro, 21h30 Centro Comercial Alegro, Alfragide Painel Moderado por João Nuno Coelho (convidados a confirmar)

DIA 5 de Dezembro, 21h30 Almada Forum, Almada Painel Moderado por João Nuno Coelho (convidados por confirmar)

(O)caso Carolina Apagada

5 Novembro, 2013 0

Desculpem qualquer coisinha mas o meu computador pifou e parece que está a ser estudado pela Toshiba.

Como todos sabem, Carolina Salgado foi varrida da história do FC Porto. Também ninguém estava à espera que, tal como o Kelvin, tivesse direito a um cantinho no museu portista.

A putativa senhora viveu mais de seis anos com o homem a quem chamam Papa. Não me estou a referir obviamente a João Paulo II mas sim ao notável criador dos dragões, o beato Jorge Nuno.

Ainda não tive oportunidade de ver o museu portista mas o que me dizem é que é excelente. Este tipo de espaços museológicos que têm como objetivo principal um certo apelo ao culto local desde logo me causa alguma apreensão mas dou de barato que a coisa esteja bem feita, até porque alguns amigos meus, que muito considero, estiveram envolvidos no projeto.

Quanto ao desaparecimento de Carolina da foto com o Papa, só pecou pelo facto de terem trocado a senhora que um dia foi homenageada pelos Super Dragões pelo padre Jorge Duarte, antigo presidente do Tirsense, o clube dos jesuítas.

O padre Jorge, que não o Papa Jorge (não confundir com o atual), até estava lá mas não propriamente naquela posição (e todos sabemos como a posição é importante).

Pinto da Costa um dia disse do jornal “24 Horas”, antes do aparecimento deste, que não percebia como é que um convento podia ser dirigido por alguém que dirigia uma casa de putas, presumo que referindo-se a José Rocha Vieira, um dos meus diretores que se passar por mim bem me pode dar um pontapé pois garanti-lhe que não ia para A BOLA mas acabei mesmo por ir, com o número zero do 24 debaixo do braço.

Ora bem, esta é uma afirmação muito grave pois, como todos sabemos também, há por aí muito administrador que fez grande parte do seu percurso precisamente como dono de uma casa de alterne. E estas, valha a verdade, cumprem um importante papel social. Quanto mais não seja, acolhem veteranos de guerra que procuram o amor numa garrafa de espumante e num slow dos anos 80, antes da habitual peregrinação (de carro) a Santiago Compostela.

Carolina, tem por isso paciência. Não perdes muito por não estares no museu mas tens razão: quanto mais te apagarem da história, mais na história tu apareces.