O documento anda aí a correr as redes sociais. E contém algumas questões no mínimo pertinentes.
O “poder” é hoje um bem quase absoluto.
Quem o tem não gosta de reparti-lo.
A culpa não é dessa chusma de livros sobre liderança – um dia iremos verificar o quão fraudulento é isto… – mas é apenas um sinal dos tempos.
O chamado “trabalho de equipa”, com responsabilidades repartidas, foi de novo arrumado na prateleira das utopias.
Por isso, é como diz o empresário Araújo: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
No Sp. Braga manda António Salvador.
Leonardo Jardim não quis o poder do presidente.
Apenas quis também participar nas decisões.
Não deu e adeus.
Não faltam pretendentes ao trono de Jardim e o treinador tem mercado à sua espera.
O Sp. Braga perdeu, por seu lado, um bom treinador e um excelente líder. Mas Salvador pode finalmente avançar sem obstáculos.
Manda quem pode.
Os jogadores da seleção nacional na sua grande maioria são milionários mas não deixam de ser meninos.
Jogam quase todos em grandes europeus e o seu contacto com a realidade que é Portugal é mínimo.
Quando se ganham milhões e é coisa de somenos a capacidade do depósito de um Ferrari, quando se tem mais tatuagens que pele natural, quando os compromissos publicitários se acumulam, já não estamos a falar de jogadores de futebol.
Aí, estamos sempre a falar de supra-futebolistas cujas prioridades e sentimentos vão muito para além do imaginado pelo comum dos mortais.
Neste contexto, fazer descer à Terra este grupo de estrelas é sempre o grande trabalho de um treinador.
Terá Paulo Bento estaleca para isto? Conseguirá ele fazer com que este grupo se desligue do Mundo para durante um mês e meio se focar no objetivo que é conquistar a primeira grande competição da equipa de todos nós?
Já estivemos perto algumas vezes, com Oliveira, Humberto e Scolari. Cada um no seu jeito, todos conseguiram transformar um grupo de meninos ricos num grupo de meninos que gostam de jogar à bola durante aquele espaço temporal necessário.
É isto o mais importante e não tanto as tácticas e as opções técnicas. Deixemos isso para os teóricos da bola.
Na hora do tudo ou nada, o que conta é isto: osmose e empatia.
Se todos se esquecerem dos Lamborguinis que estão na garagem e das beldades das passereles, Portugal terá mais uma oportunidade para tocar o céu. E Raul Meireles terá mais uma razão para fazer mais uma tatuagem (não sei é onde)
Adrien regressa a Alvalade mas é vendido ao FC Porto.
Vítor Pereira recebe proposta irrecusável de equipa grega ou chinesa.
André Vilas-Boas recusa 47 propostas e regressa ao FC Porto.
Cardozo vendido a um clube inglês.
Passivo do V. Guimarães ultrapassa os 30 milhões de euros.
Luisinho e Vítor no Sp. Braga.
Lima no FC Porto.
Fernando Couto treinador do Paços de Ferreira.
Cristiano Ronaldo lesiona-se durante o Euro 2012.
Marques Mendes apresenta-se como candidato à presidência do Benfica.
Fotos LUÍS VIEIRA
Grande manifestação de leixonismo esta tarde na resposta a uma crise que ameaça o futuro do clube nos campeonatos profissionais.
O eucalipto não seca tudo.
O grande Leixões resiste.
Ok, todos percebemos.
O presidente do Benfica estava entalado.
Custou perder o campeonato assim…
Ei-lo que salta novamente a terreiro para, a propósito de um jogo de basquetebol, lançar o anátema sobre o seu grande rival e antigo amigo e mentor.
O líder dos encarnados, que corre para mais uma reeleição sem oposição, usou as palavras “ladrão”, “corrupção”, “fruta” e “café com leite”. Leu o que estava escrito num papel. Ou seja, o que disse foi bem pensado.
A responsabilidade de um líder de um grande clube é enorme e não foi Luís Filipe Vieira o primeiro a não respeitar esta regra.
A “jihad” está lançada.
O presidente do Benfica abriu uma frente de batalha mas, como todos os generais, não vai estar na 1.ª linha.
As primeiras consequências possivelmente vão ser sentidas por um inocente. Por alguém que depois disso jamais voltará a um estádio de futebol.
Um desporto que se promove exatamente assim, falando de roubos e de corrupção.
Não que isto não exista.
Mas é o povo que o diz: a ocasião faz o ladrão.
Nem mais.
Entretanto, o FC Porto já respondeu.
Destaco estes dois pontos da resposta:
8 – Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que fecham os olhos à forma como o leitor enriqueceu. É o alpinismo social.
9 – Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que confundem risco com linha, ou que julgam que coca-cola só tem quatro letras.
Nas barbas do estado-maior portista, o Benfica sagrou-se campeão nacional de basquetebol no Dragão Caixa.
Com o pavilhão apenas com adeptos portistas presentes, o Benfica não teve condições para receber o seu troféu no recinto desportivo mas a Federação entregou aí as medalhas ao FC Porto. A Taça teve de ser entregue ao Benfica no balneário.
Pior que não saber ganhar só mesmo não saber perder.
O que estava no papo ficou atravessado na garganta. E não havia necessidade…
O resto é a história que se conhece: quando se dá corda aos jagunços, os problemas acontecem.
Mas, claro está, mais uma vez a culpa foi da polícia!
Mas, claro, segundo JN apenas dois factos foram relevantes: Pinto da Costa defendeu os adeptos (título interior) e contestou a polícia.
É a isto que podemos chamar jornalismo interpretativo.
Entretanto, o Pedro Ribeiro deu-lhe forte.
A verdade é que o Carlos Lisboa excedeu-se…para não dizer outra coisa. Mas são coisas que acontecem no calor da noite. Ou da tarde.
Já aqui disse que o Camolas foi um dos jogadores que animou a minha infância e juventude. Hoje vive um momento difícil.
Aqui deixo a mensagem do Joaquim Charouco:
O CAMOLAS,está há cerca de um mês hospitalizado. Não tenho dito nada,para ver se melhorava e saía do Hospital.Infelizmente isso ainda não aconteceu,e agora ,vai ser operado ao coração. PEDIU-ME, repito: PEDIU_ME, que participasse aos nossos amigos todos,e lhes enviasse um abraço à Camolas. Estou com ele todos os dias,não vou “largá-lo”,e rezo para que tudo lhe corra bem…o pedido que me fez está satisfeito.
O Vitória de Guimarães é hoje um clube que luta pela sobrevivência.
Deve-o a este homem.
Emílio Macedo conseguiu o que parecia impossível: aumentar o passivo de 8 para 22 milhões de euros, patrocinar uma causa de outro clube, prometer que pagava os ordenados em atraso e deixar a batata quente para a direção seguinte e ainda ser o responsável pelo facto de na próxima época o Vitória não participar nas competições europeias.
Por muito menos se pôs em causa a gestão de um homem que, durante 24 anos, dirigiu um Vitória que quanto mais não seja não se deixou ultrapassar pelo rival de Braga.
Vamos lá ver o que é que a atual direção vitoriana faz para apurar responsabilidades.
Estou curioso.
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