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Neste mundo-cão, onde o que hoje é verdade amanhã é mentira, onde se passa num instante de bestial a besta, onde a bufaria e a incompetência campeiam, gestos como estes são cada vez mais raros. Qu..." /> — ler mais..

Neste mundo-cão, onde o que hoje é verdade amanhã é mentira, onde se passa num instante de bestial a besta, onde a bufaria e a incompetência campeiam, gestos como estes são cada vez mais raros. Qu..." /> Bola na Área - Record

Bola na Área

GRATIDÃO

29 Janeiro, 2011 0

Neste mundo-cão, onde o que hoje é verdade amanhã é mentira, onde se passa num instante de bestial a besta, onde a bufaria e a incompetência campeiam, gestos como estes são cada vez mais raros. Quando remodelou, recentemente, as suas instalações, a Liga de Clubes não se esqueceu de convidar Valentim Loureiro e de registar o seu nome numa placa ao lado do anterior presidente da Liga. Valentim, recorde-se, foi o homem que trouxe a Liga para o Porto e que “inventou” as actuais instalações.

Fica o registo.

TOURADA DE ANÕES

21 Janeiro, 2011 0

Num país de falsos moralistas, a organização de uma tourada de anões funciona como uma espécie de desafio aos defensores dos animais e da carne picada. O que estão a ver aconteceu mesmo em Cucujães, concelho de Oliveira de Azeméis, por iniciativa de um alentejano aficcionado que ali tem um excelente restaurante (é o homem que está a pegar o bicho). Trata-se de um espectáculo pantonimeiro levado a cabo por um grupo de pequenos espanhóis. Como muitos que se vão realizando pela província, atraindo bastantes curiosos. Os defensores dos direitos dos animais ficam aqui com mais um argumento contra as touradas pois podem também passar a defender os anões. O nanismo é, como todos sabem, uma doença que muitos energúmenos têm aproveitado, de que é exemplo o escritor Tolkien. Como disse um dia Manuel José, ou seria Toni?, quando treinou o Benfica: “Agora só falta mesmo que neste circo o anão comece a crescer…”

 

DECADÊNCIA E QUEDA DE UM IMPÉRIO

17 Janeiro, 2011 0

Como muitos já devem ter percebido, a crise do Sporting é sobretudo estrutural. Vê-se há muito tempo o osso, a carne há muito que foi comida.

O Sporting está nas mãos dos bancos e sem capacidade para concorrer internamente com Benfica e FC Porto. Ainda não sabemos o que pode acontecer a estes clubes se por acaso algo correr mal neste ciclo de crescimento no investimento mas a verdade é que FCP e SLB aparentemente ainda não dependem de terceiros para traçar estratégias.

Não é o caso do Sporting. Para além de estar nas mãos dos bancos, colocou-se também nos braços do empresário Jorge Mendes.

Não podemos esquecer que o Sporting foi duas vezes campeão nacional na primeira década do novo século, o que parecia prenunciar uma retoma. Mas já então o clube estava num colete de forças a nível económico e financeiro. De pouco valeram, por isso, estes fogachos.

O Benfica, pelo seu lado, fez a purga completa. Bateu no fundo e voltou. Está forte, apetecível, perspectivando novos modelos de negócios.

Quanto ao FC Porto, enquanto Pinto da Costa estiver por lá será sempre líder no capítulo desportivo, embora seja cada vez mais evidente o PERIGO VERMELHO.

Tal como não tem capacidade para 3 jornais desportivos, o país hoje já não suporta três clubes grandes. Somos demasiado pequenos.

O desastre do Sporting resulta, na minha modesta perspectiva, de uma sucessão de erros de casting que já vem desde o tempo de Jorge Gonçalves, que se prolongaram com Sousa Cintra, que José Roquette não soube detectar, que Dias da Cunha diagnosticou mas não foi capaz de resolver e que agora José Eduardo Bettencourt manifestamente declara não ter sido capaz sequer de fazer a respectiva profilaxia.

O Sporting precisa de reformular os seus objectivos. A começar na formação. Não pode continuar a abastecer os outros clubes com grandes jogadores que vende a preço de saldo. É doloroso e quase apetece dizer que para continuar a assim o melhor é estar quieto.

Esta “belenensização” do Sporting parece um processo irreversível. Cabe agora aos sportinguistas mostrarem a raça do leão, não confiando apenas num homem a recuperação, mas sim confiando no que resta da força colectiva para a remontada.

Os milagres às vezes acontecem.