Uma entrevista naturalmente com conteúdo:
http://futebolespt.blogspot.com/2010/08/entrevista-pedro-azevedo-faltou.html
O tema da sucessão de Pinto da Costa é recorrente. Porém, completamente estéril ou, como diria Manuel Machado, sem ponta de matéria seminosa.
Hoje, o CM aponta António Salvador como o grande candidato à sucessão a Pinto da Costa.
Vamos por partes. Ninguém vai suceder a Pinto da Costa.
Talvez fosse melhor falar na secessão, ou seja, na “desagregação” física de um homem a caminho dos 73 anos e que naturalmente não poderá presidir eternamente ao FCP. Mas até lá…
Até lá vamos continuar a ver coisas deste tipo, embora este seja um exercício claramente com alguma lógica.
É certo que António Salvador é portista desde pequenino, é verdade que, em sete anos na liderança do Sp. Braga, já mostrou que sabe da poda, repito, poda. Mas Salvador corre o risco de ver um sonho ultrapassar outro, com o Sp. Braga a assumir-se como um grande.
O grande candidato à secessão de Pinto da Costa, se não cessar entretanto, continua a ser ANTÓNIO OLIVEIRA.
O resto é folclore.
Manifestamente, o Benfica comprou gato por lebre.
Roberto não era guarda-redes para o Atlético de Madrid, também não é guarda-redes para o Benfica.
O que custa a entender é como o Benfica deu 8 milhões pelo seu passe. Alguém vai ter de explicar isto.
Já todos sabemos que Jesus não quis Eduardo. O melhor guarda-redes português só custava 4 milhões de euros.
Um erro de casting todos podem ter. O que não se pode conceber é a insistência do treinador do Benfica em justificar os frangos de Roberto. Um guarda-redes que em duas jornadas apenas pode ter comprometido toda a época de um Benfica que treme sempre que a bola cai na sua área.
Reverter esta situação vai mostrar, ou não, o génio de um treinador cuja arrogância justifica claramente o sarilho onde se meteu.
Deus não dorme, sobretudo ao fim de semana.
O Sp. Braga começa hoje a disputar o play-off de acesso à fase regular da Liga dos Campeões. O opositor – o Sevilha – é forte mas esta equipa de Domingos já provou que tudo é possível. Provavelmente naquele que é o melhor relvado português, os arsenalistas podem começar a fazer história daqui a poucas horas, roubando ao Benfica 450 mil euros relativos à “pool TV” que a UEFA distribui a Portugal, um dos países que menos recebe do restante de direitos televisivos.
Por falar em direitos televisivos, agora são os alemães, através do seu Kaiser futebolístico, que apontam um novo caminho: a exploração de canais próprios, de forma a aumentar de 200 para 800 milhões as receitas televisas. Onde é que eu já ouvi isto.
O caso Queiroz só se resolve quinta-feira. Tudo indica que o professor K vai continuar, apenas com uma advertência e uma multa pecuniária. Se vos perguntar quem são os elementos do CD da FPF, provavelmente ninguém me saberá responder. Mas acreditem: os alvos foram identificados.
Os árbitros ganharam o primeiro braço de ferro com a Liga, conseguindo um aumento de 7,8% nos prémios. Cada árbitro passa a ganhar 1.276 euros por jogo. Para aqueles que se desempregaram respondendo ao repto de Vítor Pereira, é apenas um consolo, pois o profissionalismo a sério está longe, enquanto a Liga apenas se quer livrar rapidamente do problema chamado arbitragem.
É o frenesim na Luz. Contratações de última hora e o alarme a tocar. Sobretudo depois de Fernando Guerra ter escrito n'”A Bola” o que os adeptos mais tacanhos já dizem nas tascas, colocando Vieira no Olimpo e Jesus à beira da rocha Trapeia.
André Vilas-Boas tem a sua segunda prova de fogo. É impensável o FC Porto ser eliminado pelo Genk.
Em Alvalade, os bancos mandam. O garrote aperta e Paulo Sérgio vai ter mais uma vez de ir para a cabeça do touro enquanto Costinha mostra os seus fatos e os seus popós nas televisões. Há quem já tenha saudades de Sá Pinto.
Não consigo perceber que o Boavista tenha deixado de ser assunto de um momento para o outro. A sua desgraça é um manancial de histórias. Estive no Bessa a semana passada e o que vi deixou-me emocionado: um grupo de adeptos, liderado por Cipriano, a segurar a pontas e o lanche dos miúdos a ser salvo por um sócio de 92 anos que trouxe um quilo de fiambre. Até a capela ardeu mas Jaime Pacheco já ali entronizou uma gigantesca Nossa Senhora de Fátima. E João Vieira Pinto ofereceu um Cristo crucificado. Sintomático.
A primeira, de Ricardo Costa, ex-presidente da Comissão Disciplinar da Liga, à revista comum do JN e do DN, na qual destaco a afirmação de que os clubes médios e pequenos no geral têm medo (a palavra é metafórica) dos grandes que lhes emprestam jogadores…
A segunda, de Pinto da Costa, à revista do Expresso, onde o presidente do FC Porto argumenta o que se conhece sobre o Apito Dourado e bate forte na Liga, indignado com o facto de Benfica e campeonato serem patrocinados pela Sagres.
Tentando descodificar estas duas ideias-fortes, só me ocorre o seguinte:
– Os clubes que recebem jogadores e treinadores emprestados estão nas mãos de quem empresta.
– O campeão nacional tem de ter brinde.
Se assim for, o nosso futebol é UMA MENTIRA, tudo se jogando no campo do lobbing.
O que não é propriamente uma novidade.
Há sérios problemas na arbitragem portuguesa. O “Record” de hoje dá um cheirinho. No essencial, os árbitros sentem-se ludibriados pelo seu líder. Vítor Pereira prometeu o profissionalismo e dois árbitros assistentes até se despediram dos seus empregos, o que em tempo de crise é um risco enorme. Tanto mais que uma nova época está a começar e de profissionalismo na arbitragem…nicles, embora Vítor Pereira tenha dito, no primeiro estágio da época, que não ficará no posto se o projecto não for para a frente. Por falar no estágio, ficou por contar o inflamado discurso do grande líder, sobretudo a parte em que disse que não tem medo de Pintos e de outros galináceos, aqueles que noutros tempos o que quiserem f… O troco acabou por ser dado por Pedro Proença. Não lhe queriam dar o microfone mas o árbitro do ano ganhou-o depois de um empurrãozinho. Para dizer que está farto de ser enganado com falsas promessas. A coisa esteve ao rubro. E continua. Com Fernando Gomes, o presidente da Liga, a lavar as mãos e a dizer a Vítor Pereira que nada tem a ver com o assunto, que o orçamento para a época está garantido e que agora terá de ser o chefe dos árbitros a tocar o barco para a frente. Mesmo com este a meter água por todos os lados.
Para quem pensava que com a saída de Hermínio Loureiro o PSD tinha deixado de controlar a Liga, eis a prova de que nada mudou.
Mais provas não houvesse e bastaria dizer que o presidente da assembleia geral da Liga é José Luís Arnault, grande amigo de um antigo presidente da Liga (Valentim Loureiro).
Já agora, e que tal provar a “nova”…
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